Limite do trabalho e repouso
Este é o módulo 41 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Qual deve ser o limite do trabalho?
2. O repouso faz parte das leis naturais que regem
a vida?
3. Que objetivo teve o Decálogo ao estabelecer em
seus mandamentos a santificação do sábado?
4. Jesus parecia às vezes não dar valor a essa
prescrição do Decálogo. Por que o Mestre agia assim?
5. Na visão do Cristo, como devemos encarar esse
mandamento?
Texto para leitura
O trabalho é fator indispensável ao progresso
1. O trabalho é toda ocupação útil e, fazendo
parte das leis que regem a vida, é fator indispensável ao progresso das
criaturas e da comunidade em que vivemos.
2. Ele se apresenta ao homem como meio de elevação
e como expiação de que necessitamos para resgatar os abusos e os erros
cometidos no passado. Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância
primitiva. Dotado por Deus dos inapreciáveis recursos da inteligência, mesmo os
indivíduos fracos de forças físicas podem granjear progresso e respeito e
adquirir independência econômica, valor social e consideração, além de
contribuir poderosamente para o progresso de todos.
3. Do trabalho mecânico, rotineiro, primitivo e
simples até à automação verificou-se no mundo um progresso notável que permite
ao homem abandonar as tarefas rudimentares, confiadas agora a máquinas e
instrumentos que ele mesmo aperfeiçoou, o que lhe concede tempo para a
genialidade criativa e a multiplicação das atividades em níveis cada vez mais
elevados.
4. Apesar de tudo isso, a lei natural fixou um
limite ao trabalho, que é, segundo os ensinamentos espíritas, o limite das
nossas forças, fato que deixa claro que, sendo fonte de equilíbrio físico e
moral, o trabalho deve ser exercido por tanto tempo quanto nos mantenhamos
válidos. É que o avançar da idade debilita o corpo físico e mesmo as faculdades
intelectuais, embora a história registre casos de homens em idade avançada que
muito contribuíram para o mundo em que vivemos, como Benjamim Franklin, que aos
81 anos colaborou na elaboração da Constituição americana; Miguel Ângelo, que
aos 89 anos de idade ainda produzia obras de rara beleza, e marechal Cândido
Rondon, que aos 92 anos ainda trabalhava intensamente nas matas do Brasil.
O sábado é tido pelo Decálogo como um dia especial
5. Todo aquele que trabalha tem direito ao
repouso, para refazimento de suas forças e manutenção do seu ritmo de
produtividade. O repouso nada mais é que um prêmio pelos esforços despendidos,
do mesmo modo que o amparo e a assistência devidos ao homem nos dias de sua
velhice, quando diminuem suas forças físicas, seu poder criativo e sua
agilidade na execução das tarefas.
6. Objetivando o cumprimento do terceiro
mandamento do Decálogo (“Lembrai-vos de santificar o dia de sábado”), Moisés
recomendou a seu povo a santificação do sábado, não só no sentido restrito do
termo, mas num sentido mais amplo, em que era clara sua preocupação em proteger
a saúde dos escravos, dos estrangeiros e até mesmo dos animais de serviço.
7. “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem
tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro”, prescrevem as ordenações
mosaicas constantes do livro de Êxodo, cap. 20, versículos 9 e 10.
8. O sábado era visto, pois, pelo condutor dos
hebreus, como um dia especial da semana onde a ninguém era permitida qualquer
atividade, motivo principal da implicância que os fariseus tinham para com
Jesus, que, conforme narram os evangelistas, parecia não ter dado a esse
mandamento nenhuma importância.
O homem não foi feito para o sábado, disse Jesus
9. Se o Mestre afirmara que não viera destruir a
lei e os profetas, mas dar-lhes cumprimento, por que, então, agia assim? A
resposta é simples. Jesus, em verdade, não revogou nem desprezou quaisquer dos
mandamentos que compõem o Decálogo, mas desejava que os homens compreendessem o
verdadeiro sentido deles, sem se apegarem, como era comum entre os fariseus, à
letra da lei e ao seu formalismo.
10. “O sábado foi feito para o homem e não o homem
para o sábado”, esclareceu o Senhor, segundo as anotações de Marcos, cap. 3,
versículos 1 a 6. Sua instituição representava uma medida útil, porque se
destinava a proteger o corpo físico do esgotamento resultante do excesso de
trabalho, mas o homem era ainda mais importante.
11. É indispensável que reservemos um dia para o
descanso do corpo, após uma semana de trabalho, mas devemos consagrá-lo de modo
especial a Deus, santificando-o mais do que os demais dias, com a prática de
obras que atestem o nosso amor pelo próximo e por nosso Pai Celestial.
12. Foi com esse propósito que Jesus, em dia de
sábado, alimentou, pregou e curou a obsessão que uma mulher trazia “havia
dezoito anos” e a mão ressequida de um homem, entre tantos benefícios
realizados, mostrando que todo dia é dia para a prática do bem, sem exceção de
nenhum deles.
Respostas às questões propostas
1. Qual deve ser o limite do trabalho?
É o limite das nossas forças, fato que deixa claro
que, sendo fonte de equilíbrio físico e moral, o trabalho deve ser exercido por
tanto tempo quanto nos mantenhamos válidos.
2. O repouso faz parte das leis naturais que regem a vida?
Sim. Todo aquele que trabalha tem direito ao
repouso, para refazimento de suas forças e manutenção do seu ritmo de
produtividade. O repouso nada mais é que um prêmio pelos esforços despendidos,
do mesmo modo que o amparo e a assistência devidos ao homem nos dias de sua
velhice, quando diminuem suas forças físicas, seu poder criativo e sua
agilidade na execução das tarefas.
3. Que objetivo teve o Decálogo ao estabelecer em seus mandamentos a
santificação do sábado?
Além da santificação do sábado, no sentido
restrito do termo, há nesse mandamento um sentido mais amplo, em que é clara a
preocupação em proteger a saúde dos escravos, dos estrangeiros e até mesmo dos
animais de serviço, uma medida inexistente entre os povos mais antigos.
4. Jesus parecia às vezes não dar valor a essa prescrição do Decálogo.
Por que o Mestre agia assim?
Jesus, em verdade, não revogou nem desprezou
quaisquer dos mandamentos que compõem o Decálogo, mas desejava que os homens
compreendessem o verdadeiro sentido deles, sem se apegarem, como era comum
entre os fariseus, à letra da lei e ao seu formalismo. “O sábado foi feito para
o homem e não o homem para o sábado”, esclareceu o Senhor. Sua instituição
representava uma medida útil, porque se destinava a proteger o corpo físico do
esgotamento resultante do excesso de trabalho, mas o homem era ainda mais
importante.
5. Na visão do Cristo, como devemos encarar esse mandamento?
Segundo Jesus, é indispensável que reservemos um
dia para o descanso do corpo, após uma semana de trabalho, mas devemos
consagrá-lo de modo especial a Deus, santificando-o mais do que os demais dias,
com a prática de obras que atestem nosso amor pelo próximo e por nosso Pai
Celestial. Foi com esse propósito que ele, em pleno dia de sábado, alimentou,
pregou e curou a obsessão que uma mulher trazia “havia dezoito anos” e a mão
ressequida de um homem, entre tantos benefícios realizados, mostrando que todo
dia é dia para a prática do bem, sem exceção de nenhum deles.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 38 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/07/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_27.html
Módulo 39 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo 40 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_10.html
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