quarta-feira, 18 de dezembro de 2019


Os Mensageiros

André Luiz

Publicamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar. As obras selecionadas para o nosso estudo têm em comum a forma novelesca, que tanto sucesso alcançou no meio espírita desde que apareceu em 1944 o livro Nosso Lar.
Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Após o estudo de Nosso Lar, estudamos presentemente o livro Os Mensageiros, também psicografado pelo médium Chico Xavier.

Parte 5

33. Como podemos descrever o culto doméstico do Evangelho realizado na casa de Isabel?
Eis um exemplo: Isabel sentou-se à cabeceira e pediu que Neli, de 9 anos, fizesse a oração inicial do culto. Todos os trabalhadores invisíveis sentaram-se, respeitosos. Isidoro e alguns companheiros mais íntimos do casal permaneceram ao lado de Isabel, sendo quase todos vistos e ouvidos por ela. As luzes ambientes se tornaram muito mais intensas, logo que começou o culto. Quando Isabel abriu o Novo Testamento, ao chamado acaso, via-se claramente que Isidoro intervinha na operação, ajudando a localizar o assunto da noite. Lido o trecho evangélico, André observou um fenômeno curioso: um amigo espiritual, de nobilíssima condição, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva. Era Fábio Aleto, incumbido da interpretação espiritual do texto lido. Aniceto explicou que os que estivessem nas mesmas condições do instrutor da noite poderiam "ouvir-lhe" os pensamentos; os demais receberiam seus comentários através do verbo de Isabel. A conversação que se estabeleceu após os comentários evangélicos foi de alto nível. Fábio Aleto sentou-se em plano mais elevado. Isidoro se acomodou junto da esposa. (Os Mensageiros, cap. 35 e 36, págs. 184 a 191.)
34. Que conceito acerca da pobreza a senhora Isabel apresentou aos filhos?
Ela disse que a pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação ao alcance do homem. Na pobreza – explicou a viúva - é mais fácil encontrar a amizade sincera, a visão da assistência de Deus, os tesouros da natureza, a riqueza das alegrias simples e puras. O homem de grandes possibilidades financeiras muito dificilmente sabe discernir entre a afeição e o interesse mesquinho; crente de que tudo pode, nem sempre consegue entender a divina proteção; pelo conforto viciado a que se entrega, as mais das vezes se afasta das bênçãos da Natureza; e em vista de muito satisfazer aos próprios caprichos, restringe a capacidade de alegrar-se e confiar no mundo. (Obra citada, cap. 36, págs. 191 a 193.)
35. Há Espíritos que fogem das tempestades. Onde eles se abrigam?
Sim. Sempre que uma tempestade se anuncia, formas sombrias, algumas monstruosas, se arrastam na rua, à procura de abrigo conveniente. São os ignorantes que vagueiam nas ruas, escravizados às sensações mais fortes dos sentidos físicos, que buscam, de preferência, as casas de diversão noturna, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isso não é possível, penetram as residências abertas. Para eles, a matéria do plano ainda apresenta a mesma densidade característica. (Obra citada, cap. 37, págs. 196 e 197.)
36. Na oficina instalada na casa de Isabel, fatos interessantes ocorrem durante a noite, enquanto os encarnados dormem. Mencione um desses fatos.
São muitas as entidades desencarnadas que se valem da oficina para encontrar-se com familiares encarnados durante os momentos do sono. Isidoro e Isabel, por exemplo, se encontram sempre ali, onde, ao chegar a madrugada, o movimento se intensifica, com pessoas indo e vindo para o intercâmbio afetivo. (Obra citada, cap. 37 e 38, págs. 195 a 203.)
37. Há outras oficinas de trabalho na Crosta?
Sim. Existem muitas oficinas de "Nosso Lar" e de outras colônias espirituais, como aquela, no Rio de Janeiro e noutras cidades do país. (Obra citada, cap. 39, págs. 204 a 207.)
38. Como será a medicina do futuro?
Na medicina do futuro, o homem terreno será considerado em sua natureza psicofísica. Segundo o instrutor Aniceto, no capítulo das moléstias não podemos considerar somente a situação fisiológica do homem, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Chegará um dia – diz ele - em que a medicina da alma absorverá a medicina do corpo, porquanto no que concerne à cura real é preciso reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito. (Obra citada, cap. 40, págs. 210 a 213.)
39. Que lições podemos colher do caso do carroceiro imprudente?
A primeira lição é saber que mesmo nas estradas de menor movimento existe proteção espiritual. A segunda lição é que a cólera é punida por suas consequências. Ao mal segue-se o mal. Ninguém pode educar odiando, nem edificar algo de útil com a fúria e a brutalidade. (Obra citada, cap. 41, págs. 216 a 218.)
40. Por que o nitrogênio é tão importante para o homem?
A importância do nitrogênio na vida humana é tão grande que organismo algum pode viver na Terra sem essa substância. E, coisa curiosa!, embora se locomova num oceano de nitrogênio, respirando-o na média de mil litros por dia, o homem não consegue apropriar-se do nitrogênio do ar. Somente as plantas conseguem retirá-lo do solo, fixando-o para o entretenimento da vida noutros seres. Cada grão de trigo é uma bênção nitrogenada para sustento das criaturas; cada fruto da terra é uma bolsa de açúcar e albumina, repleta do nitrogênio indispensável ao equilíbrio orgânico dos seres vivos. Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria – segundo Aniceto - transformada em um paraíso verdadeiramente espiritual. (Obra citada, cap. 42, pág. 222.)


Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/12/os-mensageiros-andre-luiz-publicamos_11.html




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