CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Nossos filhos
não são nossos, são espíritos em caminhada. Somos todos iguais perante o olhar
do Pai. Esses espíritos, confiados a nós, são nossos companheiros, porém, com
um laço mais estreito de responsabilidade, dedicação, cuidado. Deveria ser,
regra geral, com amor e carinho, embora, graças a Deus, ocorra em grande parte
dos casos.
Como também
somos filhos e tivemos uma família, nossos filhos são espíritos em sucessão de
uma história, ora por amor, ora por necessidade, no entanto, sempre com uma
razão. E a sabedoria divina, devagarzinho, nos apresenta as etapas para a
importante tarefa, na maioria das vezes, necessária: o apropriado reencontro
para ambos os lados.
Vem como um
pequenino ser carente de todos os tipos de cuidados, ser delicado por quem nos
apaixonamos, por quem nosso coração tanto se felicita. De variadas formas, o
filho pode chegar, às vezes, de inesperada e surpreendente maneira, entretanto,
chega à nossa vida e isso é o fator determinante.
E olhamos
para o filho... e devemos sempre nos recordar de que ele é um companheiro e não
nos pertence. Todos devemos ser livres para a progressão na vida, pois quando o
laço delicado passa a ser nó, os desajustes sufocam a harmonia imprescindível e
prisioneiros passam a ocupar invisíveis celas devastadoras. Companheiro quer
dizer alguém que acompanha, que deveria amar e ser amado.
Assim como o
vento sopra indicando a melhor direção e segue adiante sem sufocar nenhuma
flor, também deveriam ser os pais com seus filhos, ensinando-os sempre com o
coerente exemplo e lembrando-se de que todos somos universos individuais
formando o grande universo de infinitas estrelas. E todas estas querem brilhar,
querem despertar a própria luz e seguir seu caminho. O melhor meio para o
proveitoso ensinamento é o bom exemplo. Apenas palavras podem se perder ao
vento enquanto boas ações observadas ensinam para sempre.
Nossos filhos
serão os futuros pais que ensinarão o que aprenderam. Em uma existência não se
molda o espírito, porém, muito se pode realizar tanto benéfica quanto
maleficamente a outrem. Que sejam, então, incontáveis atos bondosos e
edificantes na vida de nossos filhos.
Como se deve
respeito aos pais, também estes devem respeitar os companheiros que hoje estão
seus filhos, mas que possivelmente já podem ter sido seus pais num passado
recente ou longínquo; o respeito é o maior conquistador de corações. Respeito a
tudo, respeito à vida.
A Deus, puro
agradecimento, pois nos concedeu a dádiva de um filho, confiou-nos um espírito
para a ajuda em sua orientação, uma fabulosa oportunidade em nossa vida,
crescimento para ambas as partes.
Então que o
filho seja entendido e sentido como companheiro de jornada, ligado por amor ou
reparação, mas acima de tudo uma ocasião favorável e abençoada. E os pais sejam
amáveis orientadores atentos aos pequenos e mesmo aos já crescidos companheiros.
Que falem o sim e o não necessários para o bom encaminhamento, no entanto,
sobretudo que amem esses espíritos enviados, e os que por algum motivo ainda
não são capazes, que, então, se esforcem para isso e lembrem-se sempre de que
todo núcleo familiar está arranjado da melhor maneira para todos os envolvidos.
Aos pais,
cujos filhos apresentam comportamento incompreensível, calma, fé e amor; aos
pais de filhos inseguros, bem mais orientação e segurança; aos pais cujos
filhos seguem caminhos tortuosos, a serenidade de buscá-los e colocá-los no
brando caminho do bem; a todos os pais do universo, muita luz e persistência
para não abandonarem seus companheiros confiados por Deus, mas sem se
esquecerem de que todo espírito possui seu livre-arbítrio.
Os pais de
hoje podem vir a ser os filhos de amanhã, então que a essência de toda palavra e
ato paternos seja levada em conta e sentida como se o pai fosse um filho a
recebê-la.
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