Observações sobre as distâncias desejadas

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Não importa quanto falta a conquistar, importará sempre a consciência de nunca parar. A eternidade é tempo infinito, ou seja, por mais que se deixe o tempo passar ou se realize ações, eternamente haverá o que realizar. Somos destinados à perfeição, graças a Deus, e nada deve ser tão importante a ponto de fazer-nos parar... nada mesmo. Às vezes, desaceleramos por algum motivo, o que é natural, e desenvolvemos em outros segmentos.

Os desafios são perfeitos para cada um, já que a perfeição rege sempre. Ninguém é somente vítima ou somente algoz, todos respondem por suas atitudes, nem mais, nem menos. E cada um é responsável integralmente pelo que vive e por quanto se desenvolve, estaciona ou dificulta o percurso. Se é assim, então, que cada um se preocupe seriamente com o que deseja ser.

Nunca valerá como resposta argumentativa o atraso por culpa de outra criatura. Se o desenvolvimento deve ser o grande objetivo, pois bem, que seja constante, que haja a compreensão, em especial, de que toda criatura desinteressada em voar tentará sucumbir o voo alheio, pois a esses olhos, as criaturas livres e que almejam o progresso tornam-se pequeninas e distantes das plataformas imóveis. Elas se tornam pequeninas aos vagarosos, mas próximas do céu.

Quanto mais se desenvolve ‒ em toda ramificação ‒ mais se aproxima do que é belo e bom. Isso não quer dizer que seja tudo fácil e resplandecente, ao contrário, bem mais desafiador, porém o melhor para o coração.

Em meio aos dias mais caóticos ou felizes, que possamos parecer menores vistos do solo e, maiores, vistos do santo céu. E que nada ou ninguém seja o obstáculo para paradas demoradas. O nosso compromisso é muito além.

Haverá milhares de olhares que desejam a derrocada alheia, no entanto esses olhares não devem ter valor ao coração que já compreendeu a seriedade e grandeza da vida. Sabe-se que quem ainda não sabe voar não se interessa em conquistar asas nem em diminuir a distância até o alto. Entretanto aprenderá.

E toda vez que olharmos para o céu que estejamos sempre um pouquinho mais perto dele.

 

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