sexta-feira, 13 de novembro de 2015

No Invisível (17)


Estudamos semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina (PR), o livro “No Invisível”, um dos clássicos do Espiritismo, de autoria de Léon Denis. São duas as turmas de estudo, uma na terça à noite, a outra na quinta-feira à tarde.
Reproduzimos, em seguida, o texto do módulo concluído nesta semana, cuja publicação tem por finalidade proporcionar, a quem se interessar, a oportunidade de acompanhar o mencionado estudo.

Questões para debate

A. Que condições são necessárias para praticar a telepatia?  
São duas as condições necessárias para isso: de um lado, no operador, a concentração e a exteriorização do pensamento. Para agir mentalmente, a distância, é preciso recolher-se e dirigir com persistência o pensamento ao alvo predeterminado. Provoca-se, assim, um desprendimento parcial do ser psíquico e origina-se uma corrente de vibrações que nos põe em relação com o nosso correspondente. Neste se requer, por sua parte, um grau suficiente de sensibilidade. Mas essas condições não se encontram tão frequentemente como se poderia supor. (No Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano. Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)

B. Não existindo condições para o exercício da telepatia, é possível criá-las?
Sim. É possível criá-las por uma ação demorada da vontade e, em seguida, melhorá-las mediante o exercício cotidiano das faculdades adquiridas. O Dr. Balme observa que, tendo experimentado com uma senhora de sua amizade, nenhum resultado obteve ao começo. Todos os dias, à mesma hora e durante muito tempo, prosseguiram ambos a tentativa. Os pensamentos trocados foram a princípio contraditórios. Um dia, entretanto, foi percebida uma palavra com perfeita exatidão; depois foram seguidamente transmitidas frases de quatro a cinco palavras. Finalmente, ao cabo de dois anos, conseguiam comunicar-se, a distância, a qualquer hora do dia indiferentemente, começando apenas por bater palmas.  Nessas experiências, como se vê, a perseverança é o elemento essencial de todo o êxito. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano. Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)

C. Podemos corresponder-nos telepaticamente com nossos amigos desencarnados?
Sim. Fixado o pensamento e estabelecida a corrente vibratória, torna-se possível a comunicação, podendo corresponder-nos telepaticamente não só com os nossos amigos terrestres, mas também com os do Espaço, porque a lei das correspondências é a mesma nos dois casos. Não é mais difícil conversarmos mentalmente com os seres amados cujo invólucro a morte destruiu, do que com aqueles que, permanecendo na Terra, foram afastados para longe de nós pelas exigências da vida.  (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano. Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)

