Em vez de “senão”, devemos usar
as palavras “se não” quando o vocábulo “se” tiver uma função própria e o
objetivo do “não” é tornar negativa a proposição.
Há quatro hipóteses:
1.) o “se” é índice de
indeterminação do sujeito.
2.) o “se” é um pronome reflexivo
ou apassivador.
3.) o “se” é uma conjunção
condicional.
4.) o “se” é uma conjunção
integrante.
Exemplos:
1º caso: índice de indeterminação do
sujeito.
· Lá é um lugar onde se não vive em paz. (A frase pode ser
escrita assim: Não se vive em paz naquele lugar.)
2º caso: pronome reflexivo ou apassivador.
Há anedotas que se não contam a crianças. (A frase pode ser
escrita assim: Não se contam certas anedotas a crianças.)
A ordem é para que se não arquivem os processos.
3º caso: conjunção condicional.
Avisarei seu irmão se não chegar a encomenda.
Eu teria ido à festa se não tivesse chovido.
4º caso: conjunção integrante.
Meu pai me perguntou se não gostei do presente.
Ele fez os cálculos e me indagou se não havia acertado.
Observe-se em todos os exemplos acima que
a palavra “não” pode ser retirada e o “se” continua da mesma forma,
alterando-se, obviamente, o sentido da proposição.
Há, por fim, um caso em que os especialistas entendem correto tanto o uso de “senão” como o das palavras “se não”. Isso ocorre quando na frase há alternativa, incerteza, imprecisão.
Exemplos:
Vou comprar dois terrenos, senão três.
Vou comprar dois terrenos, se não três.
Compareceu a maioria dos convidados, senão todos.
Compareceu a maioria dos convidados, se não todos.
Observação:
Para acessar o estudo publicado no sábado anterior,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/10/voltamos-tratar-de-um-assunto-que.html
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