O Evangelho segundo o Espiritismo
Allan Kardec
Parte 3
Prosseguimos o estudo metódico de “O
Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, terceira das obras que
compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em abril
de 1864.
Este estudo é publicado sempre às
quintas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o
texto consolidado dos estudos relativos à presente obra, para acompanhar, pari
passu, o presente estudo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN
e, em seguida, no verbete "O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Eis as questões de hoje:
17. O que é o Espiritismo?
O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de
provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas
relações com o mundo corpóreo. (O
Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo I, itens 5 e 6.)
18. Kardec diz que o
Espiritismo é a 3ª Revelação da lei. Qual é sua relação com o Cristianismo e
quem é que preside ao seu desenvolvimento na Terra?
Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém
cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei
cristã, mas dar-lhe execução". Nada ensina em contrário ao que ensinou o
Cristo; mas desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente,
o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o
que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois,
obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que
se opera e prepara o reino de Deus na Terra. (Obra citada, capítulo I, itens 5
a 7.)
19. Por que a Ciência e
a Religião não se entenderam até hoje?
A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma
revela as leis do mundo material e a outra, as do mundo moral. Tendo, no
entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se.
Contudo, até hoje, a Ciência e a Religião não puderam entender-se porque,
encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se
repeliram. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união
que as aproximasse. (Obra citada, capítulo I, item 8.)
20. Qual é o traço de
união que há de aliar a Ciência e a Religião?
Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo
espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as
que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas
pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta
nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas nisso, como em
tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral,
que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. (Obra citada,
capítulo I, item 8.)
21. Qual é a grande
finalidade da moral evangélica cristã?
A finalidade da moral evangélica cristã é renovar o mundo, aproximar os
homens e torná-los irmãos, fazendo desse modo brotar de todos os corações a
caridade, o amor do próximo e uma solidariedade comum que tornará a Terra
morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. (Obra citada, capítulo
I, item 9.)
22. Qual é o ponto
central do ensino do Cristo?
A revelação acerca da vida futura pode ser considerada como o eixo do
ensino do Cristo, porque só ela – a vida futura – é capaz de justificar as
anomalias da vida terrena. Por causa disso, todas as suas máximas se reportam a
esse grande princípio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser
teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem
na vida futura, imaginando que ele apenas falava da vida presente, não os
compreendem ou os consideram pueris. (Obra citada, cap. II, itens 1 e 2.)
23. Como o homem, tendo
em conta o ponto de vista espírita, vê – ou deveria ver - as coisas deste
mundo?
A ideia clara e precisa que se faz da vida futura proporciona inabalável
fé no porvir, fé que acarreta enormes consequências sobre a moralização dos
homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o qual encaram eles a
vida terrena.
Para quem se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, a vida corpórea
se torna simples passagem, breve estada num país ingrato. As vicissitudes e
tribulações dessa vida não passam de incidentes que ele suporta com paciência,
por sabê-las de curta duração, devendo seguir-se-lhes um estado mais ditoso. A
morte nada mais tem de aterrador e deixa de ser a porta que se abre para o nada
e torna-se a que dá para a libertação, pela qual entra o exilado numa mansão de
bem-aventurança e de paz.
Sabendo temporária e não definitiva a sua estada no lugar onde se
encontra, menos atenção presta às preocupações da vida, resultando-lhe daí uma
calma de espírito que tira àquela muito do seu amargor. É o que sucede ao que
encara a vida terrestre do ponto de vista espírita. A Humanidade, tanto quanto
as estrelas do firmamento, perde-se na imensidade. A pessoa percebe então que
grandes e pequenos estão confundidos, como formigas sobre um montículo de
terra; que proletários e potentados são da mesma estatura, e lamenta que essas
criaturas efêmeras a tantas canseiras se entreguem para conquistar um lugar que
tão pouco as elevará e que por tão pouco tempo conservarão. (Obra citada,
capítulo II, item 5.)
24. Em que consiste a
vida presente, segundo o Espiritismo?
Como já foi dito na questão anterior, a vida corpórea é simples passagem,
breve estada num país ingrato, e não passa de um elo no harmonioso e magnífico
conjunto da obra do Criador. (Obra citada, capítulo II, item 7.)
Observação:
Para acessar a Parte 2 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/11/o-evangelho-segundo-o-espiritismo-allan_26.html
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