ARTHUR BERNARDES DE
OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
De Guarani-MG
José Eduardo
tivera uma complicação no dentista. Problema de anestesia e hipertensão
arterial. Coisa difícil de acontecer, em nossos dias. Mas aconteceu. Entrou em coma. Quarenta dias
depois, sem conseguir sair do estado de coma, morre, no Rio de Janeiro, onde
residia, consternando profundamente todos os membros da família Baesso, de que
sou um dos agregados, e dos inúmeros amigos daquela simpática família.
José Eduardo
era um jovem extremamente talentoso. Professor de história, eloquente,
vibrante, espirituoso, ficávamos horas, boquiabertos, ouvindo-o falar da
Grécia, dos egípcios, dos judeus, de tudo! Não era um simples professor; era um
intérprete, um analista profundo da História, que entrava pelos meandros dela e
da vida, como quem brinca com as palavras e os fatos!
Não se perde
um companheiro desses, sem um enorme sentimento de frustração e de dor. Todos
nós, da família Baesso e das circunvizinhanças, nos sentimos muito
empobrecidos, quando o amigo se foi.
Tempos
depois, estamos orando por ele em nosso grupo de trabalho. Na sessão um punhado
de médiuns de primeira linha. (Costumo dizer que, para mim, médium de primeira
linha é aquele que é médium vinte e quatro horas por dia. Que está sempre
pronto para a tarefa; vive concentrado nela, já traz o ambiente preparado no
próprio coração. Não tem tempo ruim pra ele, nem hora. Toda hora é hora. De
orar, de vibrar, de servir.)
José Eduardo,
Espírito, chegou. Bela comunicação, falando de pessoas que o ajudaram na hora
do despertar; da sua surpresa diante da vida nova que se desdobrava aos seus
olhos; do bem que representaram, para o seu despertamento espiritual, os
quarenta dias em que esteve de coma; de muita coisa mais! Emocionou-se ao
recordar a companheira querida, Ana Maria, com quem estivera casado até então,
e com quem gostaria de conversar um pouco. Incontinenti, o médium João Lage
entra em desdobramento e parte para o Rio de Janeiro, trazendo, poucos segundos
depois, também desdobrada, Ana Maria que, incorporada em um dos médiuns da
casa, pôde conversar com o companheiro desencarnado.
Foi um dos
momentos mais emocionantes que o nosso grupo viveu naquela saudosa jornada de
Guarani.
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