O passe magnético, o que é
e como atua
Um leitor pergunta-nos acerca da expressão “passe magnético” e o que,
em verdade, ela significa.
O passe magnético não é uma criação espírita. O movimento espírita o
importou dos estudos e das experiências de Franz Anton Mesmer (1734-1815),
médico suábio, que entendia que todo ser vivo é dotado de um fluido magnético
capaz de ser transmitido a outra pessoa, estabelecendo-se, em face disso,
influências psicossomáticas recíprocas, inclusive com fins terapêuticos.
Quanto ao vocábulo “passes”, eis seu significado, de acordo com o nosso
principal léxico: ato de passar as mãos repetidamente ante os olhos de uma
pessoa para magnetizá-la, ou sobre parte doente de uma pessoa para curá-la.
Dos estudos de Mesmer, surgiu a expressão “magnetismo animal”.
Allan Kardec, mesmo antes de conhecer o Espiritismo, foi adepto das
ideias de Mesmer e profundo conhecedor do Magnetismo, como ele próprio informou
em uma de suas obras.
Segundo ele, a expressão “magnetismo animal” (do grego e do latim
magnes – ímã) surgiu por analogia com magnetismo mineral, embora tal analogia
seja apenas aparente. Alguns estudiosos a substituíram pelo vocábulo
mesmerismo, mas essa ideia não prevaleceu.
Em seu livro Instruções Práticas
sobre as Manifestações Espíritas, publicado no ano de 1858, o codificador
do Espiritismo assim definiu magnetismo animal: “Ação recíproca de dois seres
vivos por intermédio de um agente especial chamado fluido magnético”.
Por essa mesma época, Kardec formulou aos Espíritos uma questão
específica a respeito desse agente especial chamado fluido magnético.
Ei-la:
- De que natureza é o agente que
se chama fluido magnético?
“Fluido vital, eletricidade animalizada, que são modificações do fluido
universal.” (O Livro dos Espíritos,
questão 427.)
O tempo passou e, exatamente 101 anos depois, ou seja, em 1958, André
Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos,
confirmou a informação dada por Kardec e, como sabemos, ampliou-a, esclarecendo
que o fluido magnético, transmitido por uma pessoa a outra, atua sobre as
células do corpo do paciente, particularmente as sanguíneas e as
histiocitárias, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema
mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros
recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e
na redução ou extinção dos processos patogênicos. (Evolução em Dois Mundos, 2ª Parte, cap. XV, pp. 201 a 203.)
Em face disso, não é difícil compreender a ação do chamado passe
magnético e entender por que ele, quando benéfico, nos faz tão bem.
Que o leitor não estranhe quando dizemos “benéfico”, porquanto o passe
pode ser nulo e até maléfico.
Este último pode-se dar quando o aplicador do passe se encontra com
estado de saúde precário, com o organismo intoxicado por excesso de alimentação
ou vícios (como fumo, álcool, drogas), ou quando esteja em estado de
desequilíbrio espiritual (revolta, raiva, orgulho etc.) e, nesses casos, o
paciente esteja com suas defesas nulas.
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