domingo, 13 de agosto de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo




A cremação à luz do pensamento de Emmanuel

Os estudiosos do Espiritismo não encontrarão na obra de Allan Kardec nenhuma referência ao tema cremação, conquanto essa prática fosse comum em vários países, a exemplo da Índia, como o fora na Roma antiga.
No meio espírita brasileiro o assunto entrou em moda a partir de uma informação dada por Chico Xavier em 28/7/1971 no programa "Pinga Fogo", que a TV Tupi transmitiu e, como sabemos, alcançou enorme sucesso. Naquela ocasião, o médium revelou o que Emmanuel, seu mentor espiritual, lhe havia dito a respeito do tema.
Ocorre que Emmanuel já tratara do assunto em duas oportunidades, muito anos antes da veiculação do programa “Pinga Fogo”.
A primeira vez, no ano de 1936, quando lhe perguntaram: “Sentem os desencarnados os efeitos da cremação de seus despojos mortais?”
Emmanuel respondeu:

“Geralmente, nas primeiras horas do ‘post mortem’, ainda se sente o espírito ligado aos elementos cadavéricos. Laços fluídicos, imperceptíveis ao vosso poder visual, ainda, se conservam unindo a alma recém-liberta ao corpo exausto; esses elos impedem a decomposição imediata da matéria. E, por esta razão, na maioria dos casos o espírito pode experimentar os sofrimentos horríveis oriundos da cremação, a qual nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de cinquenta horas após o desenlace. A cremação imediata ao chamado instante da morte é, portanto, nociva e desumana.
Às vezes, segundo a natureza das moléstias que precedem a desencarnação, existem ainda no cadáver inúmeros elementos de vida: daí nasce a possibilidade de, usando de recursos vários e reagentes, a ciência fazer um ‘morto’ voltar à vida.
Vê-se pois que o espírito desencarnado, nas primeiras horas do além-túmulo, pode sentir dentro do quadro de suas impressões físicas todas as ações a que seu corpo abandonado seja submetido.” (Palavras do Infinito, cap. 35, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1936.)

Cinco anos depois, em 1941, ele voltou ao assunto ao responder à seguinte pergunta: “O espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos?”
Emmanuel respondeu:

“Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o ‘tônus vital’, nas primeiras horas sequentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material.” (O Consolador, pergunta 151, obra mediúnica psicografada por Chico Xavier, publicada em 1941.)

Trinta anos mais tarde, em 1971, o tema foi submetido ao médium Chico Xavier, que respondeu à pergunta de um telespectador a respeito de sua opinião com relação à cremação, que estava sendo implantada no País e hoje se encontra disseminada em várias cidades brasileiras.
Chico Xavier declarou o seguinte:

“Já ouvimos Emmanuel a esse respeito e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de pelo menos 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em ambiente frio.” (Entrevista dada em 28/7/1971 no programa "Pinga Fogo" da TV Tupi.)

Note o leitor que o alerta quanto aos cuidados continua, mas o tempo de espera, segundo Chico Xavier, foi ampliado para 72 horas, não mais as 50 horas mencionadas em 1936.
Como dizem que o seguro morreu de velho, é bom aos que se interessem pela cremação levar a sério a última informação e, se possível, até ampliar o tempo de espera, prevenindo assim dificuldades perfeitamente evitáveis.
O leitor encontrará outros esclarecimentos acerca da cremação no texto que publicamos na edição 410 da revista O Consolador. Eis o link: http://www.oconsolador.com.br/ano9/410/oespiritismoresponde.html




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