O que o Espiritismo acrescentou à
doutrina cristã
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Um leitor ainda
novato em matéria de doutrina espírita propôs-nos a seguinte questão: – Sabemos
que a moral adotada pelo Espiritismo é a mesma de Jesus. Se isso é verdade, que
é que o Espiritismo acrescentou ao ensino cristão?
De fato, como diz o
leitor, Kardec realmente afirmou na primeira de suas obras que "a moral
dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica:
Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, ou seja, fazer o
bem e não fazer o mal". (O Livro dos Espíritos, Introdução, item VI.)
O Espiritismo não
criou, pois, nenhuma moral nova, assunto que o Codificador do Espiritismo iria reiterar
e esclarecer mais de dez anos depois, conforme podemos ver no seu livro A
Gênese, cap. 1, item 56: "A moral que os Espíritos ensinam é a do
Cristo, pela razão de que não há outra melhor". (Obra citada, cap. 1, item
56.)
O que a moral
evangélica recebeu do Espiritismo – explica Kardec nesta última obra – é a
confirmação, a certeza de sua expansão em todo o mundo, para concretização da
profecia proferida por Jesus no conhecido sermão profético, em que o Mestre
afirmou:
"Levantar-se-ão
muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; - e porque abundará a
iniquidade, a caridade de muitos esfriará; - mas aquele que perseverar até ao
fim será salvo. - E este Evangelho do reino será pregado em toda a Terra, para
servir de testemunho a todas as nações. É então que o fim chegará."
(Mateus, 24:11 a 14.)
Como novidade
estranha aos evangelhos, o ensino dos Espíritos acrescentou à doutrina cristã o
conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos,
princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado
e seu futuro, dando por sanção à doutrina de Jesus as próprias leis da
natureza, visto que nenhum dos princípios espíritas é fruto de decisões
conciliares.
Quem somos, de
onde viemos, para onde vamos deixaram de ser perguntas que até o advento do
Espiritismo estavam sem resposta, mas hoje, graças aos ensinos e principalmente
aos depoimentos de vultos que passaram pelo mundo, até as crianças espíritas
sabem responder.
A imortalidade da
alma, a reencarnação, a comunicação com os mortos, a lei de causa e efeito não
são dogmas, mas fatos observáveis pelo experimentador paciente e que nós mesmos
iremos um dia atestar, sem necessidade de que ninguém os apresente aos nossos
olhos.
Nota do Autor:
Para ler o texto
publicado no domingo anterior, clique em: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/05/dos-periodos-da-vida-de-uma-pessoa-qual.html
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