Cristianismo e
Espiritismo
Léon Denis
Parte 18 e final
Concluímos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que realizamos com base na 6ª edição
publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo Cirne.
Esperamos que este estudo tenha servido para o leitor como
uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Os teólogos gostam de lembrar as proibições de Moisés
relativamente às manifestações espíritas. Qual foi, no entanto, o objetivo das
prescrições mosaicas?
B. A prática da imposição das mãos está registrada na
Bíblia?
C. Mencionado tantas vezes por Paulo e por diversos pais da
Igreja, podemos dizer que o corpo espiritual ou perispírito se acha
cientificamente demonstrado?
Texto para
leitura
239. Muito se tem falado sobre as proibições de Moisés,
contidas na Bíblia. Mas o que Moisés condena são os mágicos, os adivinhos, os
ledores da sorte, tudo o que constitui a magia, que o Espiritualismo moderno
também condena. (P. 285)
240. No entanto, vê-se nas Escrituras que os hebreus iam
muitas vezes evocar os mortos, como fez o próprio rei Saul, que evocou o
Espírito de Samuel por meio de uma pitonisa de Endor. (PP. 286 e 287)
241. Na antiguidade judaica, vê-se Moisés iniciar a Josué
com a imposição das mãos, fato que se reproduz muitas vezes entre os apóstolos
de Jesus. A música também era usada para facilitar a prática da profecia e o
tratamento da obsessão. (P. 288)
242. A Bíblia está repleta de fenômenos que um exame, ainda
que superficial, mostra serem idênticos aos que hoje se obtêm no meio espírita:
deslocamento de objetos, levitação, escrita mediúnica, escrita direta,
transporte, efeitos luminosos, transfiguração, audiência, aparições, curas
magnéticas, clarividência e até a mediunidade do copo d’água. (PP. 289 e 290)
243. A admissão do corpo fluídico ou perispírito se vê em
Tertuliano e S. Basílio, bem como em S. Cirilo. (P. 293)
244. Os ensinos acerca do perispírito foram comprovados por
sucessivas pesquisas: só na Sociedade de Investigações Psíquicas, de Londres,
já foram evidenciados 1.652 casos de aparições de vivos e de mortos. (PP. 295 e
305)
245. Como se poderiam explicar, sem a existência do
perispírito, os inúmeros casos de bilocação relatados nos anais da Igreja, com
Afonso de Liguóri, Santo Antônio de Pádua e S. Francisco Xavier? (P. 296)
246. O autor transcreve o extrato da sentença proferida
pela Igreja contra Galileu em 1633. Obrigado a repudiar sua tese acerca do
movimento da Terra em torno do Sol, Galileu sofreu ainda estas penas: seu livro
“Diálogos” foi proibido; ele foi condenado à prisão ordinária do Santo Ofício
por um tempo a ser arbitrado; e, a título de penitência, lhe foi ordenado
recitar durante 3 anos, uma vez por semana, os sete salmos da Penitência. O
livro permaneceu no Índex por 201 anos. (PP. 296 a 299)
247. No decreto Lamentabili
sane exitu, de 3/7/1907, Pio X repeliu várias ideias propostas no seio da
Igreja para modernização de sua doutrina. Uma dessas ideias dizia que a Igreja
Romana se tornou a cabeça das demais igrejas, não por uma disposição da divina
Providência, mas por circunstâncias puramente políticas. Pio X não gostou, mas
os fatos atestam a verdade dessa proposição, visto que nos primeiros tempos as
igrejas particulares eram independentes de Roma. (P. 300)
248. Foi mediante provas positivas que a questão da
existência da alma e sua imortalidade ficou resolvida. Fotografaram-se as
radiações do pensamento; o Espírito, revestido de seu corpo fluídico, apareceu
na placa sensível. (P. 301)
249. O autor transcreve parte do livro “Animismo e
Espiritismo”, de Aksakof, em que este trata das várias formas pelas quais
podemos comprovar a identidade póstuma dos Espíritos comunicantes. (PP. 302 e
303)
250. Léon Denis trata do mesmo assunto em seu livro “No
Invisível”, cap. XXI. (P. 303)
251. Myers, um dos autores da obra “Fantasmas dos Vivos”, relata
nessa obra cerca de 800 casos de aparições. Em alguns deles, as aparições foram
vistas sucessivamente em diversos pavimentos de uma casa, por diferentes
pessoas. Myers hesitou durante muito tempo em concluir pela existência dos
Espíritos, mas, na impossibilidade de encontrar alhures a causa inteligente dos
fenômenos, asseverou: “O método espírita é, de si mesmo, necessário e
verdadeiro”. (PP. 305 e 306)
252. O autor menciona interessante experiência que o Dr.
Roman Uricz, da Galícia, fez com uma rapariga de 14 anos, sem muita instrução,
valendo-se de cem pequenos cartões, numerados de dez em dez. (PP. 306 e 307)
253. A Sra. Britten, escritora conceituada na Inglaterra,
cita uma experiência extraordinária feita por Robert Hare, professor da
Universidade de Pensilvânia, em que o próprio filho de Hare, falecido aos dois
anos de idade, se comunica e dá ao pai uma prova indiscutível da sobrevivência
e de sua identidade. (PP. 307 e 308)
Respostas às
questões preliminares
A. Os teólogos
gostam de lembrar as proibições de Moisés relativamente às manifestações
espíritas. Qual foi, no entanto, o objetivo das prescrições mosaicas?
O alvo das prescrições de Moisés não foram as manifestações
espíritas, mas sim as consultas que se faziam aos mágicos, aos adivinhos e aos
ledores da sorte, que o Espiritualismo moderno também condena, o que não
impediu, como vemos nas Escrituras, que os hebreus fossem muitas vezes evocar
os mortos, como fez o próprio rei Saul, que evocou o Espírito de Samuel por
meio de uma pitonisa de Endor. (Cristianismo
e Espiritismo, Nota complementar n. 7, pp. 285 a 287.)
B. A prática da
imposição das mãos está registrada na Bíblia?
Sim. Segundo os relatos bíblicos, Moisés iniciou Josué com
a imposição das mãos, fato que se reproduziu muitas vezes entre os apóstolos de
Jesus. (Obra citada, Nota complementar n. 7, pp. 287 e 288.)
C. Mencionado
tantas vezes por Paulo e por diversos pais da Igreja, podemos dizer que o corpo
espiritual ou perispírito se acha cientificamente demonstrado?
Sim. Os ensinos acerca do perispírito foram comprovados por
sucessivas pesquisas: só na Sociedade de Investigações Psíquicas, de Londres,
foram evidenciados 1.652 casos de aparições de vivos e de mortos. Com efeito,
como se poderiam explicar, sem a existência do perispírito, os inúmeros casos
de bilocação relatados nos anais da Igreja, com Afonso de Liguóri, Santo
Antônio de Pádua e S. Francisco Xavier? (Obra citada, Nota complementar n. 9,
pp. 293 a 296.)
Nota:
Para ver os três últimos textos, clique nos links abaixo:
Parte 15 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/03/cristianismo-eespiritismo-leon-denis.html
Parte 16 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/03/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_9.html
Parte 17 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/03/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_16.html
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