Texto para leitura

478. A teoria a que nos referimos apoia-se em provas indiscutíveis. Recordemos antes de tudo as experiências relatadas nos “Proceedings” da Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres. O operador e o sensitivo, colocados na mesma sala, mas separados por uma cortina, sem fazer um gesto, sem proferir uma palavra, se transmitem silenciosamente os pensamentos. A mesma experiência foi, em seguida, realizada com êxito, colocando-se o operador e o percipiente, a princípio, em duas salas, depois em duas casas diferentes.
479. O “Daily Express”, de setembro de 1907, divulgou várias sessões de transmissão de pensamento dadas ao rei Eduardo VII e a outras personagens da Corte por dois sensitivos, o Sr. e a Sra. Zancig. Os resultados foram tornados conhecidos pelo próprio rei e foi principalmente depois disso que a atenção pública se encaminhou, na Inglaterra, para essa ordem de fatos.
480. O rei submeteu os dois sensitivos às mais difíceis provas, sempre com êxito completo. Ficou evidenciado que a comunhão de pensamentos existia, não uma vez ou outra, mas de modo constante e normal, entre o marido e a mulher. Se, por exemplo, o primeiro lia uma carta, a segunda, a grande distância e com os olhos vendados, percebia imediatamente o seu conteúdo. Tudo o que se comunica ao marido é conhecido no mesmo instante pela mulher. Os dois sensitivos vibram em uníssono. Além disso, a Sra. Zancig deu prova ao rei da sua faculdade de visão psíquica, falando-lhe de coisas que ele tinha a certeza de ser o único a saber.
481. As experiências feitas pelos psicólogos e magnetizadores são inúmeras e acompanhadas de particularidades tão precisas que seria impossível explicá-las como alucinações.
482. Eis um desses casos: “O Dr. Balme, de Nancy, tinha a seus cuidados a Condessa de L., afetada de dispepsia.(1) Ela o ia procurar em seu consultório, nunca tendo ele, pois, entrado em casa de sua cliente, situada fora da cidade. Três dias depois de uma de suas visitas, a 19 de maio de 1899, entrando em casa e atravessando a antessala, ouviu ele distintamente estas palavras: ‘Como me sinto mal! E ninguém para me socorrer’. Depois ouviu o ruído de um corpo que caía em uma espreguiçadeira. A voz era da Sra. de L.. Procurou informar-se, mas em casa ninguém tinha visto nem ouvido essa senhora. Foi para seu gabinete de trabalho, concentrou-se e, colocando-se voluntariamente em ligeiro estado de hipnose, transportou-se à casa da condessa e viu-a. Acompanhou todos os seus movimentos e gestos, e os anotou minuciosamente. Quando a Sra. de L. foi novamente consultá-lo, ele lhe comunicou suas impressões, que foram verificadas exatas em todos os pontos e conformes à realidade dos fatos. ‘Depois de vos terdes recolhido a vosso aposento – perguntou ele – que era o que parecíeis procurar em torno de vós?’ ‘Parecia que alguém me espreitava’, respondeu a senhora.” 
483. A exemplo do Dr. Hilbert e do Sr. Pierre Janet, cujo sensitivo, Léonie, obedecia à sugestão a um quilômetro de distância, o Dr. Balme tinha o poder de transmitir mentalmente sua vontade a uma senhorita de Lunéville. Obrigava-a assim a vir ao seu gabinete, em Nancy, reclamar os seus cuidados. Um dia, tendo concentrado e dirigido para ela o pensamento, proferiu estas palavras: “Venha; espero-a no trem do meio-dia”. À hora fixada a moça entrava em casa dele, dizendo: “Aqui estou”. 
484. Camille Flammarion, em sua obra “O Desconhecido e os Problemas Psíquicos”, cap. VI, cita o caso de um menino que, na idade de cinco anos, resolvia problemas complicadíssimos e repetia palavras e frases que sua mãe lia mentalmente em um livro. A criança não calculava, o que fazia era unicamente ler no pensamento de sua mãe a solução dos problemas propostos. Desde que esta se retirava, ele era incapaz de obter a mínima solução.
485. Na opinião do Sr. G. Delanne, os estados vibratórios individuais devem ser classificados em três tipos que ele denomina visuais, auditivos e motores, e pelos quais se explicaria a variedade das percepções nos sensitivos e nos médiuns. Nos sensitivos pertencentes a esses diversos tipos, as impressões produzidas por uma mesma causa revestirão formas diferentes. A ação psíquica de um vivo, a distância, ou a de um Espírito provocará em uns a percepção visual de uma figura de fantasma; em outros, a audição de sons, de ruídos, de palavras; em um terceiro suscitará movimentos.
486. As impressões podem igualmente variar nos sensitivos pertencentes ao mesmo tipo sensorial. O pensamento inicial será por eles percebido sob formas distintas, posto que o sentido da manifestação seja idêntico no fundo. É o que temos frequentes vezes verificado em nossas próprias experiências. Diversos médiuns auditivos percebiam o pensamento do Espírito e o traduziam em termos diferentes.
487. Esse fato nos demonstra que um grande número de fenômenos telepáticos devem ser incluídos na ordem subjetiva, no sentido de que se produzem unicamente no cérebro do percipiente. Posto que internos, não são contudo menos reais. A onda vibratória, emanada de um pensamento estranho, penetra o cérebro do sensitivo e lhe produz a ilusão de um fato exterior que, segundo o seu estado dinâmico, parecerá visual, auditivo ou tátil.
