Allan Kardec
Parte 1
Iniciamos nesta data o estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1858, periódico lançado por Allan Kardec em janeiro de 1858 e por ele editado de 1858 a março de 1869, quando desencarnou. O estudo será baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.
Cada parte do estudo,
que será apresentado neste blog sempre às quartas-feiras, compõe-se de:
a) questões
preliminares;
b) texto para
leitura.
As respostas às
questões propostas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões preliminares
A. Quantos jornais
espíritas havia na Europa quando do surgimento da Revista Espírita?
B. Como surgiu na
obra de Kardec o vocábulo psicografia, que designa a comunicação espírita por
meio da escrita?
C. Como Kardec
chamava as visões ocorridas durante o sono e as que se dão durante a vigília?
D. Quais os nomes dos
primeiros médiuns que concorreram para a elaboração d’ O Livro dos Espíritos?
Texto para leitura
1. A Revista Espírita constitui os Anais
do Espiritismo e por seu intermédio é que todos os princípios novos foram
elaborados e entregues ao estudo. (Pág. V)
2. A força que se
revela no fenômeno das manifestações está na Natureza, assim como o Magnetismo.
(Pág. 2)
3. Em 1858 havia nos
Estados Unidos 17 jornais consagrados ao Espiritismo, enquanto em toda a Europa
só havia um: o de Genebra. (Pág. 2)
5. O fato das comunicações com o mundo invisível acha-se
nos livros bíblicos. A existência dos Espíritos e sua intervenção no mundo
corpóreo é atestada em Santo Agostinho, São Jerônimo, São João Crisóstomo, São
Gregório Nazianzeno e em muitos outros Pais da Igreja. (Págs. 3 e 4)
6. Em suas instruções
os Espíritos superiores têm sempre o objetivo de despertar nos homens o amor do
bem pela prática do Evangelho. (Pág. 5)
7. Os Espíritos
atestam sua presença de várias maneiras. (Pág. 6)
8. As comunicações
espíritas podem ser frívolas, grosseiras, sérias ou instrutivas. (Pág. 7)
9. As comunicações
inteligentes entre os Espíritos e os homens podem dar-se por sinais, pela
escrita e pela palavra. (Pág. 8)
10. Um correspondente
sugeriu que as manifestações espíritas através de pancadas, que Kardec chamava
de sematologia espírita, fossem designadas pelo vocábulo tiptologia. O nome
psicografia, aplicável à comunicação pela escrita, foi também sugerido por um
correspondente. (Págs. 8 e 9)
11. As comunicações
escritas sem intervenção direta do médium eram chamadas por Kardec de
espiritografia. Mais tarde, a escrita direta recebeu o nome de pneumatografia.
(Pág. 9)
12. As comunicações
verbais foram chamadas de espiritologia mediata e espiritologia direta. O vocábulo
psicofonia surgiu depois. (Pág. 10)
13. É essencial estar
atento contra a crença no ilimitado saber dos Espíritos. Estes são como os
homens; não basta interrogar o primeiro que aparece: é preciso saber a quem nos
dirigimos. (Pág. 12)
14. As intervenção
dos seres incorpóreos nas coisas da vida faz parte das crenças populares de
todos os tempos. (Pág. 15)
15. Júlia, falecida
após dolorosa enfermidade, aos 14 anos, comunica-se com a mãe e lhe dá uma
prova indiscutível de sua presença. (Pág. 16)
16. A percepção do
transcurso do tempo entre os Espíritos é diferente: dez anos para nós
significam dez minutos para eles. (Pág. 19)
17. Kardec descreve e
analisa o fracasso da experiência de Boston, em que o Dr. Gardner, mesmo
contando com as senhoritas Fox, não conseguiu comprovar a realidade da
intervenção dos Espíritos. (Págs. 21 e 22)
18. Os sonhos não
passam de um estado sonambúlico natural e incompleto: as visões que ocorrem
nesse estado são, pois, visões sonambúlicas. As visões obtidas em vigília
são visões pela dupla vista. As que se verificam no êxtase são
chamadas visões extáticas. (Págs. 24 e 25)
19. Ermance Dufaux
estava com 14 anos quando escreveu a história de Joana D'Arc, ditada por ela
própria. Ermance, mais tarde, deixou de ser psicógrafa para tornar-se falante:
outra pessoa registra suas palavras. (Pág. 30)
20. Kardec apresenta
"O Livro dos Espíritos" e a repercussão que essa obra teve ao ser
lançada no dia 18 de abril de 1857 na França. (Págs. 31 e 32)
21. A crítica d' O
Livro dos Espíritos feita por G. du Chalard, no Correio de Paris, em
11-6-1857, merece ser lembrada. (Págs. 31 e 32)
22. Kardec conta como
O Livro dos Espíritos foi escrito e diz que os primeiros médiuns que
concorreram para esse trabalho foram as senhoritas B... e a senhorita
Japhet. (N.R.: As senhoritas B... são Julie e Caroline Baudin.) (Pág.
