quinta-feira, 14 de junho de 2012

Somos, não há dúvida, o país da miscigenação


Um longo estudo que demorou três anos para ser concluído, conduzido pela equipe do professor Sérgio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, concluiu que o Brasil é, de fato, o país da miscigenação, onde há brancos que geneticamente são negros, e negros que são geneticamente brancos.  
A pesquisa, fundamentada nas leis da Genética, baseou-se na amostra de DNA de 247 brasileiros e teve o mérito de traçar, pela primeira vez, o retrato molecular de nosso país, em que quase a totalidade do povo brasileiro – 97% da população – provém de um tronco paterno europeu, enquanto o tronco materno divide-se em três partes: europeia (39%), ameríndia (33%) e africana (28%).
O resultado obtido pela equipe de pesquisadores de Minas Gerais confirma não só os dados que conhecemos relativamente à história do povoamento do Brasil, como também as revelações divulgadas por Humberto de Campos (Espírito) em sua obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, psicografada em 1938 por Francisco Cândido Xavier.
O colonizador branco, sobretudo o português, manteve relações tanto com mulheres brancas, quanto com africanas e ameríndias, fato que não ocorreu da mesma forma com o homem oriundo da África e com o indígena, restritos ambos à sua comunidade.
Diz Humberto de Campos, na obra citada, que a alma brasileira é, na expressão harmoniosa de um de seus poetas mais eminentes, “a flor amorosa de três raças tristes”, e que isso não se deu por acaso.
Na formação da alma coletiva do povo que surgiria com o advento do descobrimento do Brasil, primeiro compareceram os simples de coração, os primitivos habitantes, que foram os índios; em segundo lugar, os sedentos da justiça divina, os portugueses, muitos deles exilados injustamente de Portugal por ordem da Coroa; e, por último, os humildes e aflitos, os escravos oriundos da África.
Eis, pois, segundo a ciência e segundo a revelação espírita, a origem de nossas mães queridas.

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