O racismo, a injustiça e a discriminação
são inaceitáveis
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
Logo
que divulgada a morte de George Floyd, um cidadão americano de cor negra,
asfixiado até a morte por um policial, no dia 25 de maio, na cidade de
Minneapolis, protestos e manifestações de repúdio ao racismo e à violência
policial tomaram as ruas das principais cidades dos Estados Unidos e também da
Europa. Com apoio da imensa maioria do povo norte-americano, as manifestações,
que ainda prosseguem, pedem uma única coisa: justiça! E que todas as pessoas
sejam tratadas de igual forma, independentemente de sua condição social ou
econômica, de sua etnia ou da cor de sua pele.
Como
espíritas que somos, não há como não apoiar tais anseios, porquanto o racismo,
a injustiça e todas as formas de discriminação são inadmissíveis, especialmente
quando o povo que lhes fecha os olhos se diz seguidor do Cristianismo.
“Gravitar
para a unidade divina, eis o objetivo final da Humanidade” – eis o ensinamento
contido na questão 1.009 d´O Livro dos
Espíritos, que acrescenta: “Para atingi-la, três coisas são necessárias: a
Justiça, o Amor e a Ciência, e três coisas lhe são opostas e contrárias: a
ignorância, o ódio e a injustiça”.
Aos
familiares de George Floyd e a todos que têm sido vítimas de atos de violência
e de racismo, a nossa solidariedade e o apoio de todos nós da equipe d´O Consolador, com a esperança de que o
episódio do dia 25 de maio seja o início de um novo tempo em que todos
consigamos entender que somos irmãos e filhos do mesmo Pai.
*
O
texto acima, de nossa autoria, abre a “Carta ao leitor” da edição deste domingo
da revista O Consolador.
Ao
transcrevê-lo neste espaço, reiteramos nosso apoio às manifestações que tomaram
as ruas das principais cidades dos Estados Unidos e da Europa.
O
fato – dizem muitos analistas – pode ser um divisor de águas, e é exatamente
isso que esperamos, porque a marcha do progresso da Humanidade é algo que
ninguém pode sustar, como o leitor pode conferir à vista do contido nas
questões 781 a 783 d´O Livro dos
Espíritos:
781. Tem o homem o poder de
paralisar a marcha do progresso?
“Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.”
a) Que se deve pensar dos
que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?
“Pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela
torrente que procuram deter.”
[Nota de Allan Kardec: Sendo o progresso uma condição da natureza
humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação
pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam
incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por
mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância
com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de
leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.]
782. Não há homens que de
boa-fé obstam ao progresso, acreditando favorecê-lo, porque, do ponto de vista
em que se colocam, o veem onde ele não existe?
“Assemelham-se a pequeninas pedras que, colocadas debaixo da roda de
uma grande viatura, não a impedem de avançar.”
783. Segue sempre marcha
progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanidade?
“Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas.
Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita,
de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.”
[Nota de Allan Kardec: O homem não pode conservar-se indefinidamente na
ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou.
Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções
sociais, se infiltram nas ideias pouco a pouco; germinam durante séculos;
depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício
do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as
novas aspirações. Nessas comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem
e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele,
porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os
desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a
tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.]
Os
ensinamentos acima servem de estímulo e esperança de que, assim como se deu
quando a Humanidade aboliu a escravatura, extinguiu o lamentável regime do apartheid que imperou na África do Sul e
revogou as leis de discriminação racial que vigoraram por longo tempo nos
Estados Unidos, tudo é possível àquele que crê e sabe que nosso mundo não está
e jamais esteve à deriva.
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Tema bem oportuno. Acredito que essas manifestações, ainda em tempos de pandemia, certamente são janelas se abrindo ao clarão de novos tempos.
ResponderExcluirBoa lembrança a questão 1009!!!!
ResponderExcluirJesus e Kardec bem compreendidos são libertadores.
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