Lembra-te deles
Scheilla
Lembra-te deles, os chamados mortos que, embora
invisíveis, não se fizeram ausentes...
Compadece-te daqueles que passaram no mundo sem
realizar os sonhos de bondade que lhes vibraram no seio e volve o coração
reconhecido para quantos te abençoaram a existência com alguma nota de amor.
Eles avançam para a vanguarda...
Muitas vezes, quando menos felizes, esmolam-te o
reconforto de uma oração e, vezes outras, mergulham as dores que os afligem na
taça de teu pranto, sequiosos de paz e libertação...
Outros muitos, porém, quais aves triunfantes nas
rotas da eternidade, buscam-te o coração por ninho de afeto que o tempo não
destruiu, envolvendo-te o ser no calor de branda carícia para que o desânimo
não te entorpeça a faculdade de caminhar...
Lembra-te deles e guarda-lhes a lição.
Ontem, apertavam-te nos braços, partilhando-te a
experiência.
Hoje, transferidos de plano, colhem os frutos das
espécies que semearam.
Aguça a audição mental e ouvirás o coro de vozes
em que se pronunciam.
Todos rogam-te esperança e coragem, alargando-te
os horizontes. E todos se lembram igualmente de ti, desejando aproveites a
riqueza das horas na construção do bem para a doce morada de tua porvindoura
alegria, porque, amanhã, estaremos todos novamente reunidos no Lar da União
Sublime, sem lágrimas e sem morte.
Do livro Irmãos
Unidos, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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