No Invisível
Léon Denis
Parte 31
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.
Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. O que é fundamental para a
qualidade das manifestações espíritas?
B. No campo da oratória, como
ocorre no caso de Divaldo Franco, existem outros exemplos de médiuns que, no
estado de transe, proferiam discursos eloquentes e arrebatadores?
C. Padres em atividade que se
declaravam adeptos do Espiritismo não eram algo comum na história do
Espiritismo. Léon Denis cita, porém, um deles. Quem foi esse padre?
Texto para
leitura
831. Para transformar a esse ponto a opinião de um homem
tão prevenido como o Dr. Hodgson, foram precisos fatos bem eloquentes. O mais
significativo é a manifestação espontânea de seu amigo George Pelham, homem de
letras, falecido havia alguns meses, e que a médium não podia conhecer. A
identidade do defunto foi estabelecida de modo muito positivo, no curso de
numerosos diálogos.
832. O Dr. Hodgson trouxe à presença da médium adormecida
todos os antigos amigos de G. Pelham que pôde encontrar – cerca de uns trinta.
O Espírito os reconheceu a todos, logo à chegada, e os acolheu com ditos
imprevistos. Não somente os chamava por seus nomes, como lhes falava no mesmo
tom familiar, usando das expressões habituais de que se servia com cada um
deles, segundo o grau de intimidade que os ligava na Terra, e isso sem a menor
hesitação da parte da médium. A todos forneceu também as mais minuciosas provas
de identidade. Um deles, o professor Newbold, propôs a Pelham uma tradução do
grego, língua que ele conhecia, mas que a Sra. Piper ignorava absolutamente. O
Espírito traduziu com exatidão, acompanhando o texto literal grego.
833. Durante a primeira fase das experiências, o médium é
influenciado, dirigido, fiscalizado (segundo a expressão americana) por
Espíritos pouco adiantados. Um certo Phinuit responde de modo incoerente às
perguntas formuladas e torna-se necessária toda a paciência anglo-saxônia para
acompanhar o desenvolvimento do fenômeno durante anos, através do labirinto de
suas divagações. É provável que investigadores franceses não tivessem tido essa
perseverança e houvessem perdido todo o benefício das concludentes
manifestações que sucederam a esse período confuso.
834. Com George Pelham as comunicações se tornam mais
claras; mas, no correr do tempo, sente-se a falta de direção competente.
Phinuit e Pelham não são Espíritos que tenham bastante força nem aptidões para
manterem o transe em grau profundo e impedirem a personalidade do sensitivo de
imiscuir-se algumas vezes nos fenômenos e os perturbar. Estimulada por
influências contrárias, a médium se esgota rapidamente. A “máquina”, conforme a
expressão dos guias, se deteriora. As manifestações se tornam de novo confusas.
835. Evoca-se o Espírito Stainton Moses, autor dos “Ensinos
Espiritualistas”, há pouco restituído à vida do Espaço, e trava-se com ele
controvérsia sobre um ponto de doutrina. O escritor inglês afirmava em seu
livro que os Espíritos atrasados conservam no outro mundo suas paixões e
apetites terrestres e ainda os procuram satisfazer. Essa teoria desagrada em
extremo ao professor Newbold, que pede a Stainton Moses se retrate. Este acede
imediatamente, e suas explicações são deploráveis. Certos escritores,
comentando este fato, acreditaram dele poder tirar conclusões desfavoráveis à
filosofia espírita.
836. As condições em que Stainton Moses se pronunciou nos
parecem suspeitas. A médium funcionava mal; o Espírito não pôde sobre ela
firmar seu império, nem mesmo chegou a provar sua identidade. Talvez não
houvesse afinidade suficiente entre seu organismo fluídico e o da Sra. Piper. É
essa uma dificuldade que os críticos não tomam bastante em consideração. Por
seu lado, o professor Newbold, com sua opinião muito arraigada, teria exercido
ação sugestiva sobre o sensitivo.
837. De resto, aí estão os fatos, aos milhares, para
demonstrar a inanidade dessa teoria muito cômoda, dessa opinião de que a morte
bastaria para nos desembaraçar de nossos vícios. O Espírito, na realidade,
conserva-se o mesmo que se fez durante a vida terrestre. As necessidades
procedem do corpo e com ele se extinguem. Os desejos e as paixões são do
Espírito e o acompanham.
838. Quase todos os fenômenos das casas mal-assombradas são
produzidos por Espíritos atrasados que vêm satisfazer, post mortem, rancores
nascidos aqui na Terra, de males ou de prejuízos causados por certas famílias,
que assim se tornam presa de nefastas influências. O mesmo se dá em todos os
fatos de obsessão e em certos casos de loucura. A sensualidade e a avareza
subsistem nas almas inferiores. Os fenômenos produzidos por Espíritos “íncubos”
e “súcubos” não são imaginários e assentam em testemunhos formais. É fácil
negar; seria preferível observar e curar.
839. A manifestação efêmera de Stainton Moses e a discussão
de seus “Ensaios” sugeriram aos experimentadores a ideia de evocar os Espíritos
que os haviam ditado, Espíritos superiores, designados nessa obra sob os nomes
de Imperator, Rector, Doctor e Prudens. Estes acudiram ao chamado, e
imediatamente o aspecto das sessões mudou. Sentiu-se que ação nova e combinada
se exercia sob a direção de alta Inteligência. Cessam as incoerências; as
obscuridades, os erros se dissipam; as explicações se tornam claras, as provas
abundantes; as últimas dúvidas dos experimentadores se desvanecem. O médium é
objeto de cuidados fluídicos assíduos; a “máquina”, reparada, funciona daí em
diante com precisão.
840. Rector é especialmente preposto a sua guarda e afasta
os intrusos, os Espíritos levianos. Todas as manifestações têm que se submeter
à sua fiscalização. É ele quem se encarregará de transmitir as comunicações
úteis, as respostas às perguntas formuladas. Imperator começa sempre por uma
prece. Quando fala pela boca da Sra. Piper, sua voz é grave, imponente;
impressiona e comove. Suas vibrações provocam o recolhimento, restabelecem a harmonia
nos pensamentos dos consultantes.
841. Esse fato vem confirmar o que tantas vezes notamos em
nosso longo tirocínio de experimentadores. Quando se empreende o estudo dos
fenômenos, como diletante, sem nenhum cuidado pelas condições psíquicas a preencher,
raramente se obtêm resultados perfeitos e satisfatórios. Nas sessões que eu
dirigia, de acordo com um método rigoroso, desde que a unidade e elevação dos
pensamentos cessavam entre os assistentes, desde que o recolhimento era
interrompido por conversas ou discussões inoportunas e surgiam divergências de
opinião, logo as manifestações diminuíam de valor e intensidade. Espíritos
inferiores se intrometiam e, sob a sua influência, as faculdades dos médiuns se
turbavam, não produzindo mais que imperfeitíssimos resultados. Era preciso um
enérgico esforço de reação interior e obter a intervenção das potências
invisíveis, para restabelecer o curso regular das manifestações.
842. Na experiência espírita – não o esqueçamos – os
resultados dependem da proteção oculta que podemos obter e, sobretudo, da
extensão e eficácia dessa proteção. Ora, esta só se pode exercer no limite em
que a tornemos possível, colocando-nos em estado moral e mental de harmonia que
facilite a ação dos Espíritos adiantados. Sem afinidade de pensamento e de
sentimento, sem comunhão entre si, não podem as almas comunicar-se senão
confusa e acidentalmente. Eis aí a lei suprema e a suprema ciência das
manifestações!
843. Que valem as críticas dos teóricos fantasistas diante
da lição dos fatos? Os que só veem no Espiritismo uma ciência semelhante às
outras ciências hão de forçosamente chegar a reconhecer a insuficiência de suas
concepções, desde que, passando da teoria à prática, verifiquem o mau resultado
de seus esforços, ou, pelo menos, a indigência dos resultados obtidos.
844. Outro notável investigador, tão perspicaz quão
escrupuloso, cujo testemunho não podemos deixar em esquecimento, é o professor
Hyslop, da Universidade de Colúmbia, em Nova York. Esse sábio entregou-se a
demorada pesquisa sobre a mediunidade da Sra. Piper, da qual resulta que os
fenômenos obtidos não se poderiam explicar nem pela telepatia, nem pela leitura
de pensamento.
845. O professor formulou 205 perguntas, dirigidas ao
Espírito de seu falecido pai, por intermédio do Dr. Hodgson. Enquanto Hodgson
falava, J. Hyslop, disfarçado com uma máscara e colocado por trás da médium,
não proferia uma só palavra. Nessas condições, a Sra. Piper não podia ler no
cérebro do interrogante respostas que este ignorava, porque o professor tivera
o cuidado de escolher assuntos de caráter inteiramente íntimo, ignorados por
todos.
846. Assim se pôde verificar, depois de longas e laboriosas
investigações, que das 205 respostas obtidas, 152 eram perfeitamente exatas e
16 inexatas; 37 ficaram em dúvida, porque não puderam ser averiguadas. Essa
verificação exigiu numerosas viagens através dos Estados Unidos, a fim de serem
reconstituídas minuciosamente certas particularidades da história da família
Hyslop, a que se referiam as perguntas.
847. Todas essas respostas são admiráveis por sua clareza e
precisão. Nelas, a personalidade dos manifestantes, suas ideias, suas
expressões familiares se patenteiam com tamanha fidelidade que impõem
fatalmente aos observadores a convicção. O professor Hyslop, abrindo mão de
toda desconfiança, conversa, pelo órgão da Senhora Piper em transe, e sob a
vigilância de Rector, com seu pai desencarnado, “com tanta facilidade como se
ele estivesse vivo”. “Nós nos compreendíamos por meias palavras – diz ele –
como numa conversação ordinária.”
848. Além disso, pôde o Sr. Hyslop, em diálogos animados e
cheios de incidentes, conversar com alguns de seus tios e primos falecidos, com
seu irmão Carlos, morto quando ele tinha quatro anos, com suas irmãs Ana e
Elisa, e de todos obteve respostas satisfatórias, cuja enumeração enche
centenas de páginas de seu relatório publicado no Harpers Magazine,
depois nos Proceedings da S.P.R., tomo XVI. Aí se encontram reunidos em
quantidade considerável fatos miúdos, incidentes da vida de família esquecidos
pelo professor e, após exame, reconhecidos verdadeiros.
849. Sobre as provas colhidas, diz o professor:
“Para o leitor estranho, a narrativa de uma sessão não pode
produzir a convicção que se apodera do parente ou do amigo que torna a
encontrar, depois de longo tempo, os hábitos de linguagem, as construções de
frases, as expressões pitorescas, a maneira de discutir, tão bem conhecidas e
que caracterizavam de modo inconfundível aquele com quem outrora convivera.”
850. Vêm depois característicos novos, desconhecidos e de
profunda originalidade. Por exemplo:
“Em que subconsciente teria podido a Sra. Piper achar essas
personagens – Imperator, Rector, G. Pelham, etc. – com seus modos de
intervenção tão justos e apropriados a cada incidente, sem que jamais seus
caracteres se confundam? A todo instante, Imperator revela seu caráter cheio de
dignidade e suas tendências imperiosas, que tão bem justificam o seu
pseudônimo, enquanto Rector encaminha as conversações e Pelham resolve as
dúvidas e retifica os erros quanto aos fatos e, sobretudo, às pessoas e às
relações entre elas e os consultantes.”
851. A telepatia, acrescenta o professor, não pode explicar
melhor essas revelações. Os próprios erros, em sua opinião, contribuem para
excluir a possibilidade dessa hipótese, porque diversas vezes os Espíritos se
enganaram em pontos que ele, Hyslop, conhecia perfeitamente, e sobre os quais a
médium tinha toda a facilidade de informar-se. E conclui nestes termos:
“Considerando o problema com imparcialidade, outra explicação não há senão a
intervenção dos mortos.”
852. A história do novo Espiritualismo nos fornece
numerosos exemplos de médiuns que possuem, no estado de transe, faculdades
extraordinárias e se exprimem com arrebatadora eloquência. Cora Tappan
percorreu os Estados Unidos e a Inglaterra, fazendo ouvir em cada cidade
maravilhosos discursos, em verso e em prosa. Respondia, além disso, a perguntas
de todos os gêneros, dando prova de surpreendente erudição. Afirmava que suas
respostas não provinham dela mesma e disso não tirava motivo de vaidade. Suas
prédicas – dizia – emanavam de um grupo de Guias, sempre prontos a falar por
sua boca, toda vez que seus serviços eram reclamados.
853. T. G. Forster não causava menor impressão. Eis o que
dele dizia um literato de Luisiana que, depois de haver perdido três filhos e a
esposa idolatrada, à força de desespero chegara a trazer consigo “o vidro fatal
que deveria pôr termo às suas misérias e adormecer suas dores para sempre”:
“Fui ouvir T. G. Forster; entrei disposto a rir e
divertir-me; fiquei para escutar e maravilhar-me; saí comovido e abalado, e lá
voltei ainda. Esse homem falava de tudo com uma eloquência de que nunca até
então pudera ter ideia. Tenho ouvido oradores célebres: li Cícero, Chatham,
Pitt e outros; jamais vi coisa que se aproximasse da eloquência irrefutável
desse homem adormecido. Os oradores de cátedra e de tribuna são obrigados a
preencher com palavras o intervalo entre duas ideias; com ele não se dá isso:
as ideias, os fatos, as datas se sucediam sem interrupção nem esforço e sem a
menor hesitação. A história de todos os povos lhe era conhecida; todas as ciências
lhe eram familiares, como se lhe houvesse consagrado todo o prazo de uma vida
humana ao estudo de cada uma delas, e sua linguagem, ao mesmo tempo simples e
elevada, sempre se conservava à altura de sua ciência. Procurei ser-lhe
apresentado, quando voltou a seu estado normal, e nele encontrei um homem
eminente, mas não – e bem longe disso – o homem universal de seus discursos.
Ele concedeu-me uma sessão de transe e por seu intermédio conversei com o
professor Drayton, seu Espírito-guia. Fiquei convencido. Sou agora outro homem;
sou feliz, oh! bem feliz!”
854. O seguinte caso ocorreu na França e a pessoa do
manifestante se revelou de modo irrefragável. Citamos textualmente o relatório,
cujo original se acha em nosso poder:
“A 13 de janeiro de 1899, doze pessoas se haviam reunido em
casa do Sr. David, à praça Corps-Saints nº 9, em Avignon, para a sessão
hebdomadária de Espiritismo. Após um instante de recolhimento, vimos a médium,
a Sra. Gallas, em estado de transe, voltar-se para o lado do Sr. Abade Grimaud
e lhe falar na linguagem dos sinais empregados por certos surdos-mudos. Sua
volubilidade mímica era tal que foi preciso pedir ao Espírito que se
comunicasse mais devagar, o que imediatamente fez. Por precaução, cuja
importância vai ser apreciada, o Sr. Abade Grimaud limitava-se a enunciar as
letras, à medida que eram transmitidas pela médium. Como cada letra insulada
nada significa, era impossível, mesmo que o tivéssemos querido, interpretar o
pensamento do Espírito; e só no fim da comunicação foi que ficamos conhecendo o
seu conteúdo, após a leitura dela por um dos membros do grupo encarregado de
registrar os caracteres.
Ademais, a médium empregou um duplo método: o que consiste
em enunciar todas as letras de uma só palavra, para indicar-lhes a ortografia,
única forma perceptível à vista, e o que enuncia a articulação sem se preocupar
com a forma gráfica, método inventado pelo Sr. Fourcade, e que só é usado no
Instituto dos Surdos-mudos de Avignon. Estes pormenores são fornecidos pelo
Abade Grimaud, diretor e fundador do estabelecimento. A comunicação, relativa à
obra de excelsa filantropia a que se dedicou o Sr. Abade Grimaud, estava
assinada: ‘Irmão Fourcade, falecido em Caen.’ Nenhum dos assistentes, com
exceção do venerável sacerdote, conheceu nem podia conhecer, quer o autor dessa
comunicação, posto que ele tivesse passado, há trinta anos, algum tempo em
Avignon, quer o seu método.”
855. Subscreveram o relatório os membros do grupo que
assistiram à sessão: Toursier, diretor aposentado do Banco de França; Roussel,
mestre de música do 58º; Domenach, tenente do 58º; David, negociante; Bremond,
Canuel, Sras. Toursier, Roussel, David, Bremond. Junto ao relatório vinha o
seguinte atestado:
“Eu, abaixo assinado, Grimaud, padre, diretor-fundador do
Instituto dos enfermos dos órgãos vocais, surdos-mudos, gagos e crianças
anormais em Avignon, certifico a absoluta exatidão de tudo o que acima é
referido. Devo dizer, em testemunho da verdade, que estava longe de esperar
semelhante manifestação, da qual compreendo toda a importância, no ponto de
vista da realidade do Espiritismo, de que sou fervoroso adepto. Não tenho a
menor dúvida em o declarar publicamente.
Avignon, 17 de abril de 1899.
(assinado) Grimaud, padre.” (Continua
no próximo número.)
Respostas às
questões preliminares
A. O que é fundamental para a qualidade das
manifestações espíritas?
Sem
afinidade de pensamento e de sentimento, sem comunhão entre si, não podem as
almas comunicar-se senão confusa e acidentalmente. Essa é a lei suprema e a
suprema ciência das manifestações! Nas sessões que Léon Denis dirigia, quando a unidade e a elevação dos
pensamentos cessavam entre os assistentes, assim que o recolhimento era
interrompido por conversas ou discussões inoportunas e surgiam divergências de
opinião, logo as manifestações diminuíam de valor e intensidade. Espíritos
inferiores se intrometiam e, sob a sua influência, as faculdades dos médiuns se
turbavam, não produzindo mais que imperfeitíssimos resultados. Era preciso um
enérgico esforço de reação interior e obter a intervenção das potências
invisíveis, para restabelecer o curso regular das manifestações. (No
Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XIX - Transe e
incorporações.)
B. No campo da oratória, como
ocorre no caso de Divaldo Franco, existem outros exemplos de médiuns que, no
estado de transe, proferiam discursos eloquentes e arrebatadores?
Sim. Esta obra menciona dois deles: Cora
Tappan e T. G. Forster. Cora Tappan percorreu os Estados Unidos e a Inglaterra,
fazendo ouvir em cada cidade maravilhosos discursos, em verso e em prosa.
Respondia, além disso, a perguntas de todos os gêneros, dando prova de
surpreendente erudição. Afirmava que suas respostas não provinham dela mesma e
disso não tirava motivo de vaidade. Suas prédicas – dizia ela – emanavam de um
grupo de Guias, sempre prontos a falar por sua boca, toda vez que seus serviços
eram reclamados. T. G. Forster não causava menor impressão, pois, sob a ação
dos Espíritos, falava de tudo com uma eloquência pouco vista. (Obra citada - O
Espiritismo experimental: Os fatos - XIX - Transe e incorporações.)
C. Padres em atividade que se
declaravam adeptos do Espiritismo não eram algo comum na história do
Espiritismo. Léon Denis cita, porém, um deles. Quem foi esse padre?
O padre Grimaud, diretor-fundador do Instituto
dos enfermos dos órgãos vocais e surdos-mudos de Avignon, França. No dia 17 de
abril de 1899 ele firmou um documento em que se declarou fervoroso adepto do
Espiritismo, acrescentando: “Não tenho a menor dúvida em o declarar
publicamente”. (Obra citada - O
Espiritismo experimental: Os fatos - - XIX - Transe e incorporações.)
Observação:
Para acessar a Parte 30 deste estudo, publicada na
semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/08/no-invisivel-leon-denis-parte-30-damos.html
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