Esquece
Auta de Souza
Repara a terra pobre,
humilde e boa,
Enlameada ao temporal
violento...
A golpes rudes de
granizo e vento,
Olvida em paz a injúria
que a magoa.
Depois, a vida tece-lhe
a coroa
De pétalas luzindo ao
firmamento...
E, feliz ante o mundo
desatento,
Mais se embeleza quanto
mais perdoa.
Assim também, esquece o
lodo e a ofensa.
Que a tormenta de trevas
te não vença
A nobreza dos sonhos
redentores!...
Seja o perdão o apoio a
que te arrimes,
E desabrocharás em dons
sublimes
Como a terra insultada
ri-se, em flores.
Do livro Auta de Souza, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco
Cândido Xavier.
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