Loucura e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 13
Damos prosseguimento neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Loucura e Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
97. Entre as
causas da violência na Terra, a indiferença dos que possuem exerce alguma
influência?
Sim. Segundo o instrutor espiritual Felinto, a violência, na
atualidade, além dos fatores econômicos, sociológicos e psicológicos conhecidos
e debatidos, também tem gênese na indiferença dos que possuem, em relação
àqueles que precisam. A ostentação campeia, absurda, ferindo a miséria que,
revoltada, se arma de agressividade para tomar. O desperdício cresce, chocante,
humilhando a escassez, que se levanta para arrebatar. O luxo excessivo
transita, indiferente, produzindo cólera sem necessidade, que investe, odienta,
para o aniquilar. Dito isso, Felinto afirmou: “Enquanto os homens não
compreenderem que os recursos são oportunidades de cooperação e o poder é
investimento para a justiça e o equilíbrio entre as criaturas, essas guerras,
urbana e doméstica, devastadoras, prosseguirão fazendo incalculável número de
vítimas, que as estatísticas não poderão registrar”. (Loucura e Obsessão, cap. 21, pp. 270 a 272.)
98. Há muitos
espíritas entre os Espíritos?
Não. Felinto disse ao autor desta obra que são bem poucos
entre eles os Espíritos-espíritas, apesar dos grandes esforços dos Benfeitores
mais elevados, que os reúnem para conferências, cursos e explicações em sua
esfera de ação. “Os longos atavismos aqui permanecem, demorando em ser
superados”, acrescentou Felinto. (Obra citada, cap. 21, pp. 272 a 274.)
99. É certo
afirmar que Deus não tem preferências e ajuda todos os seus filhos?
Sem dúvida. O amor de Deus não é partidarista, conforme se
apregoou por largos séculos de intolerância e fanatismo. (Obra citada, cap. 21,
pp. 274 a 276.)
100. É verdade
que os Benfeitores espirituais só conseguem ajudar com êxito a quem se ajuda?
Sim. Se a pessoa necessitada de socorro não faz a parte que
lhe compete, o auxílio é vão. Foi isso que a senhora Frida, que Miranda
conhecera na última existência, disse ao autor desta obra, quando se referiu a
um filho por quem ela orava, buscando socorrê-lo: “Somente podemos ajudar com
êxito a quem se ajuda”. Trata-se de verdade que encontramos também nos
ensinamentos de Jesus. Quem ignora o preceito: “Ajuda-te, que o céu te
ajudará”? (Obra citada, cap. 21, pp. 278 e 279.)
101. Não existe
violência no processo evolutivo de ninguém. Que significa tal frase?
Significa que não podemos violentar a consciência das
pessoas. Comentando o caso da senhora Frida que, apesar de estar desencarnada
há muito tempo, se mantinha apegada aos dogmas que cultivou na última
existência, Felinto disse: “Não há violência, como esclareci há pouco, no
processo evolutivo de ninguém. Cada ser galga o degrau do progresso com as
próprias forças, embora os estímulos e auxílios que receba. Nossas irmãs, como
se pôde constatar, vêm de um passado espiritual com profundas fixações
católicas. Apesar dos largos anos que lhes assinalam a desencarnação, mantêm-se
vinculadas aos antigos conceitos, que irão superando através do tempo”. “Como
são diligentes e operosas, devotadas ao bem e assinaladas por uma fé honesta,
adquirem títulos de enobrecimento e maturidade para as experiências mais
felizes na área da renovação espiritual, no futuro.” (Obra citada, cap. 21, pp.
279 a 281.)
102. A vivência
do conhecimento adquirido é fundamental para a aquisição dos valores
iluminativos que enobrecem o Espírito?
Sim. A vivência do conhecimento é de suma importância no
processo evolutivo do Espírito. Em razão disso, por mais respeitável seja o
teórico, os seus conceitos, se não experimentados na prática, tornam-se adorno
intelectual para a própria vaidade, sem que se revelem úteis para quem padeça
urgente necessidade de recurso que solucione os desafios à frente. (Obra citada,
cap. 22, pp. 282 e 283.)
103. Que atitude
devemos tomar ante as manifestações de preconceito e de discriminação?
Qualquer forma de preconceito e de discriminação, por
melhores os argumentos em que se pareçam apoiar, é procedimento perigoso e
condenável. “Todo discriminador – afirmou o benfeitor espiritual Felinto – é
prepotente, em si mesmo. Eis por que é sempre perniciosa a postura daquele que
se supõe possuir o conhecimento da verdade, elegendo-se fiscal e censor da
conduta daqueles que não se conduzem dentro da sua faixa de comportamento ou de
fé. São, seguramente, almas em perigo, que discrepam e agridem, que exigem
respeito aos seus valores, negando-o aos demais.” (Obra citada, cap. 22, pp. 288 e 289.)
104. É verdade
que muitos desertam do dever espírita por motivos irrelevantes?
Sim. A mediunidade exige exercício disciplinado, sintonia
com as Esferas Superiores, meditação constante, isto é, vida íntima ativa e bem
direcionada, ao lado do conhecimento do seu mecanismo e estrutura, de modo a
tornar-se faculdade superior da vida e para a vida. Referindo-se ao médium
Antenor, que ali estava para ajudar, embora necessitasse de auxílio, Felinto
disse que muitos deixam, por motivos fúteis, de cumprir os deveres assumidos,
omitindo-se ou desertando sob pretextos irrelevantes. E não são poucos os
adeptos que desanimam ante os resultados mediúnicos, que lhes parecem tardar,
sem que o esforço contínuo lhes assinale o espírito de serviço ou a dedicação
lhes caracterize a atividade. (Obra citada, cap. 22, pp. 290 e 291.)
Observação:
Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/01/blog-post_31.html
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog,
clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário