A Reencarnação
Gabriel Delanne
Parte 3
Continuamos o estudo
do clássico A Reencarnação, de
Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada
pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Como o princípio
inteligente se individualiza?
B. Que é que dá aos
tecidos vivos sua especialidade?
C. Qual é, dentre os
vertebrados, o ser menos desenvolvido?
D. Quem foi o
pioneiro nas pesquisas sobre a existência de sinais de inteligência em animais?
Texto para leitura
40. Kardec, em A Gênese, aceita perfeitamente a tese da
evolução anímica exposta nesta obra por Delanne. O princípio inteligente
individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade: é aí que a
alma se ensaia para a vida. (PÁG. 64)
41. As propriedades
do perispírito não podem ser adquiridas senão por uma longa série de
encarnações terrestres, pois o perispírito organiza seu corpo físico segundo as
leis particulares do nosso planeta. (PÁG.
65)
42. Le Dantec
entende que a "substância cão" pode viver na "substância homem"
e aí se adaptar perfeitamente. Eis de novo a noção de perispírito: é o terreno,
no corpo do animal, que dá aos tecidos vivos sua especialidade. Uma artéria
pode ser enxertada em outro corpo e aí gozar o papel de veia. Há pois um plano
orgânico, e a matéria viva lhe obedece, no sentido de que ela transforma sua
função caso lhe imponham viver em outro lugar. As experiências do Dr. Alexis
Carrel comprovaram esse pensamento. (PÁGS.
67 e 68)
43. Lamarck e Darwin
imaginaram teorias sedutoras para explicar a mutação dos seres. Mas, a
verdadeira causa da evolução deve ser procurada nos esforços que o princípio
inteligente tem feito para se ir desprendendo das faixas da matéria. (PÁG. 69)
44. A
individualidade do princípio pensante não é aparente nas formas inferiores.
Somos obrigados a buscar no reino vegetal o exórdio da evolução anímica, porque
a forma que as plantas tomam e conservam durante a vida implica a presença de
um duplo perispiritual, que preside às trocas. (PÁG. 70)
45. A assimilação do
papel representado pelo perispírito a um eletroímã de polos múltiplos, cujas
linhas de força desenhassem não somente a forma externa do indivíduo como o
conjunto de todos os sistemas orgânicos, parece passar do domínio da hipótese
para o da observação científica. (PÁG.
70)
46. Em 1898,
Stanoiewitch apresentou à Academia de Ciências desenhos tomados ao natural que
mostram que os tecidos são formados segundo linhas de força nitidamente visíveis.
(PÁG. 70)
47. Nos organismos
inferiores, o princípio anímico só existe em estado impessoal difuso, pois o
sistema nervoso não está diferenciado. (PÁG.
71)
48. À medida que o
sistema nervoso adquire mais importância, as manifestações instintivas variam e
apresentam complexidade maior. (PÁG. 71)
49. Nos vertebrados,
tomando por base o desenvolvimento do sistema nervoso e mais particularmente do
cérebro, como "criterium" da inteligência, veremos, segundo Leuret,
que o encéfalo está em relação ao peso do corpo: nos peixes como 1 está para
5.668, nos répteis como 1 para 1.321, nos pássaros como 1 para 212, nos
mamíferos como 1 para 186. (PÁG. 72)
50. O cérebro humano
é tão desenvolvido, que nenhum ser pode ser comparado a nós; mas é sobretudo
pelas circunvoluções que o cérebro humano difere do cérebro dos outros
vertebrados. (PÁG. 73)
51. Em 1912 ficaram
conhecidas em Paris as experiências do Sr. Krall, negociante de Elberfeld, que
mostraram que seus cavalos Muhamed e Zarif, por meio de um alfabeto convencional, podiam
entreter-se com seu mestre e executar cálculos complicados, inclusive extração
de raízes cúbicas. (PÁG. 75)
52. Krall não foi,
porém, o pioneiro nessas pesquisas: o precursor foi Wilhelm Von Osten, que
desde 1890 percebeu no cavalo Hans sinais de inteligência; pouco depois, ele
contava, fazia cálculos e lia. (PÁG. 76)
53. Estando Hans
velho e fatigado, decidiu Krall procurar Muhamed e Zarif. Treze dias depois da
primeira lição, Muhamed executava pequenas adições e subtrações. Mais tarde,
compreendia o francês e o alemão e podia extrair raízes quadradas e cúbicas.
(PÁG. 77)
54. Os fatos parecem
estabelecer, assim, que o cavalo é realmente inteligente, raciocina e está mais
próximo do homem do que supomos. (PÁG.
81)
Respostas às questões preliminares
A. Como o princípio inteligente se individualiza?
O princípio
inteligente individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade.
É aí que a alma se ensaia para a vida. (A
Reencarnação, cap. III, págs. 64 a 70.)
B. Que é que dá aos tecidos vivos sua especialidade?
É o perispírito,
corpo fluídico da alma, que dá aos tecidos vivos sua especialidade. (Obra
citada, cap. III, págs. 67 e 68.)
C. Qual é, dentre os vertebrados, o ser menos
desenvolvido?
Os vertebrados menos
desenvolvidos são os peixes. Segundo Leuret, o encéfalo está em relação ao peso
do corpo, nos peixes, como 1 está para 5.668, nos répteis como 1 para 1.321,
nos pássaros como 1 para 212, nos mamíferos como 1 para 186. (Obra citada, cap.
III, págs. 71 a 73.)
D. Quem foi o pioneiro nas pesquisas sobre a existência
de sinais de inteligência em animais?
O pioneiro nas
pesquisas sobre a inteligência em animais foi Wilhelm Von Osten, que desde 1890
percebeu em seu cavalo Hans sinais de inteligência; pouco depois, Hans contava,
fazia cálculos e lia. (Obra citada, cap. IV, págs. 75 a 81.)
Nota:
Links que
remetem ao textos anteriores:
Parte 1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/04/iniciacao-aos-classicos-espiritas_21.html
Parte
2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/04/iniciacao-aos-classicos-espiritas_28.html
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