Foi realizada
ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar mais uma etapa do estudo sequencial
do livro O Tesouro dos Espíritas, de
Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela
EDICEL.
Eis as
questões propostas para debate inicial:
1. Como
deveremos agir se as angústias da vida nos perseguirem?
2. Em que
nível evolutivo nós, os espíritas, nos encontramos?
3. Em face de
alguma paixão ou vício que nos pode levar à queda, como proceder?
Fez-se em
seguida a leitura do texto – abaixo reproduzido – que serviu de base aos
estudos da noite, verificando-se, a cada item lido, os comentários pertinentes:
126. Se assim
fizermos, poderemos repetir as palavras de um grande escritor da antiguidade:
Quando resistimos à tentação, ela é a formiga do leão; mas quando nos
entregamos, ela é o leão da formiga; sejamos sempre o leão e a tentação, a
formiga, que nada teremos a temer. (Obra citada, p. 135)
127. Se algum
dia as angústias da vida nos perseguirem, não olvidemos as palavras do Mestre:
Bem-aventurados os que sofrem, pois deles será o Reino dos Céus, lembrando que
a existência terrena não é mais do que um sopro, um período curtíssimo de nossa
existência universal, e que, pelos dias e as noites que sofrermos na Terra,
teremos mil anos de repouso e felicidade. (P. 136)
128. Ao irmão
angustiado pela tentação, aconselha-se ainda que procure um confrade digno de
confiança que possa ouvi-lo e ajudá-lo. As pessoas consultadas podem ser o
diretor do Centro ou o dirigente das reuniões, os quais deverão ser prudentes,
misericordiosos, caritativos, meigos no falar e no agir, capazes de toda a
abnegação, amando a Deus e submissos ao Senhor e às suas leis. Para isso, é
necessário haver entre os espíritas pessoas experientes na prática das
virtudes, da caridade, do amor ao próximo, da adoração ao Pai e da veneração ao
Senhor, porque só assim esses irmãos terão luz suficiente para atender o
necessitado da orientação buscada. (PP. 137 e 138)
129. Para que
todos sejamos felizes, temos de ajustar-nos à lei, à harmonia e à ordem; dessa
maneira, para onde formos, levaremos ordem e harmonia e os que viverem conosco
levarão harmonia e ordem, e assim seremos felizes. (P. 141)
131. Nós, os
espíritas, estamos ainda no nível comum das criaturas. Primeiro, dominou-nos o
instinto; depois, as paixões; logo, os vícios; e através de grandes lutas
chegamos a merecer que nos contassem no Espiritismo. Temos, porém, de
considerar que do instinto, das paixões e dos vícios sobraram-nos resíduos, que
teremos de erradicar, para podermos possuir este tesouro. (P. 142)
132. O caminho
que pode levar-nos à realização do progresso e à felicidade é o Espiritismo,
que nos alforria de todas as dúvidas, liberta-nos de todos os erros,
ilumina-nos a inteligência e fortalece-nos o espírito na luta contra toda a
preocupação. Se o espírita não for indolente, pode realizar tudo quanto deseja
para o seu bem. (PP. 142 e 143)
134. O
espírita deve observar se facilmente se ofende por qualquer contrariedade ou
palavra que o mortifique. Se isso acontece, é que o amor-próprio desmedido,
sinônimo de vaidade, está enraizado em seu espírito. Deve então dirigir toda a
atenção em pôr às claras essa tendência ou instinto e, a seguir, submeter-se às
humilhações, evitando que estas o magoem, prosseguindo na prática até aprender
a sofrer desprezos e desenganos sem perder a serenidade. (P. 143)
135. Se o
espírita sente que possui alguma paixão ou vício que o pode levar à queda, terá
de ser valente e, mesmo que lhe custe a vida, terá de cortá-lo pela raiz,
porque mais vale sofrer muito para aniquilar um vício e adquirir uma virtude do
que nada sofrer dando rédeas à paixão. Aqui está o trabalho de gigante do
espírita, porque, quando quer enfrentar o passado, o espírito do mal resiste e
tudo faz para não deixar escapar a presa, valendo-se de todos os meios, até
mesmo dos sonhos, para emboscá-lo. (P. 144)
136. Quanto
aos pequenos defeitos e dificuldades da vida, vale muito a prática constante da
virtude, da abnegação e da caridade. Como sabemos, o espírita não deve ser
impertinente, nem ter mau gênio, nem ser precipitado, nem murmurar, mas há de
ser paciente, saber perdoar as faltas alheias, amável, serviçal e procurar o
bem de seus subordinados. (P. 145)
137. Deve,
assim, criar uma auréola de boa influência e de confiança, consolar os que
sofrem, até onde suas forças o permitam, para o que será indispensável a
proteção dos Benfeitores espirituais, de cuja ajuda não podemos duvidar. (PP.
145 e 146)
No final,
foram lidas e comentadas as respostas dadas às perguntas propostas. Ei-las:
1. Como deveremos agir se as angústias da vida
nos perseguirem?
Primeiramente,
não olvidemos as palavras do Mestre: Bem-aventurados os que sofrem, pois deles
será o Reino dos Céus, lembrando que a existência terrena não é mais do que um
sopro, um período curtíssimo de nossa existência universal, e que, pelos dias e
noites que sofrermos na Terra, teremos mil anos de repouso e felicidade. Ao
irmão angustiado pela tentação, aconselha-se ainda que procure um confrade
digno de confiança que possa ouvi-lo e ajudá-lo. As pessoas consultadas podem
ser o diretor do Centro ou o dirigente das reuniões, os quais deverão ser prudentes,
misericordiosos, caritativos, meigos no falar e no agir, capazes de toda a
abnegação, amando a Deus e submissos ao Senhor e às suas leis. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, pp. 136
a 138.)
2. Em que nível evolutivo nós, os espíritas,
nos encontramos?
Segundo Miguel
Vives, nós estamos ainda no nível comum das criaturas. Primeiro, dominou-nos o
instinto; depois, as paixões; logo, os vícios; e através de grandes lutas
chegamos a merecer que nos contassem no Espiritismo. Temos, porém, de
considerar que do instinto, das paixões e dos vícios sobraram-nos resíduos, que
teremos de erradicar, para podermos possuir este tesouro. “É preciso – disse
Miguel Vives – acentuar isto, porque nem todos estão em condições de
compreender o Espiritismo, e menos ainda de praticá-lo.” (Obra citada, pp. 141 e 142.)
3. Em face de alguma paixão ou vício que nos
pode levar à queda, como proceder?
Diante dessa
situação, teremos de ser valentes e cortá-los pela raiz, porque mais vale
sofrer muito para aniquilar um vício e adquirir uma virtude do que nada sofrer
dando rédeas à paixão. Aqui está o trabalho de gigante do espírita, porque,
quando quer enfrentar o passado, o espírito do mal resiste e tudo faz para não
deixar escapar a presa, valendo-se de todos os meios, até mesmo dos sonhos,
para emboscá-lo. (Obra citada, pp. 144 e
145.)
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