Um amigo nos pergunta
se um casal tem o direito de limitar o número de filhos.
Pensamos que
a resposta a essa questão, que continua sendo atual e preocupa tanto o homem,
já foi dada com clareza por Joanna de Ângelis no cap. 10 de seu livro “Após a
Tempestade”, psicografado por Divaldo Franco.
O homem –
afirma Joanna, em sua privilegiada posição de Espírito que vê as duas faces da
existência humana, a visível e a invisível – pode e deve programar a família
que lhe convém ter, o número de filhos e o período propício para a maternidade,
mas jamais se eximirá dos imperiosos resgates que deve enfrentar, tendo em
vista seu próprio passado.
Os filhos não
são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da
reencarnação pelos futuros pais, de modo a edificarem a família de que
necessitam para a própria evolução.
É,
evidentemente, lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são
vinculados, impossibilitando mesmo que reencarnem por seu intermédio. Mas as
Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados
venham por outros processos à porta de seus devedores ou credores, em
circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade dos
cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.
Afirma o Dr.
Jorge Andréa, no livro “Encontro com a Cultura Espírita”, págs. 77, 105 e 106,
que o planejamento familiar é questão de foro íntimo do casal. Mas pergunta:
Será preferível um Espírito reencarnar num lar pobre com as habituais
dificuldades de subsistência, ou ficar aturdido e acoplado à mãe que lhe fechou
os canais, criando, nessa simbiose, neuroses e psicoses de variados matizes?
Respondendo a
isso, ele próprio esclarece – em “Forças Sexuais da Alma”, cap. V, págs. 124 a 126 – que na maioria
das vezes, quando vêm para a reencarnação, os Espíritos de há muito se
encontram em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à
maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios,
principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou
espiritual, no qual as energias emitidas por essas fontes não encontram
correspondência em seu ciclo. Seria melhor, portanto, não opor obstáculos à
volta dos Espíritos a um corpo de carne, pois o espírita não ignora a seriedade
da planificação reencarnatória.
É, pois,
razoável pensar que antes de retornarmos às experiências físicas nos tenhamos
comprometido a receber, como filhos, um número determinado de Espíritos. A
prole estaria, assim, com sua quota previamente estabelecida quando ainda nos
achávamos nos planos espirituais. Rejeitar alguém convidado para vir seria
equivalente a romper um compromisso, um contrato, um acordo, como fazem os que
desertam das responsabilidades, o que não é raro na sociedade em que vivemos.
Mensagem boa para reflexão.
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