488. Sabemos que as impressões dos sentidos se centralizam todas no cérebro. Este é o verdadeiro receptáculo, que arquiva as sensações e as transmite à consciência. Ora, conforme o seu estado vibratório, somos levados a referir as nossas sensações a um dos três estados sensoriais supraindicados. Daí a variedade das impressões sugestivas percebidas pelos sensitivos.
489. Eis aqui um entre vários casos inéditos, em que a ação telepática se manifesta por meio de ruídos e visões: “A Sra. Troussel, cujo sobrenome em solteira era Daudet, parenta do ilustre escritor e residente em Alger, à rua Daguerre, comunica-se telepaticamente, a horas convencionadas, com algumas de suas amigas, cada uma das quais serve a seu turno de transmissor e receptor. Elas estabelecem reciprocamente o processo verbal dos pensamentos emitidos e das impressões recebidas e os comparam em seguida. Perguntas mentais formuladas a distância obtêm respostas precisas: um problema complicado foi resolvido. Na média, sete experiências sobre dez são coroadas de êxito. Às vezes, o pensamento projetado com intensidade produz uma ação física sobre os móveis, fazendo-os vibrar fortemente.”
490. A Sra. Troussel fez a mesma experiência com uma de suas amigas de Marselha. Deviam pôr-se em comunicação na quinta-feira santa, às 8:30 horas da noite. Não sendo, porém, idêntico o meridiano, e sendo a hora de Marselha adiantada em relação à de Alger, ao subir a Sra. Troussel para o seu quarto em busca do insulamento, sentiu-se invadida por um sentimento de tristeza. Um instante depois, tendo-se recolhido, viu aparecer uma jovem de Marselha; junto a ela estava uma criancinha que lhe estendia os braços, sorrindo, e lhe mostrava um raio luminoso que parecia vir do céu. A Sra. Troussel apressou-se em transmitir à sua amiga a narrativa dessa experiência. Suas cartas se cruzaram.
491. A de Marselha continha as seguintes linhas: “Escolhi a quinta-feira santa, querida amiga, por ser o aniversário da morte de meu idolatrado filhinho. À hora indicada, viestes consolar-me. Pensei, nesse momento, no pequenino ser querido. Pensastes também nele? Eu vos vi subir do pavimento térreo ao primeiro andar. Trazíeis um vestido que eu não conheço (pormenor exato). Coisa singular: pensando em todas essas coisas, eu via ao mesmo tempo a imensidade do mar; o raio luminoso do farol parecia vir do céu e chegava até junto de mim.”
492. Comunicações escritas têm sido transmitidas, a grandes distâncias, por pessoas vivas exteriorizadas. Aksakof refere os seguintes fatos: “O Sr. Tomás Everitt, de Londres, obteve, pelo punho de sua mulher, uma comunicação de um de seus amigos, médium, em viagem para a América. O eminente juiz Edmonds, de Nova Iorque, refere que dois grupos espíritas, reunidos à mesma hora, em Boston e em Nova Iorque, se correspondiam por seus respectivos médiuns. Assim também dois grupos de experimentadores, reunidos em Madrid e em Barcelona, se comunicavam simultaneamente pelo mesmo processo. Ao fim de cada sessão, redigia cada um por sua parte uma ata, que era posta imediatamente no Correio. As duas mensagens combinavam sempre fielmente.” 
493. A “Revue Scientifique et Morale du Spiritisme”, em seu número de janeiro de 1908, cita um fato interessante, extraído das “Memórias” da Sra. Adelma de Vay: “A Sra. de Vay refere que, durante a campanha de 1866, o Conde Wurmbrandt, seu primo, fazia parte do Exército austríaco. No dia 25 de maio, recebeu dele uma extensa comunicação, em que lhe afirmava ser ele próprio, “seu primo Luís Wurmbrandt”, acrescentando que “estava passando bem, que seu espírito se achava ao pé dela e o corpo no campo, em companhia dos soldados”. A 15 de junho, nova comunicação: “Esperamos uma batalha... meu corpo está completamente adormecido.” E afirmava estar nela pensando intensamente. A 4 de julho, ainda uma comunicação: “Não duvide da presença de meu espírito... Acabamos de travar uma grande batalha. Vou passando bem.”
494. No dia 5 de julho, o nome de Wurmbrandt figura na lista dos mortos. Entretanto, a 9 do mesmo mês, a Senhora de Vay recebe uma comunicação de seu primo, assegurando ter “felizmente sobrevivido à batalha de Honig Gratz” e que dentro de três dias lho confirmaria por carta. A Sra. de Vay recebeu efetivamente de seu primo uma carta enumerando, com particularidade, as enormes perdas sofridas pelo seu batalhão, o que explica a errônea suposição de sua morte.”
495. Todos esses fatos estabelecem de modo positivo, desde esta vida, a ação mental e recíproca de alma a alma e a possível intervenção dos vivos exteriorizados nos fenômenos psíquicos. Para praticar a telepatia são necessárias duas condições: de um lado, no operador, a concentração e a exteriorização do pensamento. Para agir mentalmente, a distância, é preciso recolher-se e dirigir com persistência o pensamento ao alvo predeterminado. Provoca-se, assim, um desprendimento parcial do ser psíquico e origina-se uma corrente de vibrações que nos põe em relação com o nosso correspondente. Neste se requer, por sua parte, um grau suficiente de sensibilidade.
