Migalha de amor
Não menosprezes a migalha de amor que te pode marcar o concurso no
serviço do bem.
Estende o coração através dos braços e auxilia sempre.
Quem definirá, entre os homens, toda a alegria
da xícara de leite nos lábios da criancinha doente ou da gota de remédio na
boca atormentada do enfermo?
Quem dirá o preço de uma oração fervorosa,
erguida ao Céu, em favor do necessitado?
Quem medirá o brilho oculto da caridade que
socorre os sofredores e desvalidos?
Recorda a importância do pano usado para os que
choram de frio, da refeição desaproveitada para o companheiro subnutrido, do
vintém a transformar-se em mensagem de reconforto, do minuto de conversação
consoladora que converte o pessimismo em esperança, e auxilia quanto possas.
Lembra-te de que Jesus renovou a Terra,
utilizando diminutas migalhas de boa vontade e cooperação... Dos recursos
singelos da Manjedoura faz o mais belo poema de humildade, de cinco pães e dois
peixes retira o alimento para milhares de criaturas, em velhos barcos
emprestados erige a tribuna das sublimes revelações do Céu... Para ilustrar
seus preciosos ensinamentos, detém-se na beleza dos lírios do campo, salienta o
valor da candeia singela, comenta a riqueza de um grão de mostarda e recorre ao
merecimento de uma dracma perdida.
Não olvides que teu coração é esperado por
bênção viva, na construção da felicidade humana e, empenhando-lhe, agora, a tua
migalha de carinho, recolhê-la-ás, amanhã, em forma de alegria eterna no Reino
do Eterno Amor.
Do livro Sentinelas da Alma, obra psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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