sábado, 10 de janeiro de 2015

Nada vale a pena, quando a alma é pequena


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Vinte anos de fama e toda uma vida tentando provar que o fim justifica os meios. Vitória da verdade e derrocada moral completa é o que ocorreu com a maior fraude esportiva de todos os tempos.
É o que vamos lhes narrar hoje, leitora e leitor amigos. Se você se enquadra entre aqueles que fazem da trapaça seu modo de vida, desista enquanto é tempo, pois um dia a casa cai, como ocorreu com Lance Armstrong. Este ciclista, em 1992, foi o último classificado, na corrida de San Sebastián, na Espanha, correndo profissionalmente pela Equipe Motorola. Incentivado, porém, por sua mãe, em 1993 venceu o Campeonato Mundial de Ciclismo de Estrada, o que repetiu em 1995.
Sua doença do câncer testicular com metástase para os pulmões e o cérebro foi descoberta em 1996.
Em 1997, foi considerado curado.
Em 1998, participou da Volta de Paris e ficou em 14º lugar. Nos sete anos seguintes (1999 a 2005), Lance venceu todas as competições da Volta de Ciclismo de Paris, graças ao consumo da droga chamada EPO e outros procedimentos com doping. Para mostrar ao mundo a generosidade do seu coração, ele criou, nessa época, a Fundação Lance Armstrong de tratamento do câncer.
A partir de 2005, surgiram as suspeitas não confirmadas de uso de drogas pelo ciclista, mas em 2011, dois de seus ex-colegas resolveram acusá-lo formalmente. Em junho de 2012, a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) acusou-o oficialmente de utilização de drogas, como a EPO e outras substâncias proibidas, com base em amostras de seu sangue colhidas em 2009 e 2010.
Em outubro de 2012, Lance foi banido para sempre das competições oficiais de ciclismo e teve que devolver todas as medalhas recebidas até então, além de responder a diversos processos.
Em novembro de 2012, a revista Sports Illustrated classificou Armstrong em primeiro lugar entre os atletas mais antidesportivos daquele ano.
A medalha de bronze olímpico que ele recebera também lhe foi retirada pelo Comitê Olímpico Internacional em 2013.
Em 17 de janeiro de 2013, no programa de TV dirigido por Oprah Winfrey, o ciclista confessou ter-se dopado, em quase todas as corridas disputadas, com os hormônios de testosterona OPA e transfusões de sangue. Acabava ali um mito e cerca de 75 milhões de dólares seriam devolvidos por ele em função de execuções judiciais e retirada de patrocínios. Outras execuções judiciais e polêmicas envolvendo o atleta continuam ocorrendo até hoje.
Então, perguntamos: Valeu a pena?
Segundo o poeta Fernando Pessoa, "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena".
Pode-se enganar o mundo durante algum tempo, mas sempre chegará o dia do nosso acerto de contas com a Lei Divina de causa e efeito de acordo com as palavras do profeta nazareno.
Há pessoas que se imaginam especiais, supõem-se deuses privilegiados, gênios invencíveis. Ignoram que na própria consciência está escrita a Lei de Deus em nós. E esse Deus, Pai amoroso, corrige, sem pressa, seus filhos com sua Justiça implacável. Desse modo, tudo que se conquista fraudulentamente não tem valor real e, ainda que leve algum tempo, a verdade sempre vence a mentira.
O sofrimento moral é o verdadeiro inferno do culpado.
Pena que somente tardiamente muitas pessoas desonestas percebam que nada vale a pena quando a alma é pequena.  

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