Uma leitora radicada em São Paulo pede que
comentemos o caso do suicídio de um menino de 11 anos, ocorrido em uma cidade
de Mato Grosso do Sul. O garoto havia dito à sua mãe que se jogaria da janela
do apartamento em que morava, localizado no 13º andar do seu prédio. A mãe não
deu importância à conversa. Três dias depois, quando somente ele e uma irmã
estavam em casa, o garoto cortou a tela protetora do cômodo onde se encontrava
e se jogou pela janela.
Teria sido o suicídio induzido por algum
Espírito?
É difícil responder se o ato suicida teve
ou não a participação de Espíritos, embora o fato seja perfeitamente possível.
Gerson Simões Monteiro, vice-presidente da
Rádio Rio de Janeiro, em artigo publicado algum tempo atrás na revista “O
Consolador”, reportou-se ao caso de Hilda, uma jovem suicida que, após sua
desencarnação, declarou que a influência de Espíritos obsessores havia
constituído um fator importante no seu ato suicida. Eis o link que remete ao
artigo: http://www.oconsolador.com.br/ano2/72/especial.html.
O depoimento da jovem Hilda foi publicado
originalmente no livro Vozes do Grande
Além, obra mediúnica de autoria de Espíritos Diversos, por intermédio das
faculdades psicofônicas de Chico Xavier. Eis parte da mensagem transmitida por
Hilda:
“Obsidiada
fui eu, é verdade.
Jovem
caprichosa, contrariada em meus impulsos afetivos, acariciei a ideia da fuga,
menoscabando todos os favores que a Providência Divina me concedera à estrada
primaveril.
Acalentei
a ideia do suicídio com volúpia e, com isso, através dela, fortaleci as
ligações deploráveis com os desafetos de meu passado, que falava mais alto no
presente.
Esqueci-me
dos generosos progenitores, a quem devia ternura; dos familiares, junto dos
quais me empenhara em abençoadas dívidas de serviço; olvidei meus amigos, cuja
simpatia poderia tomar por valioso escudo em minha justa defesa, e desviei-me
do campo de sagradas obrigações, ignorando deliberadamente que elas,
representavam os instrumentos de minha restauração espiritual.
Refletia
no suicídio com a expectação de quem se encaminhava para uma porta libertadora,
tentando, inutilmente, fugir de mim mesma.
E,
nesse passo desacertado, todas as cadeias do meu pretérito se reconstituíram,
religando-me às trevas interiores, até que numa noite de supremo infortúnio
empunhei a taça fatídica que me liquidaria a existência na carne.”
Na Revista
Espírita de maio de 1862, Kardec menciona o caso de Maximilien, um menino
de 12 anos, cujo suicídio teria sido motivado, conforme consta do relato, por
uma mulher de nome Elvire.
Elvire existiu realmente ou não passava de uma criação
da mente de Maximilien?
Pela leitura do diálogo entre o Espírito de Maximilien
e o evocador, Elvire realmente existiu, embora não haja registro de que ela e o
garoto tenham tido algum relacionamento em existências passadas, o que, porém, nos
parece bastante provável.
Segundo o Espiritismo, as pessoas que por
motivos tolos se afastam, ainda que se amem, podem ficar apartadas por inúmeras
encarnações, e esse distanciamento, essa impossibilidade de se unirem,
constitui uma forma de expiação da falta cometida.
Em face dos dois casos ora mencionados,
não se pode descartar a influência direta ou indireta de Espíritos no suicídio
do menino de Mato Grosso do Sul, o qual, como todos os Espíritos que passam por
igual situação, necessita muito das preces e das vibrações positivas de seus
pais, colegas e amigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário