domingo, 9 de dezembro de 2012

Há cinquenta anos...



Daqui a poucos dias, quando se iniciar 2013, estarei completando 50 anos vividos em Londrina, tempo esse que se interrompeu rapidamente apenas por duas vezes, quando residi em Apucarana e depois em Curitiba.
Dias atrás reencontrei, num evento espírita, um antigo e estimado amigo, José Espedito Castelo Branco, que foi a primeira pessoa no meio espírita que conheci na cidade aonde cheguei em janeiro de 1963.
Cheguei em um domingo, e no domingo seguinte comecei a participar da Mocidade Espírita de Londrina, que era chamada assim mesmo e também conhecida como MEL.
O Centro Espírita Nosso Lar tinha outro nome: União Espírita de Londrina, ou UEL. O endereço da casa era o mesmo de hoje, mas o prédio, bastante antigo, já estava com seus dias contados, tanto que, pouco depois, deu lugar à construção que constitui atualmente a sede do “Nosso Lar”.
Nas andanças da vida, submeti-me a três concursos e, tendo sido aprovado, fui admitido e trabalhei, sucessivamente, no Banco do Brasil, no Instituto do Açúcar e do Álcool e no Ministério da Fazenda, a que me dediquei por 24 anos, até me aposentar.
Em 1963 existiam em Londrina apenas dois centros espíritas: a União Espírita de Londrina e o Centro Espírita Amor e Caridade, hoje localizado no Jardim Califórnia, o qual ficava naquela época perto da linha do trem, na Rua Bituruna, que não mais existe, fruto da retirada dos trilhos e da consequente reurbanização da área em que o centro funcionava.
Não existiam, então, as Uniões Regionais Espíritas, criadas depois que cheguei a Londrina, nem mesmo a USEL, fundada também muitos anos depois, quando várias casas espíritas já funcionavam na cidade.
No site do “Nosso Lar” divulga-se uma informação errônea a respeito da mudança do nome da União Espírita de Londrina para Centro Espírita Nosso Lar. A mudança não teve nenhuma relação com a criação da USEL. Teve, sim, relação com a criação das UREs, porque, de acordo com o regulamento então aprovado pela Federação Espírita do Paraná, onde houvesse mais de uma casa espírita filiada à FEP seriam instaladas as Uniões Municipais Espíritas – UMEs, fato que jamais ocorreu em Londrina, mas determinou a mudança do nome da União Espírita. A escolha do nome “Nosso Lar”, aprovada pelo Conselho Deliberativo do centro em 1966, foi feita em homenagem ao livro de mesmo nome escrito por André Luiz.

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O ano de 2013 tem também para mim um outro significado especial. É que em setembro próximo completarei 30 anos de participação na elaboração do jornal “O Imortal”, cuja história já foi contada até em livro pelo confrade Sergio Lourenço.
Para aqueles que não sabem como isso começou, eis um ligeiro retrospecto.
No dia 30 de março de 1980 teve início, sob minha responsabilidade, a coluna “Espiritismo”, publicada aos domingos na Folha de Londrina, a qual foi veiculada por 12 anos e só cessou quando a Folha saiu das mãos de João Milanez e não mais permitiu que semelhante trabalho tivesse ali continuidade, salvo se o espaço, antes gratuito, fosse pago.
No mês de julho de 1980, quando a coluna “Espiritismo” já contava quase 4 meses de existência, nosso estimado amigo Hugo, que conhecíamos fazia um bom tempo, fez-nos um convite direto. Ele se encontrava praticamente sozinho à frente da redação do jornal e tinha, como todos nós temos, preocupação quanto ao futuro do periódico.
O convite feito pelo Hugo foi recebido com enorme alegria, mas só pôde ser atendido algum tempo depois, de modo que somente em setembro de 1983 teve início, com minha participação, o processo de reestruturação do jornal, que redundou, em dezembro de 1983, na publicação em ofsete da primeira edição de cuja elaboração participei.
As mulheres, como ninguém ignora, gostam muito de saber a idade das pessoas. Pois bem, irmãs queridas, façam as contas. Quando cheguei a Londrina estava com 19 anos incompletos; quando ingressei na equipe de redação d´O Imortal, contava 39 anos. Adicionando o tempo em que vivo em Londrina (50 anos), ou o tempo em que participo deste periódico (30 anos), fica fácil saber que em 2013 completarei 69 anos de idade, embora, no tocante à disposição para o trabalho, me sinta com os mesmos 19 anos com que pisei pela primeira vez o solo da cidade que amo e onde pretendo viver até os últimos dias de minha presente existência.


Este texto foi publicado na pág. 4 da edição de dezembro de 2012 do jornal “O Imortal”, de Cambé-PR, que pode ser lido clicando-se neste link -  http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/oimortal/principal.html


Um comentário:

  1. História lindíssima.
    Quisera eu com estes meus 51 anos ter feito um milésimo do que você sempre fez e continua fazendo e, ainda, estar com toda esta disposição, como só mesmo você, e poucos, a possuem, vou demorar (umas) mil existências para tudo isto!
    Muito bom ter tido a honra em conhecê-lo.
    Abraços querido amigo irmão.
    Lia.

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