MARCELA CARVALHO
marcela.oc94@gmail.com
De Curitiba-PR
Era dia de festa.
Todos do bairro estavam à espera da noite de 24 de
dezembro. A cidade estava linda, toda decorada com luzes e enfeites natalinos.
Os preparativos para o jantar de natal estavam em andamento. Era um
dia muito quente, 36 graus, e enquanto muitas crianças se divertiam nas
piscinas de suas casas, algumas pediam nas ruas um copo d'água para saciar a sede.
Muitas roíam as unhas pela ansiedade de ver o bom velhinho. Outras estavam
angustiadas para impedir que a garganta secasse.
A família que necessitava de água era grande,
uma mãe grávida, dois meninos com idade próxima de doze anos, uma garota de
quinze e uma caçula de cinco. Em uma época que as crianças estavam em férias de
verão, para essas era um dia de longo trabalho. Precisavam carregar quilos de
papelão para pelo menos garantir a água do dia, e o que tinham era
insuficiente.
Os meninos, a cada passo que davam, reclamavam
da situação; a menina mais velha, a cada papel que catava, resmungava pelo
cansaço; a mãe, por ver a condição de seus filhos, ficava mais preocupada com o
próximo que nasceria, mas a pequena garotinha estava alegre. Afinal, era Natal
e em breve veria o Papai Noel. O sorriso da menininha era reluzente e roubava
olhares de quem passava pela família na rua.
Cada cidadão se impressionava com a maneira com que
a pequena motivava a família a trabalhar feliz, mesmo sob aquelas condições.
Ela cantava uma versão dela mesma: "Jingle Bel Jingle bel, precisamos de
papel. Se não tem, não faz mal, pode ser jornal..." e também, dotada de
meiguice, pedia às pessoas uma garrafa de água.
Como muitos do bairro tiveram apreço pela
caçula, juntaram-se aos que se comoveram com a família e, além de conseguirem
litros de água, compraram cestas básicas e presentes para as crianças, a fim de
que tivessem um grandioso Natal repleto de alegria. E assim aconteceu.
A pequena, que só tinha vontade de ver o bom
velhinho e satisfazer seus desejos, um deles era ver a família feliz, fez
nascer muitos sorrisos no rosto de seus irmãos e de sua mãe, e tornou-se nesta
noite de Natal a Menina Noel de 2012.
Marcela Carvalho está cursando o 3º período de
Jornalismo na PUC-Paraná.
Quando se pede o necessário com Alegria e ainda mais, motivando nosso entorno, a Esperança se multiplica, a ajuda aparece, pois damos a oportunidade para que um tipo Caridade generosa e envolvente aconteça: aquela que transforma vidas! ...de todos nós! Parabéns pela mensagem da Menina Noel
ResponderExcluirÉ lindo ver uma mensagem tão meiga saindo de você, uma jovem ainda, mas com tanta delicadeza, convicção e firmeza. O Natal é bem assim, ele faz brotar dentro de nós o amor, a esperança, a caridade e o desejo de ver todas as pessoas felizes. Parabéns, Marcela. Seja esta a primeira entre muitas mensagens vindas de você.
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