domingo, 18 de agosto de 2024

 


Sessões mediúnicas abertas ao público são um equívoco

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Apesar das orientações doutrinárias em contrário, há centros espíritas que abrem ao público as reuniões mediúnicas que realizam.

Por que isso ocorre? E qual é o problema que sessões abertas ao público acarretam?

Sobre os motivos do fato lembramos o que o professor Raul Teixeira disse certa vez sobre o movimento espírita, que, segundo ele, expressa o nível das pessoas que o dirigem. “Sempre que ele (o movimento espírita) esteja sob comandos ineptos e despreparados para esse comando – diz Raul - sofrerá as consequências dessa incapacidade.”

A mesma análise podemos aplicar ao centro espírita. Se as pessoas que o dirigem não estão preparadas para essa função ou desprezam deliberadamente o que as obras espíritas recomendam, a consequência será inevitável.

Quanto às reuniões mediúnicas abertas ao público, é preciso ter em mente, em primeiro lugar, que a sessão cujo objetivo é o esclarecimento das entidades desencarnadas assemelha-se a uma enfermaria, com recursos trazidos da Espiritualidade para tratamento das criaturas conturbadas e infelizes que ali comparecem.

Esse fato é suficiente para que entendamos que a sessão não deve ser aberta a curiosos, uma advertência que Cairbar Schutel, Carlos Imbassahy e Spártaco Banal fizeram em obras publicadas antes do surgimento das obras de Chico Xavier no cenário editorial brasileiro.

Allan Kardec, como sabemos, também tratou da questão quando respondeu aos que lhe propunham abrir ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Não seria, pois, diferente o entendimento de Divaldo Franco acerca do tema. “Nunca é demais recomendar – afirma o ilustre médium e tribuno baiano – que as sessões mediúnicas sejam de caráter privado.”

Focalizando o assunto, André Luiz escreveu no seu livro Desobsessão, cap. 21: "Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a inoportunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza”. “O serviço de desobsessão não é um departamento de trabalho para cortesias sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas dificuldades atormentam.”

 

 

 

 

 

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