domingo, 25 de maio de 2025

 



O intercâmbio entre os mundos é um fato natural

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Se é verdade que existem no Universo muitos planetas habitados, há algum intercâmbio entre eles? E neste caso como isso se concretiza?

A questão acima foi-nos proposta por um amigo que naquele momento dava os primeiros passos no conhecimento espírita e, portanto, não sabia que a pluralidade dos mundos habitados é, como já se disse tantas vezes, um dos princípios fundamentais do Espiritismo.

Na obra da criação divina, entre os mundos destinados à encarnação de Espíritos em estágio probatório ou expiatório, encontra-se a Terra, uma das inumeráveis habitações do ser humano. Mas não apenas ela, porque são incontáveis os mundos que abrigam humanidades semelhantes à nossa, não sendo o homem terreno o único ser corpóreo dotado de inteligência, racionalidade e senso moral no Universo.

Criado simples e ignorante, dotado de livre-arbítrio e inclinado tanto para o bem quanto para o mal, falível portanto, o Espírito sujeita-se a encarnar e reencarnar, experimentando múltiplas existências corporais na Terra ou em outros planetas, tantas vezes quantas forem necessárias para ultimar sua depuração e colimar seu progresso.

Esse processo realiza-se por meio da alternância sucessiva das existências humanas nos dois planos da vida, o corpóreo e o espiritual.

O Espírito reencarnado, enquanto seu corpo vive, fica vinculado ao mundo em que reencarnou. Desencarnado, passa ele à condição de Espírito errante, termo que designa o indivíduo que necessita reencarnar para depurar-se e progredir.

Na condição de errante – ou seja, no estado de erraticidade – o Espírito continua a pertencer ao mundo onde vá reencarnar, mas, não estando a ele fixado pelo corpo, é mais livre e pode até mesmo visitar outros mundos, com a finalidade de se instruir.

As migrações de Espíritos de um para outro planeta constituem um fato natural.

Uns emigram por força do progresso realizado, que os habilita a ingressar em um planeta mais adiantado, o que é um prêmio para eles; outros, ao contrário, são excluídos do mundo a que pertencem por não haverem acompanhado o progresso moral atingido pela humanidade desse mundo. Emigram, então, para mundos inferiores àquele em que viviam.

O exílio que lhes é imposto constitui verdadeiro castigo, que a lei de justiça impõe aos recalcitrantes no mal, escravizados ao orgulho e ao egoísmo. Mas, é bom lembrar, passando a reencarnar em planetas condizentes com seu nível evolutivo, eles terão também, como é natural, possibilidades de atingir um dia a meta para a qual todos somos destinados, que é a perfeição.

Acresce, ainda, dizer que os habitantes de mundos mais adiantados, a exemplo do planeta Júpiter, procuram auxiliar os planetas mais atrasados, o que implica um intercâmbio intenso entre eles.

No caso do planeta Terra, o intercâmbio com Júpiter é mencionado por Allan Kardec na Revista Espírita de 1858, pág. 115, conforme tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

As principais ocupações dos habitantes de Júpiter – diz a mesma fonte – são o encorajamento dos Espíritos que habitam os mundos inferiores, a fim de que perseverem no bom caminho. Não havendo entre eles infortúnios a serem aliviados, vão procurá-los onde esses existem. A Terra é, obviamente, um desses lugares.

 

Nota do Autor:

Para ler o texto publicado no domingo anterior, clique em: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/05/o-que-o-espiritismo-acrescentou.html

 

 

 

 

 

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