quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Diante da dor, como devemos proceder?



Demos sequência ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, ao estudo sequencial do livro O Tesouro dos Espíritas, de autoria de Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela EDICEL.

Eis as três questões propostas para debate inicial:
1. Diante da dor, como devem os espíritas proceder?
2. Que é que os Centros Espíritas devem fazer para atrair os Bons Espíritos?
3. Muitos dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?

Foi feita, em seguida, a leitura do texto abaixo, que serviu de base aos estudos da noite, verificando-se, a cada item lido, os comentários pertinentes:
90. Todo espírita submetido a grandes dores mantenha-se forte, cheio de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça Divina. E se a tentação o envolver, que se defenda com a prece, com o amor pelos que sofreram por Jesus, sem esquecer jamais que, por trás da dor suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. (P. 106)
91. Em nota de rodapé, Herculano Pires diz que a revolta aumenta a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação favorece a ação benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que sofrem. A prece - diz ele - é o grande lenitivo das dores sem remédio. Por ela, o Espírito em provas estabelece ligação fluídica com os seus Benfeitores Espirituais, que lhe darão o alívio possível e a força moral necessária para suportar a provação até o fim. (P. 106)
92. Os Centros Espíritas - afirma Miguel Vives - devem ser a Cátedra do Espírito da Verdade, porque, se não servirem ao Espírito de luz, sofrerão a influência do Espírito das trevas. (P. 107)
93. Não há fórmula para atrair os Espíritos de luz; por isso, é necessário observar algumas regras para atraí-los e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas devem ser casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que possam atrair os Bons Espíritos. (PP. 109 e 110)
94. O diretor de um Centro Espírita deve ser, em tudo, um exemplo. Não deve ele olvidar que se encontra revestido de um encargo que, embora nada seja entre os homens, é de grande importância perante Deus. (P. 110)
95. Por causa disso, todo diretor de Centro deve viver sempre apercebido dos seus deveres, mantendo o seu pensamento bem elevado, praticando a oração mental e tendo sempre em mente as leis divinas do Evangelho. (P. 111)
96. Com doçura, amor e palavra persuasiva, mansa e tolerante, deve o diretor corrigir tudo aquilo que possa ser causa de atração para o Espírito das trevas, de maneira que este não encontre meios de interferir nos ensinos e exortações que se recebem no Centro. (P. 112)
97. Constitui obrigação do diretor fazer que os frequentadores da sessão estejam conscientes do ato que irão realizar, a fim de evitar que más influências impeçam a recepção das instruções do Espírito da Verdade. (P. 112)
98. Se o participante do Centro notar deficiências ou descuidos de parte do diretor, não deve entregar-se à murmuração e à crítica, mas recorrer à prudência, para saber o que pode ser relevado e o que precisa ser corrigido. Se necessário recorrer à exortação ou à advertência, é melhor, antes de tudo, consultar os irmãos de maior critério, prudência e caridade. (P. 113)
99. Alguns irmãos às vezes dizem: “Que sorte a minha, por ter conhecido o Espiritismo!” Realmente, é uma grande vantagem conhecê-lo, se quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência, mas esse conhecimento nos traz também grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos viver como vive o comum dos mortais. (P. 114)
100. Temos de combater os nossos defeitos, adquirir virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens admirem o Pai e se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção que temos de fazer em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação e a um trabalho constante. (PP. 114 e 115)
101. Se nos extasiarmos com as vantagens que o Espiritismo oferece, esquecendo-nos das obrigações que ele nos acarreta, o que será de nós? (P. 115)

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No final do estudo, foram lidas e comentadas as respostas dadas às três perguntas propostas.

Ei-las:

1. Diante da dor, como devem os espíritas proceder?
Devem manter-se fortes, cheios de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça Divina, sem esquecer jamais que, por trás da dor suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. A revolta aumenta a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação favorece a ação benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que sofrem. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pág. 106.)

2. Que é que os Centros Espíritas devem fazer para atrair os Bons Espíritos?
Para tal fim é necessário observar algumas regras e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas devem ser efetivamente casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que, assim agindo, possam atrair os Bons Espíritos. (Obra citada, pp. 107 a 110.)

3. Muitos dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?

Diz ele que, realmente, é uma grande vantagem conhecer o Espiritismo, se quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência. Ocorre que esse conhecimento nos traz também grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos viver como vive o comum dos mortais. Temos de combater nossos defeitos, adquirir virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens admirem o Pai e se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção que temos de fazer em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação e a um trabalho constante. (Obra citada, pp. 114 e 115.)


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