A Caminho da Luz
Emmanuel
Parte
6
Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.
Este
estudo, que tem por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente
sempre às sextas-feiras neste blog.
A seguir,
o texto e as questões de hoje.
Texto-base
para leitura e reflexão
96.
Na verdade, a gênese de todas as religiões da Humanidade tem suas origens no
coração augusto de Jesus, cuja ascendência na direção do orbe terrestre não
pode ser ignorada. (P. 83)
97.
No Manava-Darma encontramos a lição do Cristo; na China encontramos Fo-Hi,
Lao-Tsé e Confúcio; nas crenças do Tibete, Buda; no Pentateuco, Moisés; no Alcorão,
Maomé. Cada raça recebeu os seus instrutores, como se fosse Ele mesmo, em
reencarnações sucessivas. (P. 84)
98.
É por isso que todos os livros e tradições religiosas da antiguidade guardam,
entre si, a mais estreita unidade substancial; todas se referem ao Deus
impersonificável, e no tradicionalismo de todas palpita a visão sublimada do
Cristo, esperado em todos os pontos do globo. (P. 84)
99.
Os sacerdotes de todas as grandes religiões do passado supuseram, nos seus
mestres e nos seus mais altos iniciados, a personalidade do Senhor, mas temos
de convir que Jesus foi inconfundível. (P. 86)
100.
Enquanto alguns deles foram ditadores de consciências, enérgicos e ferozes no
sentido de manter e fomentar a fé, Jesus assinala a sua passagem pela Terra com
o selo constante da mais augusta caridade e do mais abnegado amor; suas
parábolas e advertências estão impregnadas do perfume das verdades eternas e
gloriosas; a manjedoura e o calvário são lições maravilhosas e seus exemplos
constituem um roteiro de todas as grandiosas finalidades, no aperfeiçoamento da
vida terrestre. (PP. 86 e 87)
101.
As pessoas incapazes de compreendê-lo podem alegar que suas fórmulas verbais
eram antigas e conhecidas, mas ninguém poderá contestar que a sua
exemplificação foi única, até agora, na face da Terra. (P. 87)
102.
Examinando a maioridade espiritual das criaturas humanas, Jesus enviou-lhes,
antes de sua vinda ao mundo, numerosa coorte de Espíritos sábios e
benevolentes, aptos a consolidar, de modo definitivo, essa maturação do
pensamento terrestre. (P. 89)
103.
É por isso que vemos, nos cinco séculos anteriores à vinda do Cordeiro, uma
aglomeração de inúmeras escolas políticas, religiosas e filosóficas dos mais
diversos matizes, em todos os pontos do globo. (P. 90)
104.
Muitas teorias científicas, em voga em nossa época, foram conhecidas da Grécia;
o conflito moderno entre os Estados totalitários, fascistas ou comunistas e as
repúblicas democráticas lembra-nos Atenas e Esparta -- esta insulada, fechada
em si mesma; aquela, democrática, amante da liberdade. (PP. 90 e 91)
105.
Atenas, ao contrário de Esparta, foi o berço da verdadeira democracia; seus
legisladores, como Sólon, eram filósofos e poetas, e seus sistemas sociais
protegiam as classes pobres e desvalidas, acolhiam os estrangeiros, e
fomentavam o trabalho, o comércio, as indústrias... (P. 91)
106.
Foi em Atenas que começou o verdadeiro regime de consulta à vontade do povo,
que decidia, em assembleias numerosas, todos os problemas da cidade venerável.
(P. 92)
107.
Ao influxo do coração do Cristo, toda a Grécia se povoou de artistas e
pensadores eminentes, no quadro das filosofias e das ciências. (P. 92)
108.
O século de Péricles espalhou os mais soberbos clarões espirituais nos
horizontes da Terra e poucas fases da evolução europeia se aproximaram desse
século maravilhoso. (P. 93)
109.
Jesus envia então às sociedades do globo auxiliares valorosos, como Ésquilo,
Eurípedes, Heródoto, Tucídides e, por fim, a extraordinária personalidade de
Sócrates, que, superior a Anaxágoras, seu mestre, veio ao mundo aureolado pelas
mais divinas claridades espirituais, no curso de todos os séculos planetários.
(P. 93)
110.
Nas praças públicas, Sócrates ensina à infância e à juventude o formoso ideal
da fraternidade e da prática do bem, lançando as sementes generosas da
solidariedade, mas Atenas não consegue suportar a lição. (P. 94)
111.
Acusado de perverter os jovens, ele é preso e humilhado, mas não se acovarda
diante das provas rudes que culminariam com sua morte. (P. 94)
112.
O grande filósofo, precursor dos princípios cristãos, deixou vários discípulos,
dos quais se destacaram Antístenes, Xenofonte e Platão, mas nenhum deles soube
assimilar perfeitamente a estrutura moral do mestre inesquecível. (P. 95)
113.
Platão, por exemplo, misturou a filosofia pura do mestre com a ganga das
paixões terrestres, enveredando algumas vezes por complicados caminhos
políticos; contudo, não deixou de cultivar alguns dos princípios cristãos
legados pelo grande mentor, antes de entregar sua tarefa doutrinária a
Aristóteles, que também iria trabalhar pelo advento do Cristianismo. (P. 95)
114.
A condenação de Sócrates foi uma dessas causas transcendentes de dolorosas e
amargas provações coletivas, para todos os que dela participaram. É por isso
que, mais tarde, o povo nobre e culto de Atenas forneceria escravos valorosos
e sábios aos espíritos agressivos e enérgicos de Roma. (P. 96) (Continua
no próximo número.)
Questões
para fixação do estudo
A.
Onde surgiram as primeiras organizações religiosas da Terra?
Elas
tiveram sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais Jesus
enviava periodicamente seus mensageiros e missionários. Os Vedas, que contam
mais de seis mil anos, falam a respeito da sabedoria dos Sastras, ou grandes
mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios.
A gênese de todas as religiões da Humanidade tem, como se vê, suas origens no
coração augusto de Jesus, cuja ascendência na direção do orbe terrestre não
pode ser ignorada. (A Caminho da Luz, págs. 81 a 83.)
B. Que cidade é considerada o berço da verdadeira democracia
em nosso mundo?
Atenas. Foi nela que começou o
verdadeiro regime de consulta à vontade do povo, que decidia, em assembleias
numerosas, todos os problemas da cidade venerável. (Obra
citada, págs. 91 e 92.)
C.
Que é que Sócrates ensinava à infância e à juventude?
O
grande filósofo ensinava à infância e à juventude o formoso ideal da
fraternidade e da prática do bem, lançando as sementes generosas da
solidariedade. Apesar disso, acusado de perverter os jovens, foi preso e humilhado,
mas não se acovardou diante das provas rudes que culminariam com sua morte.
(Obra citada, pág. 94.)
Observação:
Para
acessar a 5ª Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique
aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/09/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-5-damos.html
To
read in English, click here: ENGLISH |
Nenhum comentário:
Postar um comentário