sábado, 21 de dezembro de 2024

 



Os vocábulos sessão, seção e cessão têm pronúncia idêntica, mas significado e grafia bem diferentes.

Sessão, procedente do latim sessio, que significa “o ato de sentar-se”, aplica-se às atividades que as pessoas realizam geralmente sentadas.

Exemplos: sessão espírita, sessão de cinema, sessão da assembleia, sessão de preces.

Seção (ou secção) liga-se a secionar ou seccionar, que significa “dividir”, “cortar”, “segmentar”, do que derivam seções, divisões, partes, segmentos.

Exemplos: seção de fiscalização, seção de arrecadação, seção de esportes, seção de raios x.

Cessão origina-se do ato de ceder.

Exemplos: O governador autorizou a cessão de verba para o Simpósio. A cessão do espaço para a feira depende do prefeito.

 

*

 

A frase: Oh pai, venha logo é incorreta.

Por que incorreta?

O erro está no uso da interjeição “oh”, que deve ser usada para exprimir alegria, espanto, dor, repugnância ou qualquer outro tipo de sentimento.

Exemplo: Oh! Que belo presente!

No caso em foco, a frase correta é: Ó pai, venha logo.

O determinante apelativo ó, que geralmente antecede substantivos ou pronomes pessoais, é que funciona com valor de vocativo, que introduz chamamentos ou interpelações.

 

 

Observação:

Para acessar o estudo publicado no sábado anterior, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/peculiaridades-inerentes-aos-verbos.html

 

 

 

 

 

 

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

 



 Vida e Sexo


Emmanuel

 

Parte 5

 

Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.

O estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente sempre às sextas-feiras neste blog.

Eis o texto e as questões de hoje:

 

Texto-base para leitura e reflexão

 

53. União infeliz – Informam os Espíritos superiores (L.E., item 167) que o fim objetivado por Deus com a reencarnação é expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. “Sem isto, onde a justiça?” (PÁG. 41)

54. Sem dúvida, é dolorosa a união considerada menos feliz e, claro, não existe obrigatoriedade para que uma pessoa suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, visto que todo Espírito é livre no pensamento para definir-se quanto às próprias resoluções. (PÁG. 41)

55. Os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registe por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nossas faltas. (PÁGS. 41 e 42)

56. A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento e, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal. (PÁG. 42)

57. Nas ligações terrenas encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. (PÁG. 42)

58. A existência física é processo específico de evolução, mas, da mesma maneira que o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que estuda, o Espírito encarnado nenhum proveito recolherá do casamento, caso pretenda imobilizar-se no êxtase do noivado. (PÁG. 42)

59. Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas. Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo. (PÁGS. 42 e 43)

60. O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. A jovem suave que hoje nos fascina em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade. Essa mesma jovem foi, no entanto, em existências já transcorridas, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel, que nos cabe agora relevar e retificar. (PÁG. 43)

61. O rapaz distinto que atrai no presente a companheira será, muitas vezes, provavelmente, o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições. Esse rapaz foi, porém, no passado, em existências que já se foram, a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, transformando-o no homem vicioso ou fingido, que lhe compete tolerar e reeducar. (PÁGS. 43 e 44)

62. Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois – somente depois – surpreender nele defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino. (PÁG. 44)

63. A união supostamente infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o Espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz. (PÁG. 44)

64. Filhos – Informa Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8, que os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este já existe antes da formação do corpo. O pai não cria o Espírito de seu filho; apenas lhe fornece o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir. (PÁG. 45)

65. Surge comumente, entre os casais, o problema do abandono, pelo qual o parceiro lesado é compelido à carência afetiva. Integradas duas criaturas na comunhão recíproca, é natural que o afastamento uma da outra provoque, em numerosas circunstâncias, o colapso das forças mais íntimas naquela que se viu relegada a esquecimento. (PÁG. 45) (Continua no próximo número.)

 

Questões para fixação do estudo

 

A. A pedra que atiramos no próximo voltará sobre nós em forma de pedra?

Talvez não volte em forma de pedra, mas permanecerá conosco na figura de sofrimento. E, enquanto não se remover a causa da angústia, os efeitos dela perdurarão sempre. (Vida e Sexo, pág. 42.)

B. Por que certos matrimônios, precedidos de doçura e esperança, transformam-se ao longo do tempo em uniões amargas e infelizes?

O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. O motivo é fácil de entender. A jovem suave que hoje nos fascina em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade. Essa mesma jovem foi, no entanto, em existências já transcorridas, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel, que nos cabe agora relevar e retificar. O rapaz distinto que atrai no presente a companheira será, muitas vezes, provavelmente, o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições. Esse rapaz foi, porém, no passado, em existências que já se foram, a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, transformando-o no homem vicioso ou fingido, que lhe compete tolerar e reeducar. (Obra citada, pp. 43 e 44.)

C. Em face da questão precedente, qual seria, em última análise, o objetivo das uniões infelizes?

Com a verdadeira compreensão da Lei que rege nossas vidas, passamos a entender que uma união supostamente infeliz deixa de ser um cárcere de lágrimas, para ser um educandário bendito, no qual o Espírito equilibrado e afetuoso, ao invés de abraçar a deserção, aceita o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz. (Obra citada, pág. 44.)

 

Observação:

Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/vida-e-sexo-emmanuel-parte-4.html

 

 

 

 

 

 

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

 


AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI

Meditação


 Tom Jobim e Newton Mendonça

 

Quem acreditou

No amor, no sorriso, na flor

Então sonhou, sonhou...

E perdeu a paz,

O amor, o sorriso e a flor

Se transformam depressa demais.

Quem, no coração,

Abrigou a tristeza de ver tudo isso se perder

E, na solidão,

Procurou um caminho e seguiu,

Já descrente de um dia feliz...

Quem chorou, chorou

E tanto que o seu pranto já secou.

Quem depois voltou

Ao amor, ao sorriso e à flor

Então tudo encontrou,

Pois a própria dor

Revelou o caminho do amor

E a tristeza acabou.

 

Clicando no link correspondente você poderá ouvir a canção na voz do intérprete de sua preferência:

João Gilberto – https://www.youtube.com/watch?v=KLBbIk4E1iQ&ab_channel=Jo%C3%A3oGilberto-Topic

Nara Leão – https://www.youtube.com/watch?v=wyRFu_abYI0&ab_channel=BasiaDanny

Frank Sinatra – https://www.youtube.com/watch?v=uIP4TN-Zs1o&ab_channel=CarolSylos

 

 

 

 

 

 

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

 



Revista Espírita de 1867

 

Allan Kardec

 

Parte 5

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1867, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo é baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

A coleção do ano de 1867 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.

Cada parte do estudo, que é apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. De que trata o artigo intitulado Lumen, escrito por Flammarion?

B. Qual a função das missões de Moisés e Jesus?

C. Que espécie de fenômenos são mais fáceis de simular?

 

Texto para leitura

 

51. Lacordaire propõe-nos, em mensagem obtida pelo Sr. Morin, que devemos respeitar as crenças passadas, porque foram as velhas crenças que elaboraram a renovação que hoje começa a se realizar. Todas elas, salvo as exclusivamente materiais, possuíam uma centelha da verdade, mas atendiam à necessidade de cada época, cujo horizonte se alarga com o desenvolvimento intelectual da humanidade. (Págs. 94 e 95.)

52. Eugène Sue, valendo-se da mediunidade do Sr. Desliens, equipara a existência humana a um romance, ou antes a uma peça de teatro, da qual se percorre cada dia uma folha. O autor é o homem; os personagens são os vícios, as paixões, as virtudes, a matéria, a inteligência, disputando a posse do herói – o Espírito. Finda a peça, estaremos a sós com o juiz supremo, imparcial e justo. “Que a vossa obra seja séria e moralizadora”, adverte o Espírito, “porque é a única que tem algum peso na balança do Todo-Poderoso.” (Págs. 95 e 96.)

