Dos milagres operados por Jesus, qual o maior?
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
A poucos dias
do Natal, apresentamos hoje nossas considerações a respeito de uma questão pertinente
à passagem de Jesus pela Terra, que nos foi proposta nos seguintes termos: - De
todos os milagres operados por Jesus, qual o maior?
A palavra milagre
é aqui mencionada com o sentido que lhe é tradicionalmente aplicado. Lembremos,
aliás, que ao intitular seu último livro – A Gênese, os Milagres e as
Predições segundo o Espiritismo – Allan Kardec assim também procedeu. E nele,
conforme lemos no cap. XV, item 63, o codificador do Espiritismo examinou o
tema em foco. As considerações seguintes têm por base o que ele consignou nesse
livro.
Os prodígios
operados por Jesus vão, como sabemos, desde as curas diversas obtidas pela
simples imposição das mãos até à ressuscitação de pessoas como Lázaro, mas
nesse rol se incluem também a multiplicação de pães e peixes, a caminhada sobre
as águas, as curas feitas a distância, a libertação instantânea dos obsidiados
e a recomposição orgânica de cegos, paralíticos e leprosos.
Kardec
reporta-se, porém, a um outro tipo de milagre operado pelo Mestre e que atesta
verdadeiramente a sua superioridade, a saber: a revolução que seus ensinos
produziram no mundo, apesar da exiguidade dos seus meios de ação e do reduzido
tempo de que dispôs para realizá-la.
Pobre, obscuro,
nascido na mais humilde condição e no seio de um povo pequenino, quase ignorado
e sem preponderância política, artística ou literária, o filho de Maria de
Nazaré contou somente com três anos para pregar sua doutrina.
Em todo esse
curto espaço de tempo foi desatendido e perseguido por seus concidadãos; viu-se
obrigado a fugir para não ser lapidado; foi traído por um de seus apóstolos,
renegado por outro e abandonado por todos – com exceção do jovem discípulo João
– no momento em que caiu nas mãos de seus opositores.
Só fez o bem,
mas isso não o pôs ao abrigo da malevolência, que dos próprios serviços que ele
prestou tirou motivos para o acusar.
Condenado ao
suplício que só aos criminosos era infligido, morreu ignorado do mundo, visto
que a História daquela época, com exceção do historiador Josefo, nada diz a seu
respeito.
Ele nada
escreveu; contudo, ajudado por alguns homens tão obscuros quanto ele, sua
palavra bastou para regenerar o mundo, matar o paganismo e tornar-se o facho da
civilização terrena.
Ele tinha
contra si tudo o que causa o malogro das obras dos homens, razão por que o
sucesso alcançado por sua doutrina e o triunfo de suas ideias constituem, sem
nenhuma dúvida, o maior dos seus milagres e, sem dúvida, o mais importante.
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