Dádiva para Deus
Irthes Terezinha (Espírito)
Desculpar as ofensas sem comentá-las.
Auxiliar aos companheiros do caminho
sem falar disso a ninguém.
Humilhar-se para os amigos, a fim de
conservá-los.
Escutar
referências infelizes envolvendo-as no silêncio.
Ver
quadros inconvenientes ou destrutivos apagando-lhes as imagens e as cores na memória,
para que não cheguem à conversação.
Solucionar
problemas dessa ou daquela pessoa amiga, sem que ela venha a saber disso.
Abster-se
de qualquer comentário infeliz, quando o propósito de enunciá-lo nos visite a
cabeça.
Repetir
informações sem alterar a voz e sem críticas, mesmo risonhas, com os nossos
semelhantes que ainda não hajam adquirido a suficiência desejável no domínio da
compreensão.
Respeitar
as mágoas alheias, vestindo-as com a bênção da amizade e do entendimento.
Aceitar
sem melindres a irritação de qualquer pessoa, sem excitá-la com respostas
esfogueantes.
Apagar
o braseiro da discórdia, no nascedouro, sem contar vantagens de semelhante
construção espiritual.
Abster-se
de imprudência com os irmãos ainda imprudentes e manter a paciência nos
instantes em que a serenidade parece distanciar-se de nós.
Estejamos
certos de que as dádivas em favor dos homens são todas elas bênçãos da vida que
a vida nos retribuirá fatalmente; no entanto, existem dádivas para Deus que os
beneficiados desconhecem, e que Deus saberá premiar com a luz da alegria e com
a paz do coração.
Do
livro Cura, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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