Tempo para contemplar
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Mais
parecem trens passando rápida e mecanicamente do que seres criados para a
eternidade. Vão aos montes para direções idênticas nos grandes centros e
assemelham-se aos alienados seres remotos das esteiras programadas das
multiempresas. E vão e vão.
Para
onde vão? O que desejam? Se é que ainda resta emoção. Quem são? Um minuto para
a resposta. E a resposta vem. São incrivelmente espíritos que, por motivos
humanos, se distanciaram da razão que os devia animar. Vão, mas voltarão, ainda
se insistirem até a última manhã de domingo quando esta mais deveria ser para a
apreciação da vida, da bela natureza que nos presenteia com as flores únicas e
coloridas e o desenho, no céu azul, da sábia revoada dos pássaros da liberdade.
E
voltando ao seu propósito, reafirmarão que o tesouro não está em cofres
secretos, riqueza desequilibrada, objetivos materiais, conquistas efêmeras,
ilusão humana, o tesouro será tudo o que puder imprimir no coração, pois será
levado aonde o espírito for. E se o chamamos tesouro, assim pensamos nas nobres
ações realizáveis em todos os dias e lugares.
Mais
tempo para contemplar a vida, mais compreensão da grandeza que a vida possui
como sentir a água do mar tocar com calma nossos pés; sorrir; respirar; sonhar
e realizar; amanhecer; anoitecer; trabalhar; orar todos os dias, conexão
abençoada; acompanhar o crescimento de uma flor e dar-se conta de quanta
rapidez é esse processo, aliás, tudo de bom deve ser observado com mais
paciência e amor – e como estamos impacientes. Se nos propusermos, numa manhã,
por exemplo, à observação ao redor, afirmo, desde já, que haverá bem mais
acontecimentos inéditos do que possamos imaginar e nada transcendental, apenas
cotidiano.
E quando
aprendermos a contemplar compreenderemos tanto mais que as reais coisas são
sentidas pelo coração e eternizadas.
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