Interroguei
ansioso a Dor um dia:
—
“Quem te enviou cruel à nossa estrada?
Por
que buscas a vida acorrentada
Aos
tormentos da sombra e da agonia?!
Certo,
emerges da noite espessa e fria,
Em
que nunca aparece a madrugada…
Vens
do abismo de boca escancarada
Onde
a angústia das trevas não tem dia…”
Mas
a Dor respondeu: — “Cala-te e lida!
Eu
sou a inesperada luz da vida,
Não
procures o bem no campo inverso!
Ouve!
sem meu luzente archote errante
O
homem — cansado e mísero viajante
Viveria
sem rumo no Universo.”
Do
livro Estrelas no chão, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier.
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