Os Mensageiros
André Luiz
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar. As obras selecionadas para o nosso estudo têm em comum a forma
novelesca, que tanto sucesso alcançou no meio espírita desde que apareceu em
1944 o livro Nosso Lar.
Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120
partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos são publicados
neste blog sempre às quartas-feiras.
Concluímos hoje o estudo do livro Os Mensageiros, psicografado pelo médium Chico Xavier, ao qual se
seguirá o estudo da obra Missionários da
Luz.
Parte 6 e final
41. Que cuidados
tiveram os mentores espirituais nos preparativos da reunião realizada na casa
de Isabel?
Os preparativos da reunião, que foram feitos bem antes do
início da sessão, foram intensos. Irmãos dividiram a sala de modo singular,
utilizando longas faixas fluídicas, destinadas a limitar a zona de
influenciação dos sofredores que seriam trazidos à reunião. O ar foi magnetizado
pelos Espíritos, impregnando o ambiente de elementos espirituais necessários ao
êxito do trabalho, e vigilantes se espalharam em derredor da moradia singela. (Os Mensageiros, cap. 43, págs. 224 a
226.)
42. Os enfermos
desencarnados atendidos com passes magnéticos foram igualmente beneficiados?
Os passes de reconforto aos enfermos desencarnados deram
início aos atendimentos, mas Aniceto explicou, quanto aos resultados, que
alguns se sentiriam curados, outros acusariam melhoras, mas a maioria continuaria
impermeável ao serviço de auxílio. O que nos deve interessar, portanto, é a
semeadura do bem; os resultados pertencem ao Senhor – acrescentou o instrutor
espiritual. (Obra citada, cap. 44, págs. 229 a 233.)
43. Que lição
podemos extrair do caso Fidélis?
Reportando-se ao caso, Aniceto disse que há muitas pessoas
assim. São pesquisadores de superfície que tudo esperam dos outros, sem nenhum
esforço próprio, sem se dar ao trabalho das obras, sem atender à
responsabilidade. Vivendo no torvelinho das libações, agarrados aos interesses
inferiores e à satisfação dos sentidos físicos, eles ainda aguardam mensagens
espirituais. (Obra citada, cap. 45, págs. 234 a 238.)
44. Quantos
desencarnados assistiram à preleção da noite?
Havia no recinto 35 encarnados, mas o número total de
necessitados excedia de duas centenas, porque o grupo estava, então, acrescido
de muitas entidades desencarnadas que formavam o séquito perturbador da maioria
dos encarnados presentes. Aniceto esclareceu o fato dizendo que grande número
de criaturas, na passagem para o mundo espiritual, sentem-se possuídas de
"doentia saudade do agrupamento", como acontece aos animais, quando
sentem a mortal "saudade do rebanho". (Obra citada, cap. 46, pp. 239
e 240, cap. 48, págs. 248 a 250.)
45. A preleção
doutrinária atingiu igualmente a todos?
Não. A palestra foi recebida com respeito geral, no círculo
das entidades desencarnadas, mas não se notou o mesmo traço de harmonia na
esfera dos encarnados. Nestes, o pensamento era instável, a expectativa ansiosa
dos presentes perturbava a corrente vibratória e o palestrante parecia, às
vezes, perder "o fio das ideias". Alguns irmãos encarnados se
mantinham irrequietos, em demasia. Uns se prendiam aos problemas domésticos,
outros se impacientavam por não lograrem a realização imediata dos propósitos
que os haviam levado ali. Os benefícios imediatos da doutrinação foram muito
mais visíveis entre os desencarnados. Entre estes, não houve um só que não
recebesse consolações diretas e sublime conforto. (Obra citada, cap. 47, págs.
243 a 245.)
46. Dois pedidos
feitos aos dirigentes da reunião não foram atendidos. Por quê?
O primeiro deles partiu de uma senhora desencarnada que
queria comunicar-se com sua filha, presente à reunião. Anselmo, o instrutor
mais graduado da reunião, não julgou viável o pedido, explicando que a filha
não estava em condições de receber tal bênção. No estado evolutivo em que se
encontrava, a jovem se agarraria excessivamente ao auxílio da mãe afetuosa e
sensível, com prejuízo para ambas. O segundo pedido foi feito por um Espírito
que solicitou a Isidoro interceder junto dos receitistas para que fornecessem
novas indicações médicas a Amaro, seu sobrinho, que necessitava de amparo à
saúde física. Isidoro negou-se a isso, lembrando a rebeldia de Amaro ao
tratamento já indicado anteriormente, em cinco ocasiões diferentes. Ele não
adquiria os medicamentos receitados, e quando os obtinha, por obséquio de
amigos, desprezava os horários e julgava-se superior ao método, além de
criticar mordazmente as indicações recebidas. Isidoro, porém, ressalvou:
"Se Amaro pedir e os receitistas cederem, tudo estará muito bem", ou
seja, a iniciativa deve partir do interessado, não dos outros. (Obra citada,
cap. 47, págs. 245 a 247.)
47. Que
ensinamento colhemos do caso da jovem desencarnada que tinha medo do próprio
noivo?
A noiva desencarnada continuava unida aos despojos, sob
forte impressão de terror. O desprendimento espiritual já ocorrera, fazia seis
horas, mas ela não saía dali, com medo do Espírito ao lado, seu próprio noivo,
que a esperava há muito no plano espiritual. Aniceto aplicou-lhe um passe
reconfortador e ela adormeceu quase imediatamente. Em seguida, entregou-a aos
cuidados do rapaz que, utilizando a volitação, carregou consigo o fardo suave
do seu amor. Pela bondade natural do coração e pelo espontâneo cultivo da
virtude, a jovem não precisaria de provas purgatoriais. Seu medo se devia à
falta de educação religiosa. Em breve tempo, porém, ela se adaptaria à nova
vida, visto que os bons não encontram obstáculos insuperáveis. A importância da
educação religiosa, bem como da prática do bem, eis o que esse caso comprova.
(Obra citada, cap. 48, págs. 250 a 252.)
48. Como se
processou a desencarnação de Fernando?
Fernando, 60 anos de idade, vitimado pela leucemia, se
encontrava em coma havia muitos dias. A aflição dos familiares encarnados, ali
presentes, dificultava a ação de socorro com vistas à desencarnação. Todos eles
emitiam recursos magnéticos em benefício do agonizante. Uma rede de fios
cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo quase
morto, e era preciso neutralizar essas forças. Foi o que fez Aniceto. Com
aplicações magnéticas, o instrutor conseguiu que o moribundo apresentasse
inexplicável melhora. O médico encarnado anunciou que a pulsação estava quase
normal e a respiração tendia à calma. Foi o suficiente para os encarnados darem
uma trégua em suas preocupações. Aniceto aproveitou a serenidade ambiente e
começou a retirar o corpo espiritual do morto, desligando-o dos despojos,
iniciando a operação pelos calcanhares e terminando na cabeça, à qual, por fim,
parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os
nascituros terrenos. Aniceto cortou o cordão com esforço. O corpo do falecido
deu um estremeção. A operação não fora curta nem fácil. Demorara-se longos
minutos, durante os quais Aniceto empregou todo o cabedal de sua atenção e
talvez de suas energias magnéticas. (Obra citada, cap. 49 e 50, pp. 253 a 262.)
Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/12/os-mensageiros-andre-luiz-publicamos_18.html
Caso o leitor queira baixar o estudo
completo – texto consolidado e questões objetivas – do livro “Os Mensageiros”,
clique neste link: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND - e, em seguida, no verbete “Os Mensageiros”.
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