A influência dos
Espíritos em nossos pensamentos e atos
Este
é o módulo 14 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao
estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes:
- questões para debate
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. É certo dizer que
os Espíritos nos influenciam tanto, que muitas vezes são eles que nos dirigem?
2. Como podemos
classificar as influências espirituais?
3. Se somos
influenciados por outros indivíduos, como distinguir com clareza os nossos
pensamentos daqueles que nos são sugeridos?
4. Por que os
Espíritos infelizes gostam de nos prejudicar?
5. Se as influências
espirituais negativas existem, como proceder para neutralizá-las?
Texto para leitura
A influência dos Espíritos pode ser boa ou má
1. A influência que
os Espíritos exercem sobre os nossos pensamentos e ações no dia a dia é muito
maior do que nós imaginamos, porquanto em muitas vezes são eles que nos
dirigem. Essa influência pode ser boa ou má, oculta ou ostensiva, fugaz ou
duradoura, mas, em qualquer situação, ela só se concretiza por meio da sintonia
que se estabelece entre os indivíduos.
2. Em muitos dos
pensamentos que temos em determinadas situações surgem-nos ideias diferentes
sobre o mesmo assunto, e, por vezes, ideias que se contradizem. Com certeza
nesses momentos estamos sendo alvo da influenciação dos Espíritos, fato que nem
todos percebem, especialmente quando ela se dá de forma sutil e oculta. [Veja sobre o
assunto o caso Custódio Saquarema narrado por Irmão X no livro Cartas e crônicas, pp. 38 a 42,
psicografado por Francisco Cândido Xavier.]
3. Uma forma de
distinguir os nossos pensamentos dos que nos são sugeridos é compreender que,
normalmente, é nosso o primeiro pensamento que nos ocorre. Mas, o mais
importante é saber que, independentemente de sugestões ou não, a
responsabilidade pelos atos é nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí
resultar ou o demérito se a ação for negativa.
4. Allan Kardec
explica: “Se fosse útil pudéssemos claramente distinguir nossos próprios
pensamentos daqueles que nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio, assim
como nos dá o de distinguir entre o dia e a noite. Quando algo fica impreciso,
é que assim convém ao nosso benefício” (O
Livro dos Espíritos, nota à questão 462).
Pensamento e vibração
5. As ideias
nutridas pelos homens de inteligência e pelos gênios provêm algumas vezes do
seu próprio Espírito, mas com frequência são sugeridas por outros Espíritos, na
forma de inspiração, quando estes últimos consideram que suas ideias serão
dignamente compreendidas.
6. Lembra-nos
Rodolfo Calligaris que “pensar é vibrar, é entrar em relação com o Universo
espiritual que nos envolve, e, conforme a espécie das emissões mentais de cada
ser, elementos similares se lhe imanizarão, acentuando-lhe as disposições e
cooperando com ele em seus esforços ascensionais ou em suas quedas e deslizes” (Páginas de Espiritismo Cristão, FEB,
cap. 53).
7. Não podemos
descuidar da nossa casa mental e seguir, vida afora, arrastados pela ação
maléfica dos Espíritos atrasados. “Os Espíritos infelizes, de mente ultrajada,
- diz Calligaris – vivem mais com os companheiros encarnados do que se supõe.”
8. Misturam-se –
acrescenta Calligaris - nas atividades comuns, perambulam no ninho doméstico,
participam das conversações, seguem com os comensais, de quem dependem em
processo legítimo de vampirização. “Perturbam-se e perturbam. Sofrem e fazem
sofrer. Odeiam e geram ódios. Amesquinhados em si mesmos, amesquinham os
outros. Infelicitados, infelicitam.”
9. Os bons
Espíritos, ao contrário, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do
caminho do mal, protegem a vida daqueles que se mostram dignos de sua proteção e
neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos naqueles que não se
comprazem em tais sugestões.
Como neutralizar a influência negativa
10. Para neutralizar
a influência dos maus Espíritos, a Doutrina Espírita nos indica uma receita
simples, mas infalível: a prática do bem e a fé em Deus.
11. Eis o que, a
respeito do assunto, ensinaram os Espíritos Superiores: “Fazendo o bem e pondo
a vossa confiança em Deus, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e
destruireis o domínio que sobre vós tentam exercer. Guardai-vos de escutar as
sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que vos insuflam a
discórdia e que vos induzem às más paixões. Desconfiai sobretudo dos que
exaltam o vosso orgulho, pois que vos apanham pelo ponto fraco. Por isso Jesus
vos faz repetir na Oração Dominical: Não nos deixeis cair em tentação, mas
livrai-nos do mal” (O Livro dos Espíritos,
item 469).
Respostas às questões propostas
1. É certo dizer que os Espíritos nos influenciam tanto,
que muitas vezes são eles que nos dirigem?
Sim. É isto que
aprendemos na Doutrina Espírita.
2. Como podemos classificar as influências espirituais?
As influências podem
ser boas ou más, ocultas ou ostensivas, fugazes ou duradouras, mas, em qualquer
situação, elas só se concretizam por meio da sintonia que se estabelece entre
nós e os Espíritos.
3. Se somos influenciados por outros indivíduos, como
distinguir com clareza os nossos pensamentos daqueles que nos são sugeridos?
Uma forma de
distinguir os nossos pensamentos dos que nos são sugeridos é compreender que,
normalmente, é nosso o primeiro pensamento que nos ocorre. O mais importante,
contudo, é saber que, independentemente de sugestões ou não, a responsabilidade
pelos atos é nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí resultar ou o
demérito se a ação for negativa.
4. Por que os Espíritos infelizes gostam de nos
prejudicar?
Porque são
inferiores e não sabem que, agindo assim, acabam prejudicando a si mesmos. É
por isso que não podemos descuidar da nossa casa mental e seguir, vida afora,
arrastados pela ação maléfica dos Espíritos atrasados. Os Espíritos infelizes,
de mente ultrajada, vivem mais com os companheiros encarnados do que supomos.
Misturam-se em nossas atividades comuns, perambulam no ninho doméstico,
participam de nossas conversações, seguem com os comensais, de quem dependem em
processo legítimo de vampirização. Perturbam-se e perturbam. Sofrem e fazem
sofrer. Odeiam e geram ódios. Amesquinhados em si mesmos, amesquinham os
outros. Infelicitados, infelicitam.
5. Se as influências espirituais negativas existem, como
proceder para neutralizá-las?
Para neutralizar a
influência dos maus Espíritos, a Doutrina Espírita nos indica uma receita
simples, mas infalível: a prática do bem e a fé em Deus. Agindo sempre assim,
conseguiremos neutralizar a influência negativa, imunizando-nos contra a
maldade que, em outros casos, poderia atingir-nos.
Nota:
Eis
os links que remetem aos textos
anteriores:
Módulo
1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_8.html
Módulo
9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo 10 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_12.html
Módulo
11 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_19.html
Módulo
12 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_26.html
Módulo
13 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
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