Constitui uma
praxe no final de cada ano desejar aos amigos e familiares que tenham no ano
que se aproxima um longo período de paz e de prosperidade. A propósito do
assunto, até uma simpática canção foi concebida e é cantada por muita gente,
pelo menos aqui no Brasil:
Adeus, ano velho, feliz ano novo.
Que tudo se realize no ano que vai nascer...
Muito dinheiro no bolso,
saúde pra dar e vender!
Não fugindo a
essa regra, também formulamos aqui para nossos leitores e amigos votos de que
2013 seja realmente, para todos, bem melhor do que foi o ano que agora se finda
e, sobretudo, repleto de paz e prosperidade.
Cabe-nos, contudo,
aditar uma explicação com respeito ao vocábulo prosperidade, que não é
utilizado aqui no seu sentido usual, mas no sentido verdadeiro pelo qual esse
vocábulo deve ser entendido, em face do que aprendemos na doutrina espírita.
Prosperidade é algo que advém da consecução do programa que trazemos para a
presente existência.
Como muito
sabem, nem sempre realizamos no plano terrestre o que foi programado antes de
nosso mergulho na carne. É por isso que, conforme observou Herculano Pires,
muitas existências na Terra compõem o que ele chamou de círculo vicioso da
reencarnação.
Diz-nos o
saudoso professor paulista que o desenvolvimento do ser humano não é contínuo,
mas descontínuo. Em cada experiência reencarnatória o indivíduo desenvolve
certas potencialidades, mas a lei de inércia pode retê-lo em uma posição
determinada pelos limites da própria cultura em que se desenvolveu. Com a morte
do corpo físico, ele volta ao mundo espiritual, suas percepções se ampliam e,
aos poucos, compreende que sua perfectibilidade não tem limites. Ao voltar a
uma nova existência, pode reencetar com mais eficiência o desenvolvimento de
sua perfectibilidade. Mas, se não receber nessa fase reencarnatória os
estímulos adequados, poderá novamente sentir-se preso à condição da existência
anterior e estacionar numa repetição de estágio. É a isso, a essa repetição,
que Herculano deu o nome de círculo vicioso da reencarnação.
A teoria foi
exposta em seu livro Pedagogia Espírita,
mas tem sido comprovada por vários autores, como André Luiz demonstrou no livro
Sexo e Destino, obra psicografada por
Chico Xavier e Waldo Vieira, publicada no ano de 1963.
Conforme
relatado por André Luiz, em 82 anos de existência do instituto “Almas Irmãs”,
um educandário existente no Plano Espiritual, de cada 100 alunos desencarnados
necessitados de reeducação sexual que procuraram aplicar na existência corpórea
os ensinamentos colhidos no Instituto, 34 fracassaram, retornando à vida
espiritual onerados com novas dívidas, 26 melhoraram ligeiramente, embora
imperfeitamente, 22 registraram alguma melhora e 18, somente dezoito, venceram
nos compromissos da reencarnação.
Os desafios
da existência corpórea não são, como é fácil observar, algo que se vence
facilmente. Para obter vitória nessa luta, é preciso dedicação, oração,
vigilância e uma busca permanente da meta a ser alcançada, que é a perfeição,
um objetivo possível e, segundo Jesus, factível.
A
prosperidade que auguramos aos nossos amigos não é, portanto, o ganho
pecuniário, a simples melhoria das condições de vida, mas a vitória real do
indivíduo nessa busca incessante que deve ser a razão principal de nossa vida.
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