Na lista dos erros mais comuns
cometidos no uso do idioma português, eis mais cinco casos:
Andou por todo país.
O correto: Andou por todo o país.
A explicação: “todo o” e “toda a” é
que dão a ideia de inteiro/inteira. Exemplos: Andou por todo o país (pelo país
inteiro). Andou por toda a cidade (pela cidade inteira). Todo o elenco foi
demitido (o elenco inteiro foi demitido). Toda a tripulação foi responsabilizada
(a tripulação inteira foi responsabilizada).
Todos amigos o cumprimentaram.
O correto: Todos os amigos o cumprimentaram.
A explicação: na forma plural, é
indispensável o artigo “os” ou “as”. Exemplo: Ele convidou todos os amigos.
Todos os eleitores se equivocaram. Era difícil descobrir todas as contradições
do texto.
Maria trabalhava ali há muito tempo.
O correto: Maria trabalhava ali havia muito tempo. Ou: Maria trabalhava ali fazia muito tempo.
A explicação: as formas verbais “havia”
e “fazia” acompanham a forma verbal “trabalhava”, que pertence ao pretérito
imperfeito do verbo trabalhar.
A frase proposta estaria correta se
fosse escrita assim: “Maria trabalhou ali há muito tempo” ou “Maria trabalhou
ali faz muito tempo”.
Se invertermos a ordem dos termos que
compõem o texto, o leitor entenderá melhor o porquê de tal regra:
Havia muito tempo (que) Maria
trabalhava ali.
Fazia muito tempo (que) Maria
trabalhava ali.
Há muito tempo (que) Maria trabalhou
ali.
Faz muito tempo (que) Maria trabalhou
ali.
Não se o diz.
O correto: Não se diz isso.
A explicação: é um erro juntar a
palavra “se” com os pronomes o, os, a, as. É grave erro, portanto, escrever:
fazendo-se-os, não se o diz etc.
Acordos políticos-partidários.
O correto: Acordos político-partidários.
A explicação: nos adjetivos
compostos, só o último elemento varia. Exemplo: bandeiras verde-amarelas,
medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.
*
Menino prodígio, país membro e usina
piloto eram escritos assim mesmo, sem necessidade de hífen.
Com a vigência do novo VOLP
(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), aprovado pela Academia
Brasileira de Letras - http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
-, o entendimento modificou-se e, agora, os termos citados escrevem-se assim:
menino-prodígio
país-membro
usina-piloto.
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