Uma
singela análise sobre o amor
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
Enquanto se espera ser amado para depois
amar ou se aguarda reciprocidade urgente, sinceramente, o coração não será
feliz, pois o amor não se desenvolve assim, ele é uma energia primorosa demais
para imaginar esse processo. Por ser a energia mais abençoada, o amor existe
quando há sentimento puro e verdadeiro sem esperar nada em troca, ele nunca foi
e nunca será mecanismo de compensação.
O amor, em sua verdade profunda, é a
liberdade para viver, é amar sem nenhum apego, compreender, amparar, é aguardar
pacientemente, aceitar, encorajar, proteger, é tornar-se cada vez melhor nos
quesitos reais para o espírito, pois o amor só nasce nos corações que se
prontificam a querer senti-lo. E esse sentimento é o mais nobre que se pode
viver. Nada se compara à essência amorosa ‒ ela reúne o que há de sublime ‒, não importa nenhum pouco se não houver
reciprocidade, aliás isso nem deve ser cogitado, importa sempre que quando se
ama, a bênção do amor fica antes com o coração que o sentiu. Tudo o que criamos
fica antes conosco, o que é bom e também o seu contrário. O amor cura o ser por
completo: físico, perispírito, espírito.
Todo bem a ser realizado deve ser com
desprendimento, com único intuito de naturalmente querer realizá-lo, porque
quando nos alegramos com a luz do próximo é pelo motivo que a luz já está em
nós. O amor também se manifesta em toda atitude que, de alguma maneira,
acalentará um ou mais seres, enxugará lágrimas próprias e alheias, ouvirá sobre
a dor de outro coração e tudo se dará sem nenhum julgamento, pois o objetivo do
amor é unicamente amar.
E não há obstáculos para o seu
exercício, mas deve haver a vontade de querer realizá-lo. Se cada pessoa
praticasse um gesto amoroso todos os dias, independente de sua dimensão, porque
amor sempre será amor, de fato, os corações estariam mais leves e felizes. Cada
vez que se pratica esse gesto, milhares de células corporais são curadas,
enfermidades são enfraquecidas e vencidas, lágrimas param de correr, estados
emocionais se regeneram, espíritos são curados e fortalecidos. O amor é a mais
nobre energia da vida.
Sempre há tempo de querer sentir o amor
e vivenciá-lo, e esse ato deveria se iniciar para nós mesmos. Será que já nos
demonstramos amor, respeito e cuidado necessários? Só podemos doar o que há em
nós e para nós primeiro, pois se assim não for adoecemos e não poderemos
amparar mais ninguém. Quando compreendermos a cura, o fortalecimento, a alegria
e o sentido gerados pelo amor, certamente, pensaremos: Por que não amei
antes?
E o amor, como energia onipotente,
onipresente e eterna, sorrirá com sua doçura determinada deixando o nosso
coração em maravilhoso estado nunca antes sentido. E vamos querer senti-lo para
sempre.
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