sábado, 23 de junho de 2018




Saber e fazer: bases para uma sociedade melhor
   
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Bom dia!
Você sabe a diferença entre saber e fazer? Recebi, há dias, um vídeo de entrevista gravada com o filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, na qual ele nos recomenda a prática de dois princípios de generosidade mental e de humildade intelectual: 1º) Quem sabe, reparte; 2º) Quem não sabe, procura (Disponível em: www.pensador.com/ autor/mario_sergio_cortella).
Infelizmente, o que se vê por aí, em especial nos ambientes de trabalho, nos quais impera o desejo de ascensão sobre os demais colegas, quem sabe oculta suas fontes de informação. Já quem não sabe acomoda-se na ignorância.
Precisamos aprender uma coisa: tudo que pensamos e falamos resulta de ideias coletivas. A única coisa que nos diferencia é o que fazemos dessas ideias. Se forem boas, os resultados de nossa prática serão promissores, se más, as consequências serão danosas. É a lei de ação e reação, que, antes mesmo de serem reafirmadas pelo Cristo, os profetas e filósofos da antiguidade nos ensinavam. Pena que, nem sempre, a aplicavam ao que faziam, exceto Jesus.
Coisa típica de ditadores e maus governantes...
É por isso que profetas como João Batista, o qual possuía profundos conhecimentos das leis divinas e as pregava ao povo da Galileia, mesmo sendo admirado pela sua coerência entre o  dizer e o fazer, acabou com a cabeça cortada e entregue a Herodes numa bandeja. João fora Elias, profeta reencarnado que, após provar, em vida anterior, a 450 profetas seguidores do deus Baal que somente Jeová era o Deus único, mandou degolá-los (I Reis, 19:22- 40).
A Lei Divina, sempre presente em nossa consciência, é justa. Embora o amor cubra a multidão de nossos pecados e Saint Exupéry nos tenha dito que nos tornamos sempre responsáveis por aquilo que cativamos, também o somos pelo que destruímos ou escolhemos mal. Daí a vantagem da prática sobre a teoria moral presente apenas nos lábios ou no papel.
Diz ainda Mário Sérgio, no citado site, o seguinte, que nos faz refletir sobre o saber e o fazer: “As famílias confundem escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família”.
Ora, se a educação começa de casa, e na escola somos instruídos, que é necessário saber para fazer uma sociedade melhor? Se, em casa, nossos pais ou responsáveis devem compartilhar conosco a melhor educação, a escola deve dar-nos a melhor instrução.
Por fim, a frase que considero primorosa metáfora de Cortella: “Se não quiser uma cidade suja, não deposite lixo na urna”.
Ou seja, a educação transmitida no lar, aliada à boa escolarização, que a família deve esforçar-se em nos proporcionar, ajudar-nos-ão a fazer um novo país, livre dos maus políticos e administradores corruptos. Nossa grande aliada é a internet, vigiada pelos pais que têm na ética os princípios basilares para a melhoria moral e material de nossa sociedade.
Por fim, que nossa procura do conhecimento, antes das novas eleições, tenha por base a criteriosa escolha de quem reparte o que sabe. Sobretudo, porém, que esse saber não seja baseado em mentiras e, sim, em atitudes que provem sua honestidade e competência. Para tal, temos quatro meses pela frente, que se escoarão rapidamente e não nos perdoarão a omissão e a desinformação, nos próximos quatro anos, até que venha a próxima Copa do Mundo e...






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