34)
23. Os Espíritos
admitem três categorias ou ordens principais: os Espíritos imperfeitos, os bons
Espíritos e os Espíritos puros. (Págs. 38 a 43)
24. Predominância da
matéria sobre o Espírito; propensão para o mal; ignorância, orgulho, egoísmo e
todas as más paixões que lhes são consequentes, eis os caracteres gerais da
terceira ordem. (Pág. 39)
25. Predominância do
Espírito sobre a matéria e desejo do bem, eis os caracteres gerais da segunda
ordem. (Pág. 41)
26. A primeira ordem
é formada pelos Espíritos puros, em que nula é a influência da matéria. (Pág.
43)
27. Como estado, os
Espíritos podem estar encarnados ou errantes, isto é, desencarnados. Sendo a
encarnação um estado transitório, a erraticidade é realmente o estado normal
dos Espíritos. (Pág. 44)
28. Kardec narra e
analisa o caso Mademoiselle Clairon e o fantasma, ocorrido em 1743, em que a
grande atriz e cantora descreve as perseguições que sofreu de um fã
desencarnado. (Págs. 44 a 46)
29. Os fenômenos
duraram dois anos e meio, tal como o Espírito do rapaz havia previsto. (Pág.
47)
30. Kardec descreve o
fenômeno de suspensão de uma mesa, que ele viu repetir-se várias vezes em casa
do Sr. B..., na rua Lamartine. (Pág. 48)
31. Kardec faz uma
comparação entre os fenômenos das mesas falantes e os oráculos de antigamente,
como os da floresta sagrada do monte Taurus, no Épiro, para concluir que as
crenças antigas tinham por princípio o conhecimento das manifestações
espíritas. (Pág. 54)
32. São Luís, em
página sobre a avareza, mostra os sofrimentos e o desespero que acometem os
avarentos na vida post mortem. (Págs. 55 e 56)
33. A senhorita Clary
D..., falecida aos 13 anos de idade, revela dados interessantes sobre seu atual
estado e suas vidas passadas. (Págs. 56 e 57)
Respostas às questões propostas
A. Quantos jornais espíritas havia na Europa quando do
surgimento da Revista Espírita?
Em toda a Europa só
existia, em 1858, um jornal dedicado ao Espiritismo: o de Genebra. Mas nos
Estados Unidos já circulavam então 17 jornais espíritas. (Revista Espírita de 1858, pág. 2.)
B. Como surgiu na obra de Kardec o vocábulo psicografia,
que designa a comunicação espírita por meio da escrita?
O nome psicografia,
aplicável à comunicação pela escrita, foi sugerido ao Codificador por um
correspondente, e o mesmo se deu com o vocábulo tiptologia, sugerido por um confrade
para designar as manifestações espíritas por meio de pancadas, que Kardec
chamava antes de sematologia espírita. (Obra citada, págs. 8 e 9.)
C. Como Kardec chamava as visões ocorridas durante o sono
e as que se dão durante a vigília?
Depois de explicar
que os sonhos não passam de um estado sonambúlico natural e incompleto, o
Codificador diz que as visões que ocorrem nesse estado são visões
sonambúlicas, enquanto que as visões obtidas em vigília são visões pela
dupla vista e as que se verificam no êxtase são chamadas visões
extáticas. (Obra citada, págs. 24 e 25.)
D. Quais os nomes dos primeiros médiuns que concorreram
para a elaboração do Livro dos Espíritos?
Kardec diz que os
primeiros médiuns que concorreram para esse trabalho foram as senhoritas B... e
a senhorita Japhet. As senhoritas B... eram, como se soube depois, as irmãs
Julie e Caroline Baudin. (Obra citada, pág. 34.)
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Eba! Serei leitora assídua!
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