quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

 


E a Vida Continua...

 

André Luiz

 

Parte 11 e final

 

Concluímos hoje o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog, e será também a última, visto que iniciaremos na próxima quarta-feira outro tipo de estudo.

Eis as questões de hoje:

 

81. Aproveitando um momento em que Caio Serpa estava só e meditava sobre a vida, Evelina se aproximou e, mentalmente, conversou com ele. Que sugestões ela então lhe transmitiu?

Foram várias as reflexões que Evelina suscitou aos ouvidos do ex-esposo. Entre outras coisas, Evelina lembrou-lhe os compromissos que ele assumira com Vera, a quem prometera casar-se. Lendo-lhe os pensamentos e as restrições morais que ele fazia à namorada, Evelina perguntou-lhe: "Caio, quem é você para julgar?" A indagação percutiu-lhe na alma em forma de ideia fulgurante que o assustou. E qual se pensasse em voz alta, a falar espiritualmente para si próprio, recebia novas exortações, semelhando impactos da verdade a lhe atingirem o ádito do próprio ser: "Não és igualmente alguém onerado com débitos escabrosos perante a Lei? a que título, condenar sumariamente uma jovem, prejudicada pelos enganos da sua condição de menina moralmente desamparada?!..." E as advertências prosseguiram: "Seria justo abusar dela agora que se via praticamente só no mundo? se a desprezasse, para onde ela iria?" (E a Vida Continua, cap. 25, pp. 214 e 215.)

82. Ernesto Fantini tinha vontade de conhecer seu passado, mas para isso necessitava de aprovação. O instrutor Ribas aprovou a ideia?

Não. Segundo Ribas, a providência era desaconselhável, conquanto fosse possível. Eis o que o instrutor lhe disse: “Você e Evelina estão abraçando longa empresa de serviço em nosso plano. Terão muitos problemas a resolver, muito trabalho a realizar... Desidério, Elisa, Amâncio, Brígida, Caio, Vera, Túlio, Evelina e você formam uma equipe de corações comprometidos uns com os outros, perante as Leis de Deus, há muitos séculos... Todos reciprocamente enlaçados no clima da provação, lembrando elementos químicos em cadinho fervente para o acrisolamento indispensável!” A tarefa exigia, portanto, muito cuidado, para que não se frustrassem os projetos em curso. (Obra citada, cap. 26, pp. 223 e 224.) 

83. O casamento com Evelina era outro desejo de Ernesto Fantini. Isso seria possível?

Sim. O fato era perfeitamente possível porque tanto Elisa quanto Caio haviam dispensado ambos do compromisso afetivo. (Obra citada, cap. 26, pp. 223 e 224.)

84. Durante a gravidez, é sempre igual o sono terapêutico do Espírito reencarnante?

Não. Segundo o instrutor Ribas, o sono terapêutico do Espírito, conjugado ao desenvolvimento fetal, se caracteriza por graus diversos e, por isso, nem sempre raia pela inconsciência total. (Obra citada, cap. 26, pp. 225 e 226.)

85. Foi difícil convencer Desidério a aceitar a programação que lhe foi proposta pelos instrutores espirituais?

Sim, porque Desidério não era fácil de contentar, razão pela qual Evelina aprovava quanto ele pedia, de modo a obter-lhe a necessária aceitação. Quando já havia decorrido um ano desde a desencarnação de Elisa, estando Túlio, no novo corpo, com a idade aproximada de dois meses, Desidério deu por terminadas suas exigências para o regresso pacífico ao mundo carnal, com exceção de uma só: queria rever Elisa e conversar com ela, inteiramente a sós, de modo a entretecerem projetos para o futuro. Ribas, instado por Evelina, aprovou o pedido. (Obra citada, cap. 26, pp. 227 e 228)

86. Desidério e Elisa se encontraram então antes da reencarnação?

Sim. O encontro deles durou dez horas consecutivas. Não se soube o que conversaram, mas o resultado foi ótimo para ele, que voltou ao seu aposento tocado de novo brilho no olhar. Seus ressentimentos e interrogações haviam desaparecido e ele mostrou-se, desde então, paciente e respeitador. Elisa, por sua vez, rogou o amparo de Evelina para internar-se em um educandário, a fim de estudar os problemas da alma e reeducar-se, antes de retomar o envoltório terrestre. Informada de que partiria para nova existência no mundo daí a três anos, para reencontrar Desidério, ansiava aprender, preparar-se e melhorar-se, ciente de que todos os valores conquistados na Espiritualidade Maior se transformam em mais dilatados recursos de apoio e colaboração, para aqueles que os evidenciem, seja onde seja. (Obra citada, cap. 26, pp. 227 e 228.) 

87. Quem era a mulher que aceitou ser mãe de Desidério?

Mariana era seu nome. Tratava-se de uma das colaboradoras e obreiras do Instituto, reencarnada nas vizinhanças da casa de Brígida. Esposa de um lavrador que a tuberculose devorava e mãe de quatro filhinhos, não obstante a penúria que lhe marcava a existência ela aceitou a incumbência. Tanto o esposo quanto ela estavam encerrando valioso ciclo de provas regeneradoras no mundo e não conseguiriam sustentar-se na carne por muito tempo. Desidério ser-lhes-ia, portanto, o filho derradeiro, antes da desencarnação, e a Evelina e Ernesto caberia o dever de criar as circunstâncias pelas quais o recém-nato entrasse no lar de Amâncio e Brígida, na posição de filho adotivo. (Obra citada, cap. 26, pp. 228 a 230.)

88. Como foi que Desidério acabou sendo adotado por Brígida e Amâncio?

Mariana, com a ajuda espiritual de Evelina, conseguira emprego na residência de Brígida. Antes que o quinto filho viesse à luz, seu marido (Joaquim) desencarnou. Mariana, que já estava enfraquecida, adoeceu gravemente. Viúva agora, apelou para familiares humildes e entregou-lhes os quatro órfãos na previsão da morte próxima. Brígida, atônita, ante a crise que se agravava, transferiu-a para a própria casa, onde nasceu Desidério. Na íntima convicção de que se houvera desencarregado de seu último e sagrado dever, Mariana colocou nos braços dos protetores a criança ansiosamente esperada e desencarnou cinco dias depois. Estava concluída a missão conferida a Evelina e Fantini. (Obra citada, cap. 26, pp. 233 a 235.)

  

 

Observação:

Para acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/01/blog-post_26.html

 

   

 

 

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