domingo, 1 de dezembro de 2024

 



Opor obstáculos à volta de um Espírito a um corpo de carne é um equívoco

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Há países cuja legislação autoriza que o governo exerça um controle de natalidade rigoroso. Em face da lei natural, essa prática gera algum comprometimento espiritual? E para as famílias que moram nesses países, a medida ocasiona algum prejuízo de natureza espiritual?

A questão é complexa e é difícil afirmar quais são as consequências espirituais de políticas desse nível, geralmente ligadas a razões econômicas ou políticas.

Mas, se o chamado Planejamento Familiar é algo compreensível e perfeitamente aceito pelos instrutores espirituais, o mesmo não se pode dizer do Controle de Natalidade.

Com referência do Planejamento Familiar, Joanna de Ângelis legou-nos no seu livro Após a Tempestade, cap. 10, psicografado pelo médium Divaldo Franco, um texto que vale a pena ser lido e meditado.

O homem – assevera Joanna – pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter, o número de filhos que considere ideal, bem como o período propício para a maternidade; contudo jamais se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado.

O principal motivo é que os filhos não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução.

É, pois, lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que reencarnem por seu intermédio. As Soberanas Leis da Vida dispõem, porém, de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade dos cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

Sobre o Controle da Natalidade, vale a pena recordar a resposta dada pelos Instrutores Espirituais à seguinte pergunta formulada por Allan Kardec: “São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?”.

Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral” (O Livro dos Espíritos, questão 693).

Na obra Entrevistas, pergunta 102, escreveu Emmanuel: “Não acreditamos que a coletividade humana esteja, por enquanto, habilitada espiritualmente a controlar o renascimento na Terra sem prejudicar seriamente o desenvolvimento da lei de provas purificadoras”.  

Em face das considerações acima, tão claras em suas premissas, seria melhor que ninguém – nem os casais, nem os governantes – opusesse obstáculos à volta dos Espíritos a um corpo de carne, pois o espírita não ignora a importância do processo reencarnatório no progresso dos Espíritos e do próprio mundo em que vivemos.

O Controle de Natalidade impõe, obviamente, sério entrave às pessoas por ele atingidas e constitui um ponto negativo na vida de todos aqueles que forem responsáveis por sua adoção, sujeitando-os a sanções que muito lamentarão no futuro. E a mesma observação podemos fazer a respeito das pessoas que, mesmo não tendo filho algum, têm buscado o recurso da laqueadura com o objetivo claro de evitar a gravidez, sem indicações médicas que justifiquem tal medida.

 

 

 

 

To read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário