terça-feira, 29 de agosto de 2023

 



Delimitações alheias não devem ser consideradas

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

O nível de consciência determinará a forma de uma pessoa sentir e viver o grau de sua felicidade ou insatisfação. Quanto mais se autoconhecer, mais possibilidades positivas estarão no caminho, pois haverá melhores pensamentos e, consequentemente, ações mais acertadas ocorrerão. Outro fator também muito favorável com o autoconhecimento é que outra pessoa não poderá delimitar o seu crescimento nem a maneira de seguir adiante. À medida que esse conhecimento se desenvolve, a segurança tende a aparecer porque há mais tempo para observação, análise e discernimento ‒ tudo aqui se baseia a partir da vontade de melhoria e o reconhecimento do progresso.

A liberdade é companheira e admiradora do conhecimento e da disciplina ‒ mas como da disciplina? ‒, pois assim que se compreendem os deveres, naturalmente os direitos são prevalecidos. Criar a sua própria opinião e conquistar o critério de escolhas favoráveis é um padrão inteiramente de liberdade. E ainda não deixar que impressões e julgamentos alheios direcionem a própria vida, sem dúvida, é degrau maravilhoso conquistado.

A preocupação com a crítica alheia é uma das mais retrógradas e perturbadoras formas de sofrimento. O que o outro pensa pertence, exclusivamente, a ele, e nunca prejudicará alguém se, assim, não houver a permissão.

Há inúmeras pessoas que passam uma existência inteira preocupadas com o pensamento alheio a seu respeito ou concedendo a sua completa intromissão. Será que nunca pensaram que há uma vida infinitamente ampla e mais leve sem esses padrões de sofrimento? Infelizmente ainda são prisioneiras de prisões sem grades, ou seja, criadas por elas mesmas por meio da falta de amor, respeito, valor e consideração próprios. No entanto a qualquer momento tudo pode ser reformulado e reescrito com mais leveza e alegria.

Deve haver a consciência de que a nossa vida é regida por nosso próprio pensamento e nunca por outro; tudo o que nos ocorre foi nossa permissão no presente ou resquícios de ações em tempos pretéritos. Não há como continuarmos delimitados sendo que a infinitude é a verdade dos planos; não há limites para o nosso crescimento, sabemos que devemos crescer e assim será.

As crianças, continuamente, são doutoras nessa arte, elas são o que desejam ser com tanta naturalidade, pois em seu universo não há as limitações criadas pelos adultos.

E podemos ser o peixe no mar, a flor do campo, o animalzinho brincalhão, o vento, o sol, o orvalho, a esperança, o amor, a mais linda versão de nós mesmos. Podemos ser a luz e o esplendor, o que quisermos ser sem nenhuma delimitação, pois somos eternos espíritos criados por Deus.

E com a consciência avivada, há somente motivos para agradecimento, e quanto ao pensamento alheio, ele só existe para quem o criou.

 

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