Entre os Dois
Mundos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 13 e final
Concluímos hoje o estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.
Este estudo foi publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
109.
Marcondes também esteve envolvido, junto de Eduardo, nas perseguições feitas na
França aos protestantes?
Sim. Ele
conheceu Eduardo naquela mesma época, logo após a matança de agosto de 1572, ao
tempo de Catarina de Médicis. Fizeram-se então amigos e participaram das
escaramuças religiosas e dissipações morais que produziram tão tristes
consequências, fato que Marcondes deplorava e o levou a reconhecer
enfaticamente: “Sou um infame! Não mereço compaixão nem ajuda”. (Entre
os dois mundos. Capítulo 23: Eduardo e Marcondes.)
110. O que realmente nos importa como seres reencarnados que
somos?
Superar as paixões que nos agrilhoam ao solo
do primarismo, saber aproveitar cada momento e avançar, ainda que vagarosamente,
é o que nos cumpre realizar, se efetivamente desejamos evoluir espiritualmente
e atingir a meta para a qual fomos criados, que é a perfeição. (Obra
citada. Capítulo 23: Eduardo e Marcondes.)
111. Que
ligação existe entre os lamentáveis episódios de 1572, os desmandos cometidos
na Revolução Francesa de 1789 e o Brasil?
Conforme
o que foi dito a Manoel Philomeno pelo instrutor espiritual Dr. Almeida, a
Revolução Francesa de 1789 teria sido a continuação natural dos acontecimentos
detestáveis ocorridos pouco mais de duzentos anos antes. Os autores dos
desmandos então praticados, não podendo prosseguir na psicosfera da França, em
que adquiriram tantos adversários, foram então encaminhados para o Brasil, uma
nação onde não tinham compromissos infelizes, a fim de auxiliarem no seu
desenvolvimento e serem ajudados em sua própria recuperação espiritual. (Obra
citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações oportunas.)
112. Sem
a ajuda espiritual que recebeu, que aconteceria ao médium Izidro?
Todos os espíritos
necessitamos da contribuição do sofrimento para nos amoldarmos aos
compromissos superiores, todavia, quando eles atingem elevados níveis, tornam-se
insuportáveis e podem levar-nos ao desequilíbrio e até mesmo à morte, por falta
de ânimo para prosseguirmos, se nos encontramos no corpo físico. Izidro vinha
definhando, considerando-se fracassado no investimento aplicado em favor do seu
pupilo. Sempre colhendo fel e acusações injustas, em alguns momentos sofrendo
mesmo agressão física, em tremendo desrespeito moral aos seus títulos de
enobrecimento, murchava, como que crestado pela ardência do calor insuportável
emanado pelo revel cobrador. Em face disso, sem a ajuda espiritual que recebeu,
ele poderia sucumbir. (Obra citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações
oportunas.)
113.
Sucumbir significa que Izidro poderia desencarnar?
Sim. Embora afeiçoado
à oração e à confiança em Deus, Izidro sentia-se desfalecer, porque os
equipamentos orgânicos sofriam os choques resultantes das agressões contínuas
e não alimentados pelo pensamento habitualmente otimista do médium, que passou
a acolher a ideia da culpa, sem considerar os esforços de reabilitação que
empregava. Essa atitude poderia levá-lo à desencarnação, mesmo porque ele se
encontrava naquela oportunidade sob moratória concedida pelo Senhor, a fim de
poder ampliar ainda mais a área de iluminação de consciências e de socorros à
Humanidade. (Obra citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações
oportunas.)
114. Por
que médiuns como Izidro, inteiramente votados ao bem, são tão perseguidos?
Não é difícil
compreender essa perseguição, considerando-se que tal é o propósito dos
inimigos do progresso, que sempre se manifestaram contra a evolução e as
conquistas do belo e do superior. Em face disso, investem com agressividade
contra médiuns como Izidro, tentando dividi-los, para mais facilmente
destruí-los, fomentando áreas de atrito insensato, para melhor confundi-los,
estimulando grupos de admiradores invigilantes, para desviá-los dos deveres, ou
gerando sofrimentos rudes, a fim de os desanimarem. (Obra citada.
Capítulo 24: Diálogos e elucidações oportunas.)
115. Com
base na visita feita pela equipe socorrista aos que foram atendidos, a
avaliação do trabalho realizado foi positiva?
Sim.
Contudo, era ainda constrangedor o estado do Dr. Marco Aurélio, que permanecia
estertorando nas consequências do distúrbio que o acometera, antes da terrível
flagelação que pretendia impor-se em relação ao futuro, assassinando a esposa
enferma. Sem poder entender a ocorrência salvadora, lutava, em espírito, contra
o corpo semiamortecido, que lhe não correspondia às exigências, lamentando o
desencadear dos inúmeros infortúnios que decorreram da sua conduta
desregrada. (Obra citada. Capítulo 25: Avaliação de tarefas e
despedidas.)
116. A
senhora Lucinda, a esposa desencarnada do Dr. Marco Aurélio, já se recuperara
dos impedimentos orgânicos que padeceu em vida?
Sim.
Jovial e refeita totalmente dos mencionados impedimentos orgânicos, ela
compareceu à residência do seu esposo quando a equipe socorrista o visitava.
Quando tomou conhecimento de que fora o Mentor da equipe socorrista quem
operara as alterações ocorridas no seu lar, na noite fatídica, comoveu-se até
as lágrimas, agradecendo a providencial interferência e rogando a continuação
da assistência para o companheiro inválido e os filhos imaturos. (Obra
citada. Capítulo 25: Avaliação de tarefas e despedidas.)
117. Que
sentimento a senhora Lucinda nutria pelo ex-marido que – ela bem o sabia –
havia tentado matá-la e só não o conseguiu devido à interferência do Mentor
espiritual?
Ela disse
que, apesar de tudo, continuava a amá-lo e experimentava grande tristeza por
vê-lo na situação desditosa em que se debatia, principalmente por sua falência
ante o elevado compromisso espiritual que lhe dizia respeito. Confiava, porém,
no Altíssimo, que lhe conferiria outra ocasião para prosseguir, e não cessaria
de interferir em seu favor, porquanto a ocorrência infeliz de maneira nenhuma
afetava-lhe o sentimento de profundo amor. Esperá-lo-ia após o decesso carnal,
e se lhe dedicaria como enfermeira eficiente, auxiliando-o no refazimento após
o túmulo. (Obra citada. Capítulo 25: Avaliação de tarefas e
despedidas.)
Observação:
Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/08/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno.html
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