Uma amiga pergunta-nos como fica o Espírito de uma pessoa em
estado de coma. Ele se desprende do corpo o tempo todo? Fica ali perto do
corpo? Pode trabalhar na condição de Espírito? Pode estudar? Qual o objetivo de
semelhante estado que costuma, às vezes, durar anos a fio?
O assunto é tratado no artigo intitulado Vinte dias em coma,
de Orson Peter Carrara, publicado recentemente na revista “O Consolador” – www.oconsolador.com
No artigo, Orson alude ao romance Vinte Dias em Coma, de
autoria de nosso confrade Wilson Frungilo Jr., que examina exatamente as
questões propostas pela leitora. Na obra em questão o personagem principal é
vaidoso e arrogante empresário bem sucedido que é levado ao estado de coma e,
nesse estado, ouve tudo que se passa à sua volta, o que produz expressiva
renovação em seus sentimentos, ao perceber realidades que seu orgulho não
permitia ver. Ao retornar do coma, ele dá outro rumo à própria vida.
O romance citado pode, pois, ajudar-nos a compreender o que se
passa durante esse estado e deduzir quantos benefícios, em termos morais e
espirituais, pode o coma trazer à alma de uma pessoa, uma vez que, examinando o
assunto tão-somente pela ótica materialista, não é possível vislumbrar no fato nenhum
benefício, salvo quando o coma seja necessário e, por isso, induzido pela
equipe médica responsável.
São inúmeros os relatos de pessoas que voltaram do coma e
afirmaram ter podido acompanhar, como se estivessem perfeitamente acordadas, os
fatos que se passaram a seu lado durante aquele estado.
No livro Plantão de Respostas – Pinga Fogo II, publicado em 1995 pela Editora CEU, Emmanuel,
valendo-se da mediunidade de Chico Xavier, respondeu a uma pergunta semelhante,
expressa nos seguintes termos: “O que se passa com os Espíritos encarnados
cujos corpos ficam meses, e até mesmo anos, em estado vegetativo (coma)?”
Eis a resposta dada por Emmanuel, constante da obra mencionada:
“Seu estado será de acordo com sua situação mental. Há casos em
que o Espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até
que permita receber auxílio dos Benfeitores espirituais. São pessoas, em geral,
muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação.
Em outros casos, os Espíritos, apesar de manterem uma ligação com
o corpo físico, por intermédio do perispírito, dispõem de uma relativa
liberdade. Em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem as paisagens e
os contatos com seres que os precederam na passagem para a Vida Espiritual. É
comum que após essas experiências elas passem a ver a vida com novos olhos,
reavaliando seus valores íntimos.
Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende
seus esforços na tentativa de auxílio. Daí a importância da prece, do
equilíbrio, da palavra amiga e fraterna, da transmissão de paz, das
conversações edificantes para que haja maiores condições ao trabalho do Bem que
se direciona, nessas horas, tanto ao enfermo como aos encarnados (familiares e
médicos)”.
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