domingo, 24 de abril de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo




As imperfeições morais é que dão acesso aos maus Espíritos

Que o planeta Terra é constituído, em grande parte, de Espíritos moralmente bastante atrasados, eis um fato que poucas pessoas ignoram. Não admira, portanto, ver por toda a parte sinais dessa inferioridade, tanto no hemisfério norte quanto no hemisfério sul, não importa a filosofia religiosa cultivada por esse ou aquele povo.
Como consequência dessa inferioridade moral, são muito numerosos os Espíritos inferiores que habitam o plano espiritual, que é uma espécie de reflexo do que se verifica no plano corpóreo, este em que vivemos. A ação desses Espíritos, capaz de influenciar nossos pensamentos e nossos atos, constitui, pois, parte integrante das dificuldades enfrentadas pela Humanidade terrena. 
Um dos resultados dessa ação negativa é a obsessão, definida pelo Espiritismo como sendo o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Em seu livro A Gênese, Allan Kardec a conceitua como a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.  Essa ação – explica o Codificador do Espiritismo – pode variar desde uma simples influência moral até a perturbação completa do organismo.
As faculdades mediúnicas – não é difícil entender – tornam-se bastante prejudicadas pela obsessão, visto que os chamados obsessores, criaturas notoriamente de natureza inferior, não são movidos por sentimentos nobres e podem levar as pessoas por eles dominadas à realização de atos que elas normalmente não praticariam.
Em um processo obsessivo os Espíritos agem, inicialmente, de maneira sutil, com que buscam interferir de modo gradativo na mente do encarnado, atingindo, em dado tempo, situações extremas de completo domínio. A ação do obsessor pode ser reconhecida, no início, como uma força psíquica a interferir nos processos mentais, uma vontade dominada por outra vontade, ou uma inquietação crescente sem motivo aparente.
Da mesma forma pela qual as enfermidades orgânicas se instalam onde existe carência nos mecanismos de defesa, a obsessão manifesta-se nas mentes cujas imperfeições morais e atitudes do pretérito e do presente deixaram marcas profundas no Espírito. 
Alguns vícios, contudo, devem ser alinhados entre os fatores que favorecem a obsessão, por se constituírem em dano para o corpo e para a mente.
O alcoolismo, o uso das chamadas drogas ilícitas, a sexualidade desequilibrada, a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza, o egoísmo, eis fatores que concorrem, sem dúvida, para a instalação ou o agravamento do processo.
O alcoolismo, pelas consequências orgânicas, morais e sociais que acarreta, é veículo de processos obsessivos cruéis, bem como do vampirismo, do qual podem derivar sérias lesões na organização fisiopsíquica do encarnado.
As drogas ilícitas, por atuarem no sistema nervoso, permitem o ressurgimento de impressões do pretérito, as quais, misturadas às frustrações do presente, desequilibram a emotividade, oferecendo vasto campo de atuação para os desencarnados em desespero emocional. 
A sexualidade desequilibrada permite a sintonia com consciências desencarnadas que vivem em indescritível aflição e que se hospedam nas mentes encarnadas, absorvendo energias vitais e gerando obsessões degradantes.
A glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo são igualmente – como todas as imperfeições morais – estradas de acesso para Espíritos de natureza inferior que, num processo de sintonia, se alimentam de nossas imperfeições, influenciando nossos pensamentos e nossas ações.
A conclusão de tudo isso é evidente: não sendo combatidas ou neutralizadas, essas influências tornar-se-ão cada vez mais persistentes, podendo constituir-se em um processo obsessivo cruel e progressivo, capaz de levar o indivíduo até mesmo à loucura.


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