Sessões mediúnicas abertas ao público
são um equívoco
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Por que isso ocorre?
E qual é o problema que sessões abertas ao público acarretam?
Sobre os motivos do fato lembramos o que o professor
Raul Teixeira disse certa vez sobre o movimento espírita, que, segundo ele,
expressa o nível das pessoas que o dirigem. “Sempre que ele (o movimento
espírita) esteja sob comandos ineptos e despreparados para esse comando – diz Raul
- sofrerá as consequências dessa incapacidade.”
A mesma análise podemos aplicar ao centro espírita.
Se as pessoas que o dirigem não estão preparadas para essa função ou desprezam
deliberadamente o que as obras espíritas recomendam, a consequência será inevitável.
Quanto às reuniões mediúnicas abertas ao público, é preciso
ter em mente, em primeiro lugar, que a sessão cujo objetivo é o esclarecimento
das entidades desencarnadas assemelha-se a uma enfermaria, com recursos
trazidos da Espiritualidade para tratamento das criaturas conturbadas e
infelizes que ali comparecem.
Esse fato é suficiente para que entendamos que a
sessão não deve ser aberta a curiosos, uma advertência que Cairbar Schutel,
Carlos Imbassahy e Spártaco Banal fizeram em obras publicadas antes do
surgimento das obras de Chico Xavier no cenário editorial brasileiro.
Allan Kardec, como sabemos, também tratou da questão
quando respondeu aos que lhe propunham abrir ao público as sessões da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas. Não seria, pois, diferente o entendimento de
Divaldo Franco acerca do tema. “Nunca é demais recomendar – afirma o ilustre
médium e tribuno baiano – que as sessões mediúnicas sejam de caráter privado.”
Focalizando o assunto, André Luiz escreveu no seu
livro Desobsessão, cap. 21: "Coloquemo-nos no lugar dos
desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a inoportunidade da
presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza”. “O
serviço de desobsessão não é um departamento de trabalho para cortesias sociais
que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem espiritual a ser
desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas dificuldades
atormentam.”
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