No Mundo Maior
André Luiz
Parte 6
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série,
prosseguimos nesta data o estudo da obra No
Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada
em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
41. O bem e o
mal que praticamos assumem um vulto diferente depois da desencarnação?
Sim. "Depois do sepulcro – afirmou a mãe de Cecília – o
dia do bem é mais luminoso, e a noite do mal é, sobremaneira, mais densa e
tormentosa.” Com essa nova visão, proporcionada pela desencarnação, a
humilhação é vista como uma bênção, e a dor como preciosa oportunidade. (No Mundo Maior, cap. 10, pp. 147 a 149.)
42. No momento
em que se dá o abortamento, que se passa com o reencarnante?
Segundo o caso Cecília, narrado neste livro, o ser abortado
reage ao ser violentado, como que aderindo, desesperadamente, às paredes
placentárias, e sua mente começa a despertar à medida que aumenta o esforço de
extração. Semidesperto, o Espírito reflete extremo desespero; lamenta-se com
gritos de aflição; expede vibrações mortíferas; balbucia frases desconexas. (Obra
citada, cap. 10, pp. 149 a 151.)
43. O ódio pode
matar?
Sim. Segundo Calderaro, o ódio vem exterminando diariamente
criaturas no mundo todo, com intensidade e eficiência mais arrasadoras que as
de todos os canhões da Terra. No abortamento provocado por Cecília, ela acabou
perecendo por influência direta do psiquismo do Espírito rejeitado. (Obra
citada, cap. 10, pp. 152 e 153.)
44. Os
desequilíbrios decorrentes do sexo cessam com a morte do corpo físico?
Não. Os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores
fisiológicos, mas constituem fenômeno peculiar ao psiquismo humano, em marcha
para superiores zonas da evolução. É, pois, inútil supor que a morte física
ofereça solução pacífica aos Espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o
corpo aos desregramentos passionais. Sua loucura não procede de simples modificações
do cérebro. Dimana da dissociação dos centros perispiríticos, o que exige
longos períodos de reparação. A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro,
mas na alma. (Obra citada, cap. 11, pp. 154 a 157.)
45. As lesões da
alma podem ser tratadas apenas com remédios?
Não. A medicina tradicional pode inventar mil modos de
auxiliar o corpo enfermo, mas foge à sua competência a prática da medicina da
alma, que ampara o Espírito enleado nas sombras. Havendo mais amor ante os
vales da demência, as quedas cederão lugar a experiências santificantes. O amor
espiritualizado, filho da renúncia cristã, é a chave capaz de abrir as portas
do abismo para onde rolaram e rolam milhares de criaturas, todos os dias.
Distribuamos a bênção do entendimento entre os homens; estendamos mão forte a
todos os espíritos que se encontram prisioneiros do distúrbio das sensações, fazendo-lhes
sentir que as oficinas do trabalho renovador permanecem abertas a todos os
filhos de Deus, aperfeiçoando-lhes os sentimentos, sublimando-lhes os impulsos,
dilatando-lhes a capacidade espiritual. (Obra citada, cap. 11, pp. 160 a 162.)
46. Como nos
libertar do cativeiro do sexo atormentado?
O cativeiro dos tormentos do sexo é questão pertinente à
alma e demanda processo individual de cura, que o Espírito resolverá no
tribunal da própria consciência. Os escravos das perturbações do campo
sensorial só por si mesmos serão liberados, dilatando o entendimento,
compreendendo os sofrimentos alheios e as dificuldades próprias, e aplicando,
enfim, o "amai-vos uns aos outros", tanto na doutrinação como no imo
da alma, com as melhores energias do cérebro e com os melhores sentimentos do
coração. (Obra citada, cap. 11, pp. 162 e 163.)
47. Que faltou à
teoria de Freud?
Freud centralizou seu ensino no impulso sexual, a que
conferiu caráter absoluto, enquanto duas correntes de psicologistas,
inicialmente filiadas a ele, se diferenciaram na interpretação. A primeira
delas estuda o anseio congênito da criatura, no que se refere ao relevo
pessoal, enquanto a segunda proclama que, além da satisfação do sexo e da
importância individualista, existe o impulso da vida superior que tortura o
homem terrestre mais feliz. Angústia sexual, aquisição de poder e ideia de
superioridade, eis as três vertentes, que se identificam e são dotadas de uma
certa dose de razão. Falta-lhes, porém, o conhecimento básico do reencarnacionismo.
Não podemos afirmar que tudo, nos círculos carnais, constitua sexo, desejo de
importância e aspiração superior; mas, chegados à compreensão de agora, podemos
assegurar que tudo, na vida, é impulso criador. (Obra citada, cap. 11, pp. 164
e 165.)
48. O
conhecimento da reencarnação é importante para solucionar as questões da alma?
Sim. É impossível resolver tais questões em caráter definitivo
sem as noções de evolução, aperfeiçoamento, responsabilidade, reparação e
eternidade. Não vale descobrir complexos e frustrações, identificar lesões
psíquicas e deficiências mentais, sem as remediar. Em suma, não satisfaz o
simples exame da casca: é essencial atingir o cerne e determinar modificações
nas causas e, para isso, é imprescindível admitir a realidade do
reencarnacionismo e da imortalidade. (Obra citada, cap. 11, pp. 167 e 168.)
Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/06/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-5.html
Como consultar as matérias deste
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