496. Essas condições não se encontram tão frequentemente como se poderia supor. É preciso criá-las por uma ação demorada da vontade e, em seguida, melhorá-las mediante o exercício cotidiano das faculdades adquiridas. O Dr. Balme observa que, tendo experimentado com uma senhora de sua amizade, nenhum resultado obteve ao começo. Todos os dias, à mesma hora e durante muito tempo, prosseguiram ambos a tentativa. Os pensamentos trocados foram a princípio contraditórios. Um dia, entretanto, foi percebida uma palavra com perfeita exatidão; depois foram seguidamente transmitidas frases de quatro a cinco palavras. Finalmente, ao cabo de dois anos, conseguiam comunicar-se, a distância, a qualquer hora do dia indiferentemente, começando apenas por bater palmas.
497. Nessas experiências, como se vê, a perseverança é o elemento essencial de todo o êxito. É preciso, antes de tudo, aprender a fixar os pensamentos. Estes são por natureza instáveis, flutuantes; variam muito amiúde de um a outro objeto. Saibamos mantê-los sob a ação da vontade e impor-lhes um determinado objetivo. É dos mais salutares esse exercício, no sentido de habituar-nos a praticar a disciplina mental.
498. Uma vez fixado o pensamento e estabelecida a corrente vibratória, torna-se possível a comunicação. Chegamos a corresponder-nos telepaticamente, não só com os nossos amigos terrestres, mas também com os do Espaço, porque a lei das correspondências é a mesma nos dois casos. Não é mais difícil conversarmos mentalmente com os seres amados cujo invólucro a morte destruiu, que com aqueles que, permanecendo na Terra, foram afastados para longe de nós pelas exigências da vida. O poder da evocação que vai atingir o ser espiritual, através da imensidade, numa região desconhecida do evocador, é a mais evidente demonstração da energia do pensamento.
499. Às vezes, durante o sono ou na vigília, a alma se exterioriza, se objetiva em sua forma fluídica e aparece, a distância. Daí o fenômeno dos fantasmas dos vivos. Um dos mais notáveis casos é o de Emília Sagée, professora em Volmar, cujo desdobramento pôde ser inúmeras vezes observado pelas quarenta e duas pessoas residentes no internato.
500. A esse se pode acrescentar o caso do reverendo Tr. Benning, citado pela Sra. Hardinge-Britten no “Manner of Light”. Seu duplo se transportou a Troy, onde devia realizar urna conferência no dia seguinte, a fim de dar aviso de que uma indisposição o impedia de cumprir sua promessa. Lá esteve e foi visto e ouvido por três pessoas, em uma das quais deu um empurrão. Durante esse tempo seu corpo não havia deixado Nova Iorque.
501. Uma jovem criada alemã, de Boston (Massachusetts), acometida de febre acompanhada de delírio, se transportava, em sonho, à casa de sua família, na Europa. Aí, durante quinze noites consecutivas, todos os seus parentes a ouviram bater à porta da casa paterna e viram entrar o seu fantasma. Todos a acreditaram morta; ela, porém, se restabeleceu.
502. O “Times”, em sua edição hebdomadária(2) de 1º de janeiro de 1908, consagra um longo artigo a um fato de desdobramento, que teria ocorrido na paróquia de East Rudham. O reverendo Dr. Astley, que aí exercia suas funções, em seguida a um acidente de estrada de ferro, na linha de Biskra, foi conduzido para o hospital dos ingleses, em Alger. Enquanto nele se achava em tratamento, seu fantasma foi repetidas vezes percebido e distintamente reconhecido por três pessoas, particularmente pelo reverendo Brock, vigário encarregado de substituir o Dr. Astley, na paróquia de East Rudham, durante o seu impedimento.
503. Os mais numerosos testemunhos são fornecidos pela Sociedade de Investigações Psíquicas, de Londres. Essa Sociedade, composta de homens eminentes, erigiu um verdadeiro monumento científico com a publicação do livro “The Phantasms of the Living”   e a dos “Proceedings”, compilação de narrativas, que formam vinte e dois volumes e abrangem um período de vinte anos de estudos. Essas obras relatam milhares de casos de aparições, observados com todo o rigor que os sábios aplicam ao estudo dos fenômenos e assinalam as circunstâncias e as provas que dão a cada fato o seu cunho de autenticidade e o apoio de testemunhos severamente esmerilhados.
504. Esses fatos estabelecem de modo incontestável as relações que existem entre a aparição do duplo e a pessoa viva que ele representa. Não seria lícito atribuir a todos esses fenômenos um caráter subjetivo. Em certos casos, como vimos, só o cérebro do percipiente é impressionado pelas vibrações de um pensamento longínquo, as vibrações que se transmitem ao foco visual e aí fazem surgir a imagem do manifestante. Aqui, porém, na maior parte dos casos, os fenômenos observados não se prestam de modo algum a essa interpretação. Sua objetividade fica demonstrada no fato de serem vistos os fantasmas por muitas pessoas ao mesmo tempo, ou ainda sucessivamente, quando, por exemplo, o fantasma se transporta aos diversos pavimentos de uma casa.

(1) Dispepsia: dificuldade de digerir. 
(2) Hebdomadária: semanal.

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