53. A Revista reporta-se, na seção de notícias bibliográficas, ao artigo intitulado Lumen, relato extraterreno escrito por Camille Flammarion, em que o autor simula uma palestra entre um indivíduo encarnado, chamado Sitiens, e o Espírito de um de seus amigos, chamado Lumen, que lhe descreve as primeiras sensações observadas em seu retorno à vida espiritual, após a morte do corpo físico. (N.R.: A transcrição do artigo continua no número de maio de 1867, a partir da pág. 155.) (Págs. 96 a 100.)

54. Comentando o artigo, que, segundo Kardec, bem poderia constituir um livro interessante, o Codificador afirma que foi essa a primeira vez que o Espiritismo verdadeiro era associado à ciência positiva, e isto por um homem capaz de apreciar uma e outro. Flammarion, astrônomo conhecido em toda a França, havia publicado anteriormente o livro Pluralidade dos Mundos Habitados. (Págs. 99 e 100.)

55. O número de abril traz, em sua abertura, artigo de Kardec sobre Galileu, drama em versos escritos pelo Sr. Ponsard, o qual, embora não trate de Espiritismo, examina o tema pluralidade dos mundos habitados, que constitui um dos princípios fundamentais da doutrina espírita. Do artigo extraímos os pontos que se seguem: I) Galileu, ao revelar as leis do mecanismo do Universo, abriu caminho a novos progressos; por isto mesmo, devia produzir uma revolução nas crenças, destruindo os andaimes dos sistemas científicos errôneos sobre os quais elas se apoiavam. II) A cada um sua missão: nem Moisés nem o Cristo tinham a missão de ensinar aos homens as leis da ciência, cujo conhecimento devia ser o resultado do trabalho e das pesquisas humanas, e não de uma revelação que desse ao homem o saber sem esforço. III) Moisés e o Cristo tiveram uma função moralizadora; a gênios de outra ordem são deferidas as missões científicas. IV) Como as leis morais e as leis da ciência são leis divinas, a religião e a filosofia não podem ser verdadeiras senão pela aliança dessas leis. V) A matéria e o espírito são os dois princípios constitutivos do Universo. Mas o conhecimento das leis que regem a matéria devia preceder o das leis que regem o elemento espiritual. VI) O Espiritismo, que tem como objetivo especial o conhecimento do elemento espiritual, só poderia ser compreendido em seu conjunto quando encontrasse o terreno preparado. (Págs. 101 a 104.)

56. A Revista traz, em seguida, um artigo de Kardec sobre a obra Soirées de Saint-Pétersbourg, de Joseph de Maistre, publicada em 1821, na qual autor expõe a tese de que jamais houve no mundo grandes acontecimentos que não tivessem sido preditos de qualquer maneira. A obra contém ainda uma visão profética do advento do Espiritismo – acontecimento que se daria mais de 35 anos depois –, que o autor equipara a uma terceira explosão da onipotente bondade em favor do gênero humano. (Págs. 104 a 109.)

57. Reportando-se a essa nova doutrina, que ele chama de “nova efusão do Espírito-Santo”, o autor do livro ora focalizado adverte que é preciso que “os pregadores desse dom novo possam citar a Escritura santa a todos os povos”, fazendo o que os católicos não conseguiram fazer em dezoito séculos, num mundo em que a Boa Nova continuava ignorada por milhões de criaturas. (Págs. 109 e 110.)

58. A 22 de março de 1867, o Espírito de Joseph de Maistre comunicou-se na Sociedade Espírita de Paris, ocasião em que, referindo-se à sua previsão do advento da era espírita, asseverou: “Vi a terra prometida, mas não pude penetrá-la em vida”. “Mais feliz que eu, senhores, aproveitai o favor que vos é conferido por vossa boa vontade, melhorando o vosso coração e o vosso espírito, e fazendo partilhar de vossa felicidade a todos aqueles de vossos irmãos em humanidade que não oporão à vossa propaganda senão a reserva natural a cada homem posto em face do desconhecido.” (Págs. 110 e 111.)

59. Da comunicação de Joseph de Maistre destacamos ainda os seguintes pontos: I) O espírito profético abrasa o mundo inteiro com seus eflúvios regeneradores. Na Europa, na América, na Ásia, em toda a parte, a nova revelação se infiltra, com a criança que nasce, com o jovem que se desenvolve, com o velho que se vai. II) Uns chegam com os materiais necessários para a edificação da obra; outros aspiram a um mundo que lhes revelará os mistérios que pressentem. III) Na França o Espiritismo se manifesta sob outro nome que na Ásia. Possui agentes nas diversas nuanças da religião católica, como as tem entre os seguidores da religião muçulmana. IV) A aspiração por novos conhecimentos está no ar que se respira, no livro que se escreve, no quadro que se pinta. (Pág. 112.)

60. Como já vimos, Kardec publicou novo artigo sobre a Liga do Ensino, no qual, após transcrever carta recebida de Jean Macé, repete o que dissera anteriormente, ou seja, que o fim era louvável, mas faltava ao projeto a indispensável precisão das coisas práticas. “Um programa – escreveu o Codificador – é uma linha traçada, da qual ninguém se pode afastar conscientemente, um plano detido nos mais minuciosos detalhes, e que nada deixa ao arbítrio, onde todas as dificuldades de execução estão previstas, onde as vias e meios são indicados.” Era isso que faltava à proposta relativa à Liga do Ensino, que também não especificara como seriam supridos os recursos necessários à sua manutenção. (Págs. 113 a 120.)

61. Sob o título de O diabo do moinho, o Moniteur de l’ Indre de fevereiro de 1867 relata os fenômenos ocorridos no moinho de Vicq-sur-Nahon, onde um Espírito brincalhão produzia fatos curiosos e intrigantes: cobertores eram retirados das camas e escondidos; portas chaveadas eram abertas sozinhas; um cofre se abria e os objetos ali guardados eram espalhados pelo chão; as chaves das portas desapareciam; e duas tentativas de incêndio espontâneo se registraram. Tudo, segundo o jornal, parecia estar ligado a uma mocinha de 13 anos chamada Marie Richard, que acabou sendo despedida pelo Sr. François Garnier, proprietário do sítio. (Págs. 121 a 124.)

62. Kardec transcreve a notícia, mas não autentica o fenômeno, advertindo que, de todos os efeitos mediúnicos, as manifestações físicas são as mais fáceis de simular. É preciso, pois, evitar aceitar levianamente como autênticos os fatos desse gênero, quer os espontâneos, como os do moinho, quer os provocados. No caso em foco, o Codificador explica que fenômenos dessa natureza são perfeitamente possíveis e pertencem ao mesmo gênero dos fenômenos de Poitiers, de Dieppe, de Marselha e tantos outros focalizados pela Revista, os quais podem ser chamados manifestações barulhentas e perturbadoras. (Págs. 124 a 127.)

 

Respostas às questões propostas

 

A. De que trata o artigo intitulado Lumen, escrito por Flammarion?

O artigo intitulado Lumen trata de um relato extraterreno em que Camille Flammarion simula uma palestra entre um indivíduo encarnado, chamado Sitiens, e o Espírito de um de seus amigos, chamado Lumen, que lhe descreve as primeiras sensações observadas em seu retorno à vida espiritual, após a morte do corpo físico. (Revista Espírita de 1867, pp. 96 a 100.)

B. Qual a função das missões de Moisés e Jesus?

Em um artigo sobre Galileu, drama em versos escritos pelo Sr. Ponsard, Kardec diz que Galileu, ao revelar as leis do mecanismo do Universo, abriu caminho a novos progressos; por isto mesmo, devia produzir uma revolução nas crenças, destruindo os andaimes dos sistemas científicos errôneos sobre os quais elas se apoiavam. Essa foi sua missão. Quanto a Moisés e Jesus, suas missões tiveram uma função moralizadora, enquanto a gênios como Galileu são deferidas as missões científicas. (Obra citada, pp. 101 a 104.) 

