Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 1
Iniciamos hoje o estudo
metódico e sequencial do livro Por que
creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de acordo
com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação
Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Foi o contato com
o Espírito de Raymond, seu filho desencarnado em 1915, que levou Sir Oliver
Lodge à pesquisa dos fenômenos espíritas?
B. Quais são as
principais obras escritas por Sir Oliver Lodge?
C. Que disse Oliver
Lodge a respeito da imortalidade da alma?
Texto para leitura
1. O contato com o
Espírito de Raymond, seu filho desencarnado em 1915 nos campos de guerra da
França, robusteceu a convicção de Sir Oliver Joseph Lodge, mas não foi esse
fato que o levou aos fenômenos espíritas, a que ele já se dedicava desde 1883.
(PP. VII e VIII)
2. Nascido a 12 de
junho de 1851 em Penkhull, Sttafordshire, Inglaterra, Lodge desencarnou em 22
de agosto de 1940, aos 89 anos de idade, em Amesbury, Wiltshire, em seu país
natal. (P. VIII)
3. Sua vida pode ser
dividida em duas partes distintas. Até os 56 anos de idade, granjeou fama
mundial como professor e inventor, notadamente no campo da radiotelegrafia.
Educado na Grammar School, de Newport, e no University College, de Londres,
especializou-se em Física. Professor emérito, foi feito cavaleiro pelo rei
Eduardo VII em 1902, e recebeu grau de
doutor em Ciências por sete Universidades. (PP. VIII e IX)
4. Lodge foi o
inventor do “coherer”, o primeiro detector de ondas a ser usado, de relevante
papel na telegrafia sem fio. Aliás, foi ele o primeiro cientista a enviar
mensagens pelo telégrafo sem fio, em 1894, antes de Marconi ter-se ocupado do
assunto. E uma de suas maiores glórias foi a descoberta das ondas hertzianas e
o modo de detectá-las, descoberta que foi efetuada por Hertz quase que
simultaneamente, razão pela qual elas ficaram associadas ao nome de Hertz. (PP.
IX e X)
5. De 1901 a 1903,
já estudioso dos fenômenos espíritas, presidiu a Sociedade de Pesquisas
Psíquicas de Londres, havendo realizado numerosas experimentações com os
médiuns Verall e Leonora Piper e assistido, em 1894, com Charles Richet, a
algumas das célebres sessões de efeitos físicos de Eusápia Paladino. (P. IX)
6. As provas que
Lodge obteve da sobrevivência e comunicação de seu filho Raymond foram das mais
robustas, e tão evidentes, que deram origem ao livro Raymond, traduzido para o português pelo escritor Monteiro Lobato.
(P. IX)
7. Richet, que não
acreditava na sobrevivência da alma, era um homem de ciência, como Oliver
Lodge, que também negou, na sua mocidade, os fenômenos espiritistas. Mais
tarde, Lodge reconheceria que os homens de ciência não têm senão um
“conhecimento parcial e imperfeito dos fatos”, do que se deriva sua descrença.
(PP. XV e XVI)
8. Segundo João
Teixeira de Paula, Lodge não foi espírita. “Não sabemos - diz Teixeira de Paula
- se Lodge conhecia ou não as obras de Kardec, conquanto lhe aceitasse os
princípios básicos; mas provavelmente as conheceria e as teria lido, estudioso
insofreável.” O certo, porém, é que em nenhuma vez Lodge cita, em suas obras, o
Codificador. (P. XVII)
9. Psiquista
convicto e erudito, Oliver Lodge, como tantos outros cultores do Psiquismo
Transcendental, admitia a existência da alma, a sua preexistência ou
sobrevivência e a fenomenologia espírita. (P. XVII)
10. A Verdade -
ensina o autor de Raymond - “apresenta diversas faces: quando pensamos nos
inumeráveis mundos e na sua diferente distribuição no Universo, somos obrigados
a crer num impulso que leva a humanidade a cogitar de realidades mais
importantes, a perceber que a transitória vida terrena não pode ser tudo senão
um prelúdio que a levará a um grande fim”. (P. XVIII)
11. Segundo ele,
Deus obra sempre de modo ameno, opera de forma indireta, sem exercer coerção,
que, “se fosse exercida, o mundo hominal seria mais perfeito, como se pode
dizer do mundo inorgânico ou mecânico, porém ele seria apenas uma máquina e não
uma entidade espiritual”. Nós, contudo, não somos máquinas; possuímos “uma
vontade livre e a faculdade de escolher, privilégio esse a que podemos atribuir
as nossas dificuldades e os nossos fracassos”. (P. XVIII)
12. Atestando sua
convicção na imortalidade em diversas obras, como A Sobrevivência Humana, A
Formação do Homem e Raymond,
Lodge declarou, com toda a clareza, na última referida: “Jamais ocultei minha
crença de que a personalidade não só persiste, como ainda continua mais
entrosada ao nosso viver diário do que geralmente o supomos; de que não há
nenhuma solução de continuidade entre os vivos e os mortos”. (P. XXI)
13. Logo na
introdução à obra ora em estudo, Oliver Lodge afirma: “Conheço o peso da
palavra ‘fato’ na Ciência e digo, sem hesitação, que a continuidade individual
e pessoal é para mim um fato demonstrado”. (Pág. 1)
Respostas às questões preliminares
A. Foi o contato com o Espírito de Raymond, seu filho
desencarnado em 1915, que levou Sir Oliver Lodge à pesquisa dos fenômenos
espíritas?
Não. O contato com o
Espírito de Raymond robusteceu sua convicção, mas não foi esse fato que o levou
aos fenômenos espíritas, a que ele já se dedicava desde 1883. (Por que creio na imortalidade da alma,
pp. VII e VIII.)
B. Quais são as principais obras escritas por Sir Oliver
Lodge?
Além desta cujo
estudo hoje iniciamos, Lodge escreveu A
Sobrevivência Humana, A Formação do
Homem e Raymond. (Obra citada, p.
XXI.)
C. Que disse Oliver Lodge a respeito da imortalidade da
alma?
Afirmou Oliver
Lodge: “Conheço o peso da palavra ‘fato’ na Ciência e digo, sem hesitação, que
a continuidade individual e pessoal é para mim um fato demonstrado”. (Obra
citada, pág. 1.)
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