C. Que espécie de fenômenos são mais fáceis de simular?

Ao comentar os fenômenos ocorridos no moinho de Vicq-sur-Nahon, onde um Espírito brincalhão produzia fatos curiosos e intrigantes, Kardec lembra que, de todos os efeitos mediúnicos, as manifestações físicas são as mais fáceis de simular. É preciso, pois, evitar aceitar levianamente como autênticos os fatos desse gênero, quer os espontâneos, como os do moinho, quer os provocados. No caso em foco, o Codificador explica que fenômenos dessa natureza são perfeitamente possíveis e pertencem ao mesmo gênero dos fenômenos de Poitiers, de Dieppe, de Marselha e tantos outros focalizados pela Revista, os quais podem ser chamados manifestações barulhentas e perturbadoras. (Obra citada, pp. 123 a 127.)

 


Observação:

Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/revista-espirita-de-1867-allan-kardec_0672761567.html

 

 

 

 

 

 

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terça-feira, 17 de dezembro de 2024


 

Estados da alma... do espírito

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

A quinta dimensão não é um local, tampouco uma estrada que leva a determinado lugar onde há habitantes diferenciados, ou seja, entre tantas vagas definições. Nada disso. Quando se refere a espíritos não há tempo nem lugar, são dimensões, são estados variados de acordo com a conduta individual. Podemos estar na quinta dimensão quanto à nossa palavra, pensamento e atitude, aliás, vários de nós já podem estar nessa dimensão, no entanto um número, de certa forma, maior ainda está em dimensões inferiores. Basta a observação do comportamento em todo o seu aspecto.

A elegância espiritual que a quinta dimensão exige é somente para espíritos antes de tudo que já tomaram certa consciência sobre a verdadeira vida, que perceberam que sem amor não há desenvolvimento, espíritos que já incorporaram bondade, gentileza, generosidade, retidão, compaixão e o gosto pela luz do progresso amoroso. Essa elegância é, definitivamente, característica natural dos seres da quinta dimensão, que já compreenderam que Deus é o único caminho para a vida.

Quanto mais desenvolvido o espírito, mais naturalmente ele será iluminado e agradável, pois é comprovado há muito que a essência de um espírito é sentida, percebida, e não há meio de se disfarçar a energia autêntica de cada um. Não há engano, pode-se retardar um pouco com o disfarce, porém quando menos se espera, a verdade sempre se apresenta. Bem melhor buscar o desenvolvimento e a autorreforma.

A nossa maior determinação deve ser por nosso aprimoramento, já que somos os primeiros recompensados por nosso progresso ou os primeiros prejudicados por nossa intransigência, vaidade, egoísmo, teimosia, orgulho, maldade e completa falta de bom senso. Se soubéssemos quanta grandeza nos aguarda, decerto já teríamos iniciado o comportamento para essa nobre dimensão. Entretanto a bondade de Deus é infinita, apenas nós é que insistimos em situações infelizes e atrasamos o encontro com a felicidade, com a paz.

Enquanto isso, a quinta dimensão aguarda os espíritos coerentes com a sua vibração. E à medida que nos elevamos, também a luz se aproxima. Como espíritos, deveríamos, quanto antes, querer entender que a maneira como vivemos e nos sentimos é que nos encaminhará para a dimensão respectiva e sucessivamente para as posteriores dimensões. Nenhum lugar será abençoado, feliz se o nosso interior não estiver assim. Nenhum tempo será bom se estivermos em desacordo com as sábias leis da vida. Nunca será tempo e lugar, mas a maneira como vivemos.

Sempre será o estado de espírito. E se houver a elegância espiritual, também estará a felicidade verdadeira.

Estados da alma... estados do espírito.

 

 

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/

 

 